No jogo da vida, é preciso derrotar Bolsonaro

O negacionismo rouba nossa sociabilidade, nossos momentos, nossos sorrisos e nossa própria vida.

Max Costa 10 jan 2021, 17:17

Certamente, quem vencer o tradicional clássico paraense de hoje entre Remo e Paysandu subirá à série B em circunstâncias diferenciadas. Os torcedores irão acompanhar o tão esperado triunfo de longe, se limitando aos olhos vidrados na TV, o ouvido colado nos radinhos de pilha e os dedos interagindo nas redes sociais. O Mangueirão vazio, sem os já tradicionais mosaicos e as ondas alviceleste ou azulina que ocupam as arquibancadas, vai expressar o grande desfalque do espetáculo: a apaixonada torcida.
Os mais apaixonados torcedores sempre planejaram o retorno à série B em meio à festa, que começava com o churrasco e a cervejinha em casa, se estendia com o apogeu em um estádio explodindo de felicidade e encerrava de forma apoteótica na Doca ou outra rua do Pará a dentro, após carreatas ou passeatas, encarnações, brincadeiras e goles e mais goles de alegria.
Quis a pandemia que um jogo histórico como esse ficasse eternizado ainda mais na história: o dia em que a glória de Paysandu ou Remo não pudesse ser testemunhado fisicamente pelos torcedores, que sequer puderam se aglomerar como gostariam. Alguns abraços farão falta. Algumas ligações ou mensagens não chegarão. E a tradicional encarnação estará capenga. Com certeza, será uma festa incompleta.

Digo isso para demonstrar como o negacionismo rouba nossa sociabilidade, nossos momentos, nossos sorrisos e nossa própria vida. Um roubo que muitos juízes fecham os olhos.

Como seria bom se já tivéssemos a vacina, para podermos ir ao estádio celebrar a vitória ou estar junto na derrota de nosso time. Como seria ótimo termos um processo de imunização universalizado que permitisse que nos aglomerássemos com toda a segurança sanitária necessária.
Mas como se já não bastasse todas as dores de 2020, não podemos sequer celebrar nossas alegrias como deveríamos neste novo ano. O que temos é um governo federal irresponsável e criminoso, que fez chacota das dores do povo, não enfrentou a pandemia como deveria e agora faz luta ideológica em torno do óbvio, que é a vacinação.

No RexPa de hoje, sou Paysandu de carteirinha. Mas o mais importante é o jogo da vida. Nesse, mais do que nunca, precisamos urgente derrotar o negacionismo e as práticas anti-científicas de Bolsonaro, que rouba do povo os poucos momentos de felicidade que deveriam ficar eternizados.


TV Movimento

PL do UBER: regulamenta ou destrói os direitos trabalhistas?

DEBATE | O governo Lula apresentou uma proposta de regulamentação do trabalho de motorista de aplicativo que apresenta grandes retrocessos trabalhistas. Para aprofundar o debate, convidamos o Profº Ricardo Antunes, o Profº Souto Maior e as vereadoras do PSOL, Luana Alves e Mariana Conti

O PL da Uber é um ataque contra os trabalhadores!

O projeto de lei (PL) da Uber proposto pelo governo foi feito pelas empresas e não atende aos interesses dos trabalhadores de aplicativos. Contra os interesses das grandes plataformas, defendemos mais direitos e melhores salários!

Greve nas Universidades Federais

Confira o informe de Sandro Pimentel, coordenador nacional de educação da FASUBRA, sobre a deflagração da greve dos servidores das universidades e institutos federais.
Editorial
Israel Dutra e Roberto Robaina | 10 abr 2024

Musk é inimigo da liberdade

Os ataques do bilionário contra Alexandre de Moraes incentivam a extrema direita brasileira
Musk é inimigo da liberdade
Edição Mensal
Capa da última edição da Revista Movimento
Revista Movimento nº 48
Edição de março traz conteúdo inédito para marcar a memória da luta contra a repressão
Ler mais

Podcast Em Movimento

Colunistas

Ver todos

Parlamentares do Movimento Esquerda Socialista (PSOL)

Ver todos

Podcast Em Movimento

Capa da última edição da Revista Movimento
Edição de março traz conteúdo inédito para marcar a memória da luta contra a repressão