Reivindicação de detidos e desaparecidos
O Portal La Joven Cuba exige transparência e que seja esclarecido o paradeiro de todos os presos e desaparecidos desde o último protesto no dia 11 em Cuba.
Após cinco dias, o número exato de detidos nos protestos do domingo, 11 de julho, ainda não é conhecido. No entanto, o número parece estar na casa das centenas.
As delegacias e presídios, principalmente na capital, estão lotados de mães, pais, esposas e parentes em busca de quem não voltou para casa naquele dia. Tanto aqueles que exerceram seu direito ao protesto pacífico e cívico, mas foram brutalmente reprimidos, quanto aqueles que apelaram à violência, todos merecem um processo justo e transparente. A resposta que recebem nesses lugares às vezes é rude e vaga.
Não foram poucos os detidos que sofreram ferimentos, alguns graves, em resultado da violência exercida pela Polícia, a segurança do Estado e pessoas convocadas pelo governo para a repressão. Mesmo nesses casos, eles permanecem detidos sem que seus familiares tenham acesso a eles, mesmo por meio de advogado, conforme estipulado por lei. De alguns o paradeiro é desconhecido.
Esconder as feridas de um detido de sua família não diminui a violência contra ele, ao contrário, a fortalece; impedir que uma mãe ou um pai saiba o paradeiro de seu filho é tão ilegal quanto o próprio desaparecimento. Atuar sob a proteção da ocultação de informações apenas reafirma a tese de que o procedimento seguido para administrar a crise política foi incorreto e ilegítimo.
O Conselho Editorial de La Joven Cuba exige transparência, que seja esclarecido o paradeiro dos desaparecidos e que se ofereça aos detidos os cuidados médicos e jurídicos de que necessitam.