Em defesa da soberania da Venezuela: FNL dá exemplo internacionalista!
FNL deu prova de sua postura internacionalista ao resistir contra o assédio dos lacaios do imperialismo apoiados pelo governo Bolsonaro.
Por meio desta nota parabenizamos os companheiros e companheiras da Frente Nacional de Lutas (FNL), na figura de seu dirigente José Rainha, pela ação internacionalista da FNL reconhecida em carta de agradecimento da embaixada venezuelana destinada ao movimento social [em anexo]. Da mesma forma, denunciamos também a recente Operação Gideão, fracassada tentativa de invasão militar ao território venezuelano.
No dia 13 de novembro de 2019, quando grupos brasileiros de extrema-direita tentaram invadir a embaixada venezuelana em Brasília, a FNL deu prova de sua postura internacionalista e, junto com parlamentares do PSOL – além de outros movimentos sociais e de partidos de esquerda – resistiu contra o assédio dos lacaios do imperialismo apoiados pelo governo Bolsonaro. A vitoriosa defesa da embaixada venezuelana foi mais um capítulo de uma longa história de resistência do povo venezuelano e seus aliados contra inúmeras tentativas de desestabilização e intervenção por parte do imperialismo norte-americano.
A chamada Operação Gideão representou a mais recente destas tentativas, uma ação militar financiada pelo Estados Unidos em meio à quarentena imposta pelo novo coronavírus. No último dia 3 de maio, uma lancha com mercenários e armamentos de guerra foi interceptada na cidade costeira de La Guaira, resultando na morte de 8 invasores e na detenção de outros tripulantes ligados à empresa estadunidense Silvercorp. Liderada por Jordan Goudreau, ex-militar dos EUA e dono da Silvercorp, a operação foi uma tentativa de “golpe privado” onde o contrato previa uma recompensa de US$15 milhões pela captura do presidente Nicolás Maduro. Este contrato para a realização de um golpe de estado, supostamente firmado entre Juan Guaidó e a Silvercorp, teria duração prevista de 16 meses de ação e valor total da operação em US$212 milhões.
Treinados na vizinha Colômbia com o apoio do governo direitista de Iván Duque, os mercenários da empresa foram parte da segurança do Venezuela Live Aid, evento financiado pelo milionário Richard Branson na fronteira colombiana em 2019 em apoio à Juan Guaidó, golpista reconhecido e apoiado por Trump e Bolsonaro. As ações de Goudreau na Colômbia já haviam sido mencionadas pelo general golpista Cliver Alcalá como parte das tentativas de desestabilização externa da Venezuela e a Silvercorp também já havia atuado na segurança de comícios de Donald Trump, uma das fortes evidências da profunda ligação de Goudreau com o serviço secreto estadunidense.
Os problemas políticos internos da Venezuela, nos quais o governo Maduro tem grande responsabilidade, não são nenhuma justificativa para as permanentes tentativas de desestabilização realizadas pelo imperialismo de rapina norte-americano. O constante assédio do governo Trump, apoiado pelos governos vizinhos da Colômbia e do Brasil, fere a legislação internacional e desnuda a face mais violenta e criminosa da ação norte-americana na América Latina.
O repúdio às consecutivas ações mercenárias, tanto na Venezuela como em suas representações diplomáticas, é obrigação dos setores que lutam pela democracia e pela paz dentro e fora do país, exigindo profunda solidariedade com o povo venezuelano. Nesse sentido, repudiamos toda e qualquer ingerência estrangeira contra a Venezuela e nos colocamos como parte deste processo de solidariedade internacional, à exemplo da ação de defesa da embaixada venezuelana em Brasília.
Parabéns à militância da FNL pelo exemplo de luta internacionalista!
Imperialistas: tirem as mãos da Venezuela!
A autodeterminação popular dos venezuelanos e venezuelanas decidirá o futuro do país!