Em defesa da autodeterminação do povo venezuelano: não à intervenção de Trump e do lacaio Guaidó!

É tarefa da esquerda socialista defender a autodeterminação do povo venezuelano e a soberania nacional daquele país.

Executiva Nacional do MES/PSOL 6 fev 2019, 23:33

Nas últimas semanas, articula-se uma intervenção dos Estados Unidos sobre a Venzuela, organizada pelo governo Trump e por figuras reacionárias da política dos Estados Unidos como Marco Rubio e John Bolton. Seu objetivo é empossar Juan Guaidó, uma marionete dos interesses estadunidenses, na presidência da Venezuela, de modo a controlar uma transição política que beneficie a extrema-direita daquele país e as transnacionais petroleiras.

 Na América Latina, imediatamente, governos subservientes como o de Bolsonaro no Brasil e o de Iván Duque na Colômbia apressaram-se para apoiar o reconhecimento de um autoproclamado e ilegítimo “governo interino” de Guaidó, organizado diretamente pelo Departamento de Estado dos EUA. A reunião de Ernesto Araújo, ministro de Bolsonaro, com Bolton serviu para apertar o cerco contra a Venezuela e aderir ao plano golpista de Rubio/Bolton, polarizando ainda mais a situação de crise política e humanitária do país. Ainda que não seja o cenário mais provável, a intervenção militar estrangeira é uma ameaça inconcebível. Diante de tal ameaça, cerramos fileiras com todos aqueles que querem uma solução soberana e pacífica para o impasse.

É tarefa da esquerda socialista defender a autodeterminação do povo venezuelano e a soberania nacional daquele país. Guaidó é um títere ilegítimo – com quem não se pode ter relações ou vínculos –, que não advoga interesses democráticos ou de classe, mas sim pretende fomentar um golpe civil/militar na Venezuela. Ao mesmo tempo, a melhor forma de apoiar o povo venezuelano em sua luta pela recuperação de seu nível de vida e pelo direito à auto-organização e manifestação é defender que o povo venezuelano exerça sua soberania popular sem intervenção de potências estrangeiras, de transnacionais criminosas e de lacaios internos.

O papel que Uruguai, México e mesmo o Papa estão cumprindo é importante para um entendimento capaz de ganhar a opinião pública mundial para barrar qualquer intervenção, defendendo um pacto nos moldes dos acordos de paz já obtidos em outros países para evitar o maior dos retrocessos seja na via de um banho de sangue ou da ingerência imperialista.  

Isso não significa emprestar nenhum apoio político às medidas de Maduro, mas levar adiante a lógica de que, diante de um ataque a um país atrasado, defendemos a soberania nacional. 

A intervenção dificilmente se concretizará como ação militar. Os EUA carregam muitas derrotas para se arriscar neste terreno.  Mas mesmo que não venha a ter um caráter militar, há uma agressão estrangeira estimulando a violência interna e tentando provocar, no limite, uma divisão militar interna para que uma ala das forças armadas aceite fazer parte do jogo do agente interno da intervenção externa, Guaidó.

Além disso, para além de palavras, precisamos somar forças com sindicatos e movimentos sociais para receber os venezuelanos no Brasil, defendendo sua condição de imigrantes, garantir um verdadeiro auxílio humanitário, por fora das falácias dos Estados Unidos, e propugnar a paz no continente, sobretudo nesse momento. 

Também é fundamental estender às organizações da classe trabalhadora de todo o mundo, e em particular na América Latina, o chamado a combater as medidas de Bolsonaro, Duque e Macri, que se comportam como cães de guarda de Trump e ameaçam a paz e a vida do povo irmão venezuelano. Os sindicatos, organizações sociais e partidos políticos da esquerda devem formar comitês em defesa da autodeterminação, da paz e da soberania venezuelanas, exigindo que cessem as agressões contra este povo orquestradas por Washington.

Trump, tire as mãos da Venezuela! 

Não ao golpe de Guaidó! 

Nem intervenção nem guerra civil! 

Em defesa da autodeterminação do povo venezuelano e da paz!


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