Clipping da Fundação Lauro Campos 20 a 27 de outubro

Do congresso do Partido Comunista chinês à independência da Catalunha. Saiba o que de mais importante aconteceu no mundo na última semana.

Charles Rosa 28 out 2017, 16:18

A semana termina com uma notícia de impacto: o Parlamento da Catalunha declara a independência em resposta à ativação do decreto 155 por parte do governo central da Espanha. O Observatório Internacional destaca este tema como o principal desta edição, que conta ainda com matérias jornalísticas a respeito do fortalecimento de Xi Jinping na cúpula dirigente chinesa, as eleições na Argentina, Japão e República Tcheca, a reforma eleitoral na Itália, os distúrbios no Quênia, as novas denúncias da Odebrecht no Peru, a crise do Judiciário mexicano e a rebelião republicana contra Trump nos EUA.

Na segunda parte do Clipping Semanal, compilamos algumas opiniões sobre como a esquerda deve se posicionar na Catalunha, os balanços eleitorais na Venezuela e Argentina, além de uma entrevista analisando o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês.

Uma ótima leitura a todos!

Notícias dos principais jornais do mundo

Declaração de Independência da Catalunha

El Nacional.cat (27/10): “O Parlament declara República catalã como Estado independente e soberano”

“O Parlament da Catalunha aprovou com votação secreta a resolução apresentada pelos grupos de JxSí e da CUP que declara em seu preâmbulo a constituição da República catalã, como Estado independente e soberano de direito, democrático e social com 70 votos a favor, 10 contra e 2 abstenções. O pleno fez a aprovação com os votos dos deputados independentistas e na ausências dos parlamentares de Ciudadanos, PSC e PP.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iEbP1R

El País (27/10): “Senado aprova a aplicação do 155 na Catalunha”

“O Senado aprovou, depois de seis horas de debate, a aplicação do artigo 155 da Constituição, uma solução extrema e inédita na democracia, para frear o processo independentista da Catalunha, por 214 votos a favor, 47 contra e uma abstenção. A medida, apoiada pelo Partido Popular (com seus coaliados Foro Asturias e União do Povo Navarro), o PSOE, Ciudadanos e Coalición Canaria, supõe a suspensão do presidente da Generalitat e seu governo, a restrição dos poderes do Parlamento Catalão, a intervenção de organismos e serviços da comunidade autônoma, como os Mossos d’Esquadra, e a convocatória de eleições num prazo de seis meses. Foi depois de uma sessão densa, amiúde renhida e carregada de inquietude pelo transcurso do plenário do Parlament catalão. A votação ocorreu somente 45 minutos depois da aprovação em Barcelona da resolução para declarar a independência. Se opuseram ao 155, Unidos Podemos e suas confluências, Esquerra Republicana de Catalunya, Partido Nacionalista Vasco e o PdeCAT.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zbUapt

El Diario.es (27/10): “Todas as reações internacionais após a declaração de independência da Catalunha”

“A declaração de independência adotada pelo parlamento da Catalunha nesta sexta-feira desencadeou uma onda de reações internacionais por parte de mandatários, líderes mundiais e personagens conhecidos”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zU2uHq

El País (27/10): “Milhares de manifestantes ovacionam a declaração de independência da Catalunha em frente ao Parlament”

“O aplauso ressoou com força em frente ao Passeio de Picasso em Barcelona quando o Parlament aprovou nesta sexta-feira a resolução para proclamar a independência. Aqui, junto ao parque que rodeia o Hemiciclo, milhares de pessoas se reuniram para respaldar o Govern. Os congregados vaiaram as intervenções dos partidos da oposição e ovacionaram efusivamente as dos partidos independentistas. “Liberdade, liberdade!”, foi o coro quando os deputados se referiram aos Jordis. “Fora, fora!”, quando falavam os representantes de Ciudadanos. Tudo isso, num ambiente dominado por bandeiras estreladas, gritos de “independência” e cartazes que instavam à “desobediência” para constituir a República catalã. E ‘Els segadors’ para concluir.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yY100I

Público.es (27/10): “Iglesias reitera que não é partidário do 155, mas tampouco de uma independência ‘ilegal e ilegítima’”

“O secretário-geral do Podemos, Pablo Iglesias, apostou pelo ‘diálogo’ para solucionar o problema gerado na Catalunha ante o desafio independentista e a possível aplicação do artigo 155 da Constituição, e fez um último chamado a esse diálogo. Crê que hoje, tanto o presidente do Governo central, Mariano Rajoy, como o da Generalitat, Carles Puigdemont, têm a ‘obrigação’, disse de ‘pegar o telefone e começar a conversar’, porque ‘não fizeram isso ainda’”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2llNSgR

Eleições parlamentares na República Tcheca

NY TIMES (21/10): “Eleição tcheca vencida por partido anti-establishment liderado por bilionário”

“Um partido anti-establishment fundado por um oligarca bilionário superou no sábado os principais partidos tradicionais da República Tcheca, o que praticamente torna o magnata falante e enigmático no futuro primeiro-ministro do próximo governo de coalizão. Ano, o partido formado por Andrej Babis, 63, tinha quase 30% dos votos, com 99% das cédulas apuradas. Os social-democratas, que estiveram no centro da política tcheca por um quarto de século e terminaram em primeiro nas eleições anteriores, chegaram num distante sexto lugar com apenas 7%. Os comunistas ficaram em quinto. E os democrata-cristãos, outro partido que tem suas raízes na fundação do país, obtiveram menos de 6%, perigosamente perto do limite para se qualificarem a assentos no Parlamento.”

LINK (em inglês): http://nyti.ms/2xdRxhW

Moção de censura em Portugal

Público.pt (24/10): “’Geringonça segura governo mas prefere atacar a direita”

“No momento da votação, os deputados à esquerda do PS não faltaram à chamada e, perante a imagem das bancadas do BE, PCP, PEV, PS e do deputado do PAN a levantarem-se, para rejeitarem a moção de censura, o Presidente da República até pode dizer que a legitimidade do Governo saiu renovada. Mas no debate o apoio da esquerda foi tímido, com os partidos que sustentam o executivo a preferirem atacar as políticas florestais da direita que durante décadas, acusaram, votaram o mundo rural ao abandono.”

LINK (em português): http://bit.ly/2zamaJR

Reforma Eleitoral na Itália

DW (26/10): “Nova lei eleitoral na Itália obriga a novas coalizões”

“O Senado da Itália aprovou nesta quinta-feira (26.10.2017) de maneira definitiva o controvertido projeto de lei de reforma eleitoral que introduz um sistema misto, proporcional e majoritário, pelo qual serão necessárias amplas maiorias para governar. A aprovação da lei, imprescindível ante a falta atualmente de um sistema eleitoral no país e com as próximas eleições previstas para 2018, foi processada entre os duros protestos do Movimento Cinco Estrelas (M5S) e de uma parte da esquerda do país”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2y86ab8

Referendo separatista em Veneto e Lombardia

El País (24/10): “Os referendos de Veneto e Lombardia sacodem o tabuleiro eleitoral na Itália”

“Os salões políticos de Roma viram na segunda-feira como os velhos fantasmas do norte tornavam a sair do armário. Lombardia e Vêneto, duas das três regiões mais ricas e industrializadas da Itália, exigiram mais autonomia no domingo em dois referendos. Ou seja, maiores competências e uma parte dos impostos que equilibre seu déficit fiscal. A participação superou a expectativa e volta a colocar no mapa político italiano, depois de anos desterrado, um incômodo debate a poucos meses para as eleições.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yO1I0N

Massivos protestos em Malta

The Guardian (23/10): “Milhares protestam em Malta exigindo justiça após jornalista ser assassinado”

“Milhares de pessoas se reuniram numa concentração no domingo para exigir justiça para a jornalista maltesa e blogueira Daphne Caruana Galizia. As multidões encheram as ruas na capital, La Valetta, na “manifestação nacional por justiça” em honra à mulher de 53 anos, assassinada com um carro-bomba na segunda-feira passada. O impacto inicial do assassinato de uma mulher cujo trabalho investigava os rincões obscuros da política maltesa, sacudindo tanto o governo quanto a oposição, deu lugar a demandas de uma frente unida por justiça”.

LINK (em inglês): http://bit.ly/2yFCzFw

Eleições na Islândia

The Guardian (27/10): “A Islândia se prepara para a segunda eleição instantânea em menos de um ano depois de uma série de escândalos”

“A Islândia se dirige a sua segunda eleição parlamentar instantânea em menos de um ano no sábado. O colapso financeiro que colocou o país de joelhos há quase uma década ainda segue influenciando sua política. Embora a economia da ilha esteja prosperando novamente, graças principalmente a um boom turístico sem precedentes, alguns de seus principais políticos se viram afetados por uma sucessão de escândalos financeiros e éticos que abalaram a confiança dos eleitores. O primeiro-ministro, Bjarni Benediktsson, convocou a eleição no mês passado depois que seu governo de três partidos desmoronou por uma suposta tentativa de encobrir os esforços de seu pai para ajudar a “restaurar a honra” de um criminoso sexual infantil condenado.”

LINK (em inglês): http://bit.ly/2gNXJKQ

Reforma fiscal nos EUA

NY Times (26/10): “Câmara aprova plano orçamentário, abrindo caminho para a revisão dos impostos”

“A corrida republicana para reformar o código tributário entrou em um sprint na quinta-feira, com os membros da Câmara limpando um plano orçamentário que permitiria que uma lei fiscal passasse o Congresso sem votos democráticos, e líderes do Senado sinalizando que o projeto de lei poderia ser introduzido, debatido e aprovado em ambas as câmaras até o final de novembro. Essas ambições já são complicadas pela difícil matemática, tanto em termos de receitas fiscais quanto de contagem de votos. A votação do orçamento colocou em evidência esses fatores concorrentes, com 20 republicanos que desertaram e a resolução passando por pouco, 216 a 212, em parte pelas preocupações com a possível eliminação de uma isenção de impostos que desproporcionalmente beneficia os residentes de estados de alta tributação. Uma possível redução nos limites de contribuição para 401 (k) contas de aposentadoria também parece estar motivando uma luta intrapartidária.”

LINK (em inglês): http://nyti.ms/2xpS8gS

Conflitos dentro do Partido Republicano

El País (26/10): “A enésima rebelião republicana contra Trump”

“Parece uma rebelião. No transcurso de alguns dias, destacados políticos republicanos atacaram com firmeza seu presidente e presidente de todos os estadunidenses, Donald Trump. Consideram-no a antítese dos valores do partido fundado por Lincoln. O ex-presidente George W. Bush lançou-lhe críticas veladas há alguns dias ao alertar os perigos do fanatismo; o senador Jeff Flake, do Arizona, inflamou Washington na terça-feira com seu “Tenho filhos e netos. Não serei cúmplice de Trump”; e o veterano John McCain, candidato presidencial em 2008, é tão beligerante que há quem o chame com sarcasmo de ‘chefe da oposição’.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2gNVWFM

Congresso do Partido Comunista Chinês

The Guardian (23/10): “Xi Jinping sinaliza tentar permanecer no poder ao formar politburo sem nenhum sucessor”

“Xi Jinping iniciou seu segundo mandato como líder da segunda maior economia do mundo, prometendo encabeçar o “grande rejuvenescimento da nação chinesa” e assinalando sua intenção de superar a política chinesa nas próximas décadas. Pouco antes do meio-dia da quarta-feira, Xi revelou a nova formação do principal conselho governante da China- o Birô Político do partido comunista – levando seis camaradas de terno a um flash de câmeras no Grande Salão do Povo”.

LINK (em inglês): http://bit.ly/2z7n3D0

Libertação de ativistas em Hong Kong

Financial Times (23/10): “Ativistas de Hong Kong, Joshua Wong e Nathan Law, libertados sob fiança”

“Os defensores da democracia em Hong Kong, Joshua Wong e Nathan Law, foram libertados da prisão sob pagamento de fiança à espera de uma apelação contra suas condenações por incitar a uma assembleia ilegal. O encarceramento dos jovens ativistas em agosto por sua participação nos protestos do Occupy de 2014 produziu-se em meio a uma ofensiva contra os opositores de Pequim no território chinês semiautônomo. Os grupos de direitos humanos disseram que as sentenças ditadas contra Wong e Law e mais de uma dezena de outros ativistas os converteram nos primeiros “presos políticos” de Hong Kong, um termo rechaçado pelo governo designado por Beijing na cidade”.

LINK (em inglês): http://on.ft.com/2liKqTW

Vitória de Abe nas eleições japonesas

Forbes (23/10): “Vitória anti-climática de Shinzo Abe no Japão: poder sem popularidade”

“No final, a eleição antecipada do Japão foi ganha decisivamente pela coalizão governante liderada pelo LDP, um prognóstico já previsto em todas as pesquisas. Embora a manutenção de sua maioria nunca esteve em risco, havia uma incerteza sobre se o primeiro-ministro Shinzo Abe conseguiria manter sua maioria de dois terços na câmara baixa da Dieta Nacional. Ao cabo, conseguiu, ainda que sua coalizão tenha perdido seis assentos, obtendo 312 de 465 deputados. Abe justificou a antecipação em um ano das eleições para obter um mandato a fim de ter uma posição dura contra a Coreia do Norte, ainda que numa pesquisa recente da NHK tenha indicado que 49% da população está a favor do diálogo com o regime isolado. Os recentes testes de mísseis da Coreia do Norte resgataram Abe, que estava penando nas pesquisas de popularidade durante o verão, caindo de 60% no início do ano para cerca de 25% no final de julho”.

LINK (em inglês): http://bit.ly/2zUKpZZ

Fim do funeral do Rei da Tailândia

El País (26/10): “Tailândia despede-se consternada de rei Bhumibol e abre uma nova etapa política”

“Assustados, os tailandeses veem o país que conheceram se consumir pelas chamas que elevam ao paraíso o rei Bhumibol Adulyadej. Um ano depois de sua morte aos 88 anos, o monarca é despedido com um ritual budista no suntuoso crematório construído nas alamedas do Grande Palácio de Bangkok para a ocasião. Setenta e sete milhões de euros para comemorar com honras de deidade o monarca que, tratado como tal, regeu a Tailândia durante 70 anos. Despedem-se do soberano que exerceu o comando de uma nação politicamente muito dividida onde os militares deram um golpe em 2014. Concluídos os funerais, o país encara uma nova etapa. ‘Depois da cremação, o Governo militar será insustentável e os tailandeses quererão uma mudança política através da representação eleitoral”, prognostica Thitinan Pongsudhirak, diretor do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade de Bangkok.”

LINK (em inglês): http://bit.ly/2gICo1O

Ataque químico na Síria

The Independent (27/10): “Ataque químico na Síria: forças do regime do Assad por trás de explosão mortal de gás sarin, afirma relatório da ONU”

“Um novo relatório da ONU descobriu que as forças do presidente sírio Bashar al-Assad são responsáveis por um ataque químico mortal que matou mais de 90 pessoas em uma aldeia rebelde no início deste ano. A investigação da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), divulgada na quinta-feira, disse que os especialistas estão “confiantes de que a República Árabe da Síria é responsável pela liberação de sarin em Khan Sheikhoun em 4 de abril de 2017”.”

LINK (em inglês): http://ind.pn/2iEt03t

Novos colonatos de Israel em Jerusalém Oriental

BBC (25/10): “Israel aprova 176 novos assentamentos em Jerusalém Oriental”

“As autoridades israelenses aprovaram uma grande expansão de um assentamento judaico na Jerusalém Oriental ocupada. O município de Jerusalém emitiu licenças para 176 novas habitações em Nof Zion, que está cercado pelo distrito palestino de Jabal Mukaber. Ele quase triplicará em tamanho, tornando-se o maior assentamento dentro de uma área palestina de Jerusalém Oriental.”

LINK (em inglês): http://bbc.in/2iAifPC

Novas eleições no Quênia

CNBC (26/10): “Boicote, tiroteio e gás lacrimogêneo marcam novas eleições no Quênia”

“Partidários da oposição no Quênia se enfrentaram com a polícia e levantaram barricadas incendiadas nas ruas do país na quinta-feira, tratando de conturbar a provável reeleição do presidente Uhuru Kenyatta com uma baixa participação de eleitores. A comissão eleitoral disse que mais de um em cada dez colégios eleitorais não pode abrir. A votação se atrasou até 28 de outubro em quatro dos 47 condados do Quênia, todos na oposição, que apoia o oeste, devido aos ‘desafios de segurança’. A repetição das eleições está sendo seguida de perto na África oriental, que depende do Quênia como centro comercial e logístico, e no Ocidente, que considera Nairóbi como um baluarte contra a militância islâmica no Somália e no conflito civil no Sudão do Sul e Burundi.”

LINK (em inglês): http://cnb.cx/2llAI3t

Vitória do macrismo na Argentina

BBC (23/10): “Mauricio Macri anota uma vitória nas eleições legislativas e fica em melhor posição para impulsionar seu projeto de ‘mudar a Argentina para sempre’”

“A coalizão de governo na Argentina, a mando de Mauricio Macri, conseguiu um triunfo nas legislativas deste domingo. Os boletins reportaram vitórias para Cambiemos, o partido de Macri, em 13 das 23 províncias e inclusive em algumas onde reinou durante décadas o peronismo, hoje dividido e em oposição”.

LINK (em espanhol): http://bbc.in/2yLwua7

Prisão de ex-ministro dos Kirchner na Argentina

BBC (25/10): “Quem é Julio de Vido, o último aliado dos Kirchner a ser preso na Argentina”

“Não havia passado a ressaca das eleições do domingo, nas quais Mauricio Macri arrasou, quando esta quarta-feira o kirchnerismo sofreu outro golpe: Julio de Vido, o “arquiteto do poder K”, foi preso. Poucas pessoas foram tão importantes como De Vido durante os governos de Néstos Kirchner (2003-2007) e os dois de Cristina Fernández (2007-2015). Foi aliado desde que arrancaram suas carreiras políticas, encarregado de construir poder através de infra-estrutura e um estilo de “superministro” durante as presidências”.

LINK (em espanhol): http://bbc.in/2gJhXWa

Novas revelações da Odebrecht no Peru

La Republica.pe (26/10): “Por assessorar Ollanta Humala, Odebrecht e OAS pagaram quase US$ 1 milhão a publicitário brasileiro”

“Valdemir Garreta, publicitário brasileiro sócio de Luis Favre, afirmou que as construtoras Odebrecht e OAS, envolvidas no escândalo de corrupção denominado Lava Jato, lhe pagaram US$ 986 mil para assessorar a campanha eleitoral do ex-presidente Ollanta Humala Tasso em 2011. Assim revelou o diário El Comercio, que nesta quinta-feira publicou as declarações que fez Garreta ao procurador peruano no Brasil, Sergio Jiménez, em setembro passado.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zUaDvi

Divisão na direita venezuelana

DW (25/10): “Oposição venezuelana racha após derrota eleitoral”

“Henrique Capriles, uma das principais vozes de oposição ao regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (25/10) que deixará a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), gerando um sismo na base da oposição no país. O motivo alegado pelo ex-candidato à presidência foi o que chamou de “traição” de um dos partidos da aliança ao aceitar que quatro governadores eleitos pela oposição nas últimas eleições regionais prestassem juramento à Assembleia Constituinte.”

LINK (em português): http://bit.ly/2yaWigO

Crise na Justiça mexicana

El País (27/10): “México, um país sem fiscais”

“O diagnóstico não deixa lugar para dúvidas. México atravessa uma das piores crises de direitos humanos de sua história; está a ponto de romper este ano todos os recordes de assassinatos e das acusações de corrupção caminham de mãos dadas com a impunidade por um sendeiro que parece não ter fim. Tudo isso em véspera de eleições presidenciais cruciais para o devir do país. O consenso entre os especialistas é abrumador: a única forma de salvar o enfermo é com instituições sólidas. A realidade sobre o tratamento é desoladora: as três procuradorias que poderiam combater estes problemas estão decapitadas e a discussão sobre a futura procuradoria-geral, presa na grelha política”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zcTaBa

Artigos e debates da esquerda internacional

Independência da Catalunha

Sin Permiso (22/10): “O 155 é contra a Catalunha, mas afeta as liberdades democráticas de toda a população do reino da Espanha”, por Miguel Salas

“Ninguém pode já negar a repercussão estatal e internacional do conflito. É só ver as homepages dos jornais de todo o mundo. O PP, Ciudadanos e PSOE podem surfar numa onda de reação patriótica, mas arrasar com os direitos democráticos na Catalunha é o anúncio de que podem ser cortados em qualquer outro lugar, mas é também a possibilidade de iniciar um movimento solidário e republicano no conjunto do Estado. O grito de “Não passarão” se escuta amiúde pela Catalunha. Terá que ser ouvido também no restante do reino”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iF5P94

Sin Permiso (22/10): “Catalunha, um ‘solo’ sem povo”, por Daniel Escribano

“Outro dos originais argumentos contra o movimento independentista catalão é que a direção deste corresponde à direita e que a reivindicação independentista serve “para tapar corrupções e cortes austericidas [sic]”. Aqui nos encontramos entre outra das meias verdades que infestam o artigo de marras. Na maioria de estados europeus onde se aplicaram políticas pro-cícilicas e de ajustes orçamentários, isso supôs altos custos eleitorais aos partidos que as aplicaram. A contestação social que gerou a virulenta políticas de cortes aplicada pelo primeiro governo de Artur Mas lhe obrigou a assumir gradualmente as reivindicações do movimento independentistas, depois do fracasso da proposta de “pacto fiscal” aprovada pelo Parlament e defendida por CiU para melhorar o financiamento das instituições catalãs. O que o historiador omite é que os resultados de tal estratégia foram francamente decepcionantes para a coalizão”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2lpzioH

Viento Sur (23/10): “A República Catalã como autodefesa”, por Marti Caussa

“Para resistir a esta ofensiva do PP e das direitas europeias é necessária a mobilização popular em todos os âmbitos afetados e a tarefa mais imediata é lutar contra a escalada repressiva que significa a aplicação do 155 na Catalunha. Para isso é imprescindível a solidariedade dos povos do Estado espanhol e da Europa. Nesta perspectiva, a proclamação da República Catalã pode ser um instrumento de auto-defesa popular, um símbolo da revolução democrática e um estímulo de novas lutas pela democracia e pelos direitos sociais na Catalunha, Espanha e Europa.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zcIJOa

Viento Sur (23/10): “Golpe de Estado desde o Estado”

“Em clave catalã, os desafios do momento estão claros. Primeiro ter uma agenda própria pela positiva para além da defesa das instituições catalãs, que deveria se concretizar em torno dos objetivos da República Catalã e do processo constituinte catalão. Segundo, manter unido o bloco que fez possível o 1 e o 3 de outubro, que inclui o movimento independentista e um setor mais amplo e rupturista e, se possível, ampliá-lo a Catalunha em Comum que terá que decidir se segue participando somente na luta antirrepressiva e democrática ou se tenta definir e impulsionar de ver um roteiro constituinte. Terceiro, reforçar um bloco rupturista não-processista que tenha ao mesmo tempo uma política unitária junto ao governo catalão, a Assemblea Nacional Catalana (ANC) e o Omnium, e uma política de pressão e de transbordamento desde abaixo.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2i9iUUg

Venezuela

Portal de la Izquierda (25/10): “Consolida-se um sistema autoritário com maquiagem eleitoral?”, por Marea Socialista

“A busca por estabilidade política que encerram as eleições a governadores e as próximas que possam ser realizadas, está a serviço de tranquilizar o capital financeiro internacional e de brindar certa segurança jurídica que a constituinte por si só não assegura. Mas o coquetel é explosivo, se assemelha a uma onda acumulando pressão. Uma pressão que cedo ou tarde pode assumir a forma de luta social e política, enfrentando o governo com setores de sua própria base social”.

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2zd1Esk

Rebelion.org (24/10): “Por que voltou a ganhar o chavismo”

“Aproveitando este trem eleitoral de triunfos, o chavismo avalia agora adiantar a eleição para as prefeituras para dezembro deste ano. Começou também a cogitar o plano de adiantar as eleições presidenciais, que deviam ser realizadas no final de 2018, para o mês de março. Se insistir nos erros do passado, a soberba e o desrespeito às bases chavistas, e se continuar subestimando na prática o populismo clientelista na base mais empobrecida, a oposição pode perder novamente as eleições e suas possibilidade de tirar do poder ao chavismo serão ainda maiores”.

LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=233195&titular=%BFpor-qu%E9-volvi%F3-a-ganar-el-chavismo?-

Eleições na Argentina

Portal de la Izquierda (24/10): “Primeiras conclusões das eleições”, por Sergio García (MST-Izquierda al Frente por el Socialismo)

“Os resultados confirmaram que não vamos derrotar o macrismo pela via de voltar para trás, de mãos dadas coo dirigentes como CFK ou outros ex-funcionários de governos anteriores. Respeitamos a todas e todos aqueles que simpatizam com esse projeto e votaram nele, mas é hora de tirar conclusões corretas, essa polarização macrismo-kirchnerismo favorece a Macri e vai seguir favorecendo. Não é por aí, nem por nenhum caminho por dentro do velho PJ, que vamos superar positiva e progressivamente o macrismo. É a hora de uma nova alternativa independente destes setores e localizada à esquerda.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2iD3FXt

Atílio Borón (25/10): “Macrismo recarregado”

“A indiscutível vitória do macrismo a nível nacional coloca um enorme desafio para o conjunto de forças que lutam por um país justo, democrático e soberano. Hoje, devido ao lento porém irresistível – irresistível por ora, como uma vez dissera Hugo Chávez, ascenso da direita da Argentina se converteu num país mais injusto menos democrático e mais dependente.”

LINK (em espanhol): http://bit.ly/2yWYdFg

Nova neta de maio recupera identidade

Rebelion.org (27/10): “As Avós de Maio anunciaram que uma nova neta recuperou a identidade”

“A “neta 125” é a filha de Lucía Rosalinda Victoria Tartaglia. Estela Carlotto fez o anúncio no encerramento do ato pelos 40 anos das Avós da Praça de Maio, rodeada de netos, membros de organismos de direitos humanos e amigos.”

LINK (em espanhol): http://www.rebelion.org/noticia.php?id=233335&titular=las-abuelas-de-plaza-de-mayo-anunciaron-que-una-nueva-nieta-recuper%F3-su-identidad-

Congresso do Partido Comunista Chinês

International Viewpont (25/10): “Modernização por uma burocracia pré-moderna? O XIX Congresso do Partido Comunista Chinês”, entrevista com Au Loong Yu

“Ao final, chegamos a um cenário no qual inclusive se o PCCh pode impor um governo “totalitário” sobre a população e a perspectiva de uma rebelião desde abaixo ainda parece débil, uma ruptura no sistema pode ocorrer em outro lugar. A incapacidade do PCCh de resolver sua crise de sucessão implica um regime instável, e pode provar que sua própria cultura política pré-moderna entra cada vez mais no conflito e também é cada vez mais incapaz de tratar com uma população rapidamente urbanizada e modernizada que tem maiores expectativas que seus pais. Terá uma longa competência entre uma velha China e uma nova China.”

LINK (em inglês): http://bit.ly/2zVX3rw

Material organizado e publicado pelo Observatório Internacional da Fundação Lauro Campos.


TV Movimento

Balanço e perspectivas da esquerda após as eleições de 2024

A Fundação Lauro Campos e Marielle Franco debate o balanço e as perspectivas da esquerda após as eleições municipais, com a presidente da FLCMF, Luciana Genro, o professor de Filosofia da USP, Vladimir Safatle, e o professor de Relações Internacionais da UFABC, Gilberto Maringoni

O Impasse Venezuelano

Debate realizado pela Revista Movimento sobre a situação política atual da Venezuela e os desafios enfrentados para a esquerda socialista, com o Luís Bonilla-Molina, militante da IV Internacional, e Pedro Eusse, dirigente do Partido Comunista da Venezuela

Emergência Climática e as lições do Rio Grande do Sul

Assista à nova aula do canal "Crítica Marxista", uma iniciativa de formação política da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, do PSOL, em parceria com a Revista Movimento, com Michael Löwy, sociólogo e um dos formuladores do conceito de "ecossocialismo", e Roberto Robaina, vereador de Porto Alegre e fundador do PSOL.
Editorial
Israel Dutra | 21 dez 2024

Braga Netto na prisão. Está chegando a hora de Bolsonaro

A luta pela prisão de Bolsonaro está na ordem do dia em um movimento que pode se ampliar
Braga Netto na prisão. Está chegando a hora de Bolsonaro
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Pedro Micussi