A questão da confiança se impõe

Não restará outra coisa ao chefe de Estado que apelar para a questão de confiança, o que levará ao fechamento do Congresso e à convocatória de eleições antecipadas.

Tito Prado 24 set 2018, 16:48

A mensagem presidencial do domingo apresenta a “questão de confiança” como uma ameaça direta ao fujimorismo e ao Congresso a fim de que sejam aprovadas numa sessão extraordinária no meio da semana as quatro reformas propostas pelo Executivo.

Vistas os diversionismos e as manobras de todo o tipo para protelar, esvaziar e finalmente distorcer a iniciativa do Presidente Vizcarra por parte da Força Popular, o que fica claro é que a senhora Keiko quer impedir o avanço da luta contra a corrupção que demanda o povo.

Se a maioria congressual não atende a insistência presidencial não restará outra coisa ao chefe de Estado que apelar para a questão de confiança, o que levará ao fechamento do Congresso e à convocatória de eleições antecipadas. No entanto, é provável que a cartada presidencial dê lugar a uma negociação que salve as reformas e o referendo com as quais Vizcarra busca apoio social não só para chegar a 2021, mas também para ir além.

Do ponto de vista do movimento popular não resta outra coisa que exigir o cumprimento dos prazos para que o Referendo seja realizado em dezembro com o segundo turno das eleições locais. Junto com isso, demandar que se inclua a consulta por uma nova constituição via Assembleia Constituinte, o que implica novas regras do jogo para evitar que sigam os de sempre e se repita a história.

É a oportunidade para varrer os corruptos, avançar para mudanças profundas, acabar com a constituição de 93 e o modelo neoliberal. Com o povo nas ruas, vamos conseguir isso construindo no caminho nossa própria alternativa política para refundar a República com um Estado soberano, democrático, popular e plurinacional.

Artigo originalmente publicado no Portal da Esquerda em Movimento


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