O campo que defende a mobilização e independência vence na FENAMETRO

O campo que defende a mobilização e independência vence na FENAMETRO

Entre os dias 11 e 13 fevereiro foi realizado o 8° Congresso da FENAMETRO em SP.

Ronas Mendes Filho 21 fev 2022, 16:57

MOBILIZAÇÃO E INDEPENDÊNCIA VENCEM NA FENAMETRO

A atual gestão do SINDIMETRO-RS esteve presente com 5 delegados no evento, nele apresentamos um manifesto que contava com apoio de alguns grupos organizados além de vários delegados independentes.

Foi definido, anteriormente em assembleia, por proposta da atual gestão a paridade de gênero entre os delegados escolhidos para irem ao congresso, portanto das 8 vagas destinadas ao SINDIMETRO, 4 foram ocupadas por mulheres, sendo 3 da atual gestão e 1 da oposição.

No congresso foram debatidos temas como conjuntura nacional e internacional, machismo, racismo e lgtbfobia, balanço financeiro e político da gestão da FENAMETRO e a eleição para nova gestão da Federação.

No painel de opressões, foi debatido a discriminação que ainda acontece no ambiente de trabalho, dos assédios que as mulheres metroviárias sofrem e do apagamento LGBT que ainda acontece dentro das estatais.

No tema de conjuntura já se notou as diferenças programáticas e políticas entre os grupos presentes, e que se acirrou durante o processo de eleição da entidade. O grupo liderado pelo PC do B alinhado ao Petismo/Lulismo deixava evidente que queriam usar a entidade para fins de atrelamento, ou seja, caso fossem eleitos para a gestão, uma das primeiras atitudes seria fazer com que a mesma declarasse apoio total a candidatura Lula. Nos discursos se viu um tom de torcida e fé na eleição de Lula, que por si só não é problema.  Porém, isso não será a resolução de todos os problemas da categoria. Claro que sabidamente o eixo é Fora Bolsonaro e Não as Privatizações.

Entendemos o processo eleitoral de maneira mais crítica, isto é, uma possível e provável eleição do Lula, não basta, se não tiver um programa claro e que atenda a classe trabalhadora. É necessário que vise o rompimento das praticas neoliberais com os trabalhadores. Há uma série de medidas que precisam ser feitas. Além de parar com a escalada de ataques ao povo brasileiro. Por isso é necessário: a revogação da reforma trabalhista e previdenciária, o fim do teto de gastos, políticas publicas para aumento do emprego e renda. Exigimos a reestatização dos serviços públicos de transporte já privatizados e o fim dos processos de privatizações como um todo. A privatização resultará em aumento, da já cara, passagem, precarização na manutenção e assim um aumento dos acidentes nesses serviços e um aumento do subsidio publico para as empresas privadas que controlarão os sistemas de transporte. 

Portanto, defendemos no Congresso através de um manifesto, uma audiência com o ex-presidente e candidato Lula, com a participação de todos os sindicatos do sistema metro ferroviário do país. Pois, o que queremos, não é torcer para ele tomar as medidas, mas, sim queremos um compromisso publico e político com a nossa categoria. 

Essas divergências ficaram expostas na eleição da Federação, em que se apresentaram duas candidaturas, cada uma defendendo uma postura diversa. Nós apoiamos a candidata Alda do SINDIMETRO-MG e nossa plataforma defendia a independência e autonomia da Federação perante governos, pois entendemos que subserviência não resolverá nossos problemas e assim colocaremos a frente nossas demandas. Já o outro campo, encabeçada pelo Wagner Fajardo do SINDMETRO-SP, que defendia que a Federação apoiasse a candidatura Lula já no primeiro turno, o que resultaria num enfraquecimento e daria caráter de correia de transmissão para a entidade. 

O campo Por uma FENAMETRO Autônoma e Independente venceu por 58 votos a 44, de um total de 108 delegados presentes no congresso, que ocorreu de maneira hibrida.

Esse resultado permitiu que tirássemos do controle de SP a gestão da FENAMETRO e pela primeira vez na história elegemos a primeira mulher presidente da Federação, o que nos orgulha muito.

Secretário Jurídico – Sindimetrô-RS


TV Movimento

Calor e Petróleo – Debate com Monica Seixas, Luiz Marques + convidadas

Debate sobre a emergência climática com a deputada estadual Monica Seixas ao lado do professor Luiz Marques e convidadas como Sâmia Bonfim, Luana Alves, Vivi Reis, Professor Josemar, Mariana Conti e Camila Valadão

Encruzilhadas da Esquerda: Lançamento da nova Revista Movimento em SP

Ao vivo do lançamento da nova Revista Movimento "Encruzilhadas da Esquerda: desafios e perspectivas" com Douglas Barros, professor e psicanalista, Pedro Serrano, sociólogo e da Executiva Nacional do MES-PSOL, e Camila Souza, socióloga e Editora da Revista Movimento

Balanço e perspectivas da esquerda após as eleições de 2024

A Fundação Lauro Campos e Marielle Franco debate o balanço e as perspectivas da esquerda após as eleições municipais, com a presidente da FLCMF, Luciana Genro, o professor de Filosofia da USP, Vladimir Safatle, e o professor de Relações Internacionais da UFABC, Gilberto Maringoni
Editorial
Israel Dutra | 20 fev 2025

Altas temperaturas no cenário político

A emergência climática, a crise do governo Lula e a pressão pela prisão de Bolsonaro aquecem o cenário político
Altas temperaturas no cenário político
Edição Mensal
Capa da última edição da Revista Movimento
Revista Movimento nº 55-57
Nova edição da Revista Movimento debate as "Encruzilhadas da Esquerda: Desafios e Perspectivas"
Ler mais

Podcast Em Movimento

Colunistas

Ver todos

Parlamentares do Movimento Esquerda Socialista (PSOL)

Ver todos

Podcast Em Movimento

Capa da última edição da Revista Movimento
Nova edição da Revista Movimento debate as "Encruzilhadas da Esquerda: Desafios e Perspectivas"