FNL e movimentos sociais constroem acampamento popular no DF em dia nacional de lutas por impeachment de Bolsonaro
Ontem, 13, a Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL) coordenou a organização de oito acampamentos da Assembleia Popular do DF.
A Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), junto a movimentos sociais, entidades sindicais e partidos, coordenou na madrugada desta terça-feira (13) a organização de oito acampamentos da Assembleia Popular do DF, próximo ao Centro de Convenções Ulisses Guimarães. Os mais de 2.000 ativistas que construíram os oito acampamentos hoje participaram do ato político da campanha Fora Bolsonaro ao final da tarde, encerrando o dia nacional de protestos pelo impeachment do presidente Bolsonaro, o 13J.
A FNL atua nacionalmente em busca da distribuição legal de latifúndios rurais e grandes locais urbanos que já são considerados públicos, no entanto, não cumprem a função social do território. A reforma agrária, a defesa do patrimônio nacional e a derrubada da PEC 32, junto à urgência em tirar Bolsonaro do governo, são as principais pautas da FNL em todas as ocupações realizadas de norte a sul do Brasil.
Neste 13 de julho, os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios são parte fundamental da resistência às políticas entreguistas do governo Bolsonaro. Com o projeto de privatização em curso, se mostra cada vez mais urgente a derrota da privatização dos Correios, assim como outras estatais que permanecem na mira do Ministro da Economia Paulo Guedes.
A construção do acampamento popular junto a outros movimentos sociais faz parte da nova etapa de mobilização da FNL na região do Distrito Federal, iniciada ainda em abril com um grande ato político que levou mais de 500 pessoas às ruas para dizer não ao governo corrupto e genocida. Dentre os ativistas que mobilizam as atividades coletivas do acampamento, estão os jovens do coletivo anticapitalista Juntos!, formado por estudantes que se organizam para defender mais direitos e a educação pública de qualidade em diversas cidades, e o Movimento Esquerda Socialista (MES), agrupamento nacional de militantes que fundou o PSOL.
Os movimentos sociais estão organizando debates e mobilizações com todos os cuidados para preservar as pessoas durante a pandemia, e inclusive pedem apoio em alimentos, água potável, máscaras PPF2 e álcool gel para uso no local. Dentro do acampamento Rosa Luxemburgo, por exemplo, há também a tenda Cantinho da Saúde, para prestar primeiros socorros em caso de emergências e compartilhar informações sobre como preservar a saúde pública e prevenir o aumento do risco de contágio de Covid-19.
Nas próximas semanas, a FNL seguirá sua jornada de atos políticos em defesa da reforma agrária como meio de garantir a terra, a moradia e a liberdade dos povos que resistem.