Carta Internacional de parlamentares, personalidades e ativistas denuncia a atuação de Bolsonaro na pandemia e pede #ForaBolsonaro
Iniciativa foi da bancada do PSOL.
Por iniciativa da bancada do PSOL, parlamentares, intelectuais, dirigentes políticos e de movimentos sociais de diversos países assinam Carta Pública contra as atitudes anti-humanitárias do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, frente à pandemia do coronavírus.
Intitulada Jair Bolsonaro é uma ameaça ao Brasil e à saúde mundial, a Carta Pública afirma que a política e a postura de Bolsonaro leva o Brasil a uma situação cada vez mais grave, sanitária e socialmente, e alerta para um possível cerco sanitário ao Brasil que o negacionismo e o autoritarismo de Bolsonaro podem promover.
“A crise sanitária e econômica que sofre povo brasileiro, a tragédia de ser hoje o segundo país do mundo em número de mortes por coronavírus e o epicentro da pandemia na América Latina, não se deve a nenhuma “fatalidade natural”. É o produto de uma política deliberada do seu Governo, do Presidente da República: Jair Bolsonaro. Um negacionista e autoritário, que desde a cadeira presidencial dirige uma verdadeira cruzada contra a ciência, atacando constantemente o isolamento social necessário para enfrentar a epidemia.”
Proposição dos parlamentares da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, a carta é assinada por parlamentares do Parlamento Europeu, do Parlasul, inclusive com a assinatura de seu presidente, o deputado argentino Oscar Laborde. Entre os latino americanos constam deputados federais chilenos, dirigentes sociais da recente rebelião no país e, inclusive, o prefeito de Valparaíso, Jorge Sharp. A figura histórica de Hugo Blanco no Peru, dirigente indígena, camponês e ex-deputado constituinte junto a inúmeros importantes dirigentes políticos e sociais, a Senadora Blanca Piña Gudiño e diversos parlamentares do Partido Morena no México. Assinam também os membros da Plataforma Ciudadana en Defensa de la Constitución da Venezuela que envolve ex-ministros de Chávez que se afastaram do governo Maduro, como Héctor Navarro e Edgardo Lander, reconhecido intelectual venezuelano. Também é signatário da Carta o argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz.
Nomes fortes da Europa como Miguel Urbán, europarlamentar espanhol de Anticapitalistas, Dimitrios Papadimoulis, deputado grego vice-presidennte do Parlamento Europeu. Do Estado espanhol, as deputadas Teresa Rodríguez (Anticapitalistas), Mireia Vehí (CUP), Joan Josep Nuet (ERC-Soberanistas) e o prefeito de Cádiz Jose María Gonzalez. De Portugal, parlamentares integrantes do Bloco de Esquerda e um dos seus principais dirigentes, o economista Fransico Louçã. Intelectuais europeus importantes também se somaram à iniciativa. É o caso de Christian Laval, Pierre Dardot, Michael Löwy, Eric Toussaint, Catherine Samary, Ugo Palheta, além de uma grande quantidade de parlamentares de países como Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, entre outros países.
A Carta seguirá ganhando signatários por meio da plataforma http://cartaforabolsonaro.com/, onde também se pode ter acesso ao seu conteúdo na íntegra.