Servidores de Poá(SP) na linha de fogo da Prefeita Marcia Bin (PSDB) e do Neoliberalismo
Sobre o governo Marcia Bin – existe uma tentativa de demolição dos servidores públicos.
Em todo período da pandemia não tivemos ações concretas por parte da administração municipal para a população da nossa cidade. Vários municípios deram um auxílio emergencial para as famílias conseguirem minimamente se alimentar e em nossa cidade restou apenas o silêncio diante de tantas dificuldades.
Os servidores públicos de Poá atravessam diversos ataques! Nessa gestão da Prefeita Marcia Bin (PSDB) esses ataques se intensificaram e os servidores que estão organizados nas lutas se mobilizam para dialogar com a população Poaense e barrar os pacotes de maldades que sempre estão na ordem do dia.
Poderia enumerar diversos ataques implementados pela Prefeita e seu grupo político desde o início do seu mandato, passando pela tentativa de fechamento do ensino fundamental II até o fechamento do hospital municipal, transformando o que eles chamam hoje de Pronto Atendimento, mas vou me ater a algumas questões latentes.
Foi divulgado amplamente pelas mídias o retorno presencial vergonhoso das aulas no início do ano de 2022, onde foi servido merenda seca (bolachas e sucos de caixinha) para os alunos e imposto um horário reduzido das aulas por várias semanas. Pois é, a cidade estava sem contrato com as merendeiras e os alunos foram extremamente prejudicados pela falta de organização da gestão municipal. Ainda querem sustentar que a terceirização é algo importante, que empurra a máquina pra frente e outras balelas.
Agora a prefeita na calada da noite, sem nenhum diálogo com os servidores, enviou mais uma vez um projeto de lei nefasto para a câmara municipal (PL27) e foi preciso muita luta para barrar na tarde e noite de ontem (22/03). Para entender melhor como se deu tudo, ano passado os servidores travaram lutas importantíssimas para barrar o PL26 que retirava o vale refeição de R$ 400,00 de todos os servidores e outros direitos. Só que esse mesmo projeto que foi aprovado alegava calamidade financeira e que assim que o município tivesse abaixo do teto de gastos dos 54% na folha de pagamento o vale alimentação retornaria para os servidores integralmente.
Nossa cidade encerrou o ano de 2021 com mais de 30 milhões de superávit e esses dois meses de arrecadação de 2022 superam em 7% quando comparamos o valor da arrecadação do ano passado, ou seja, estamos abaixo dos 54% da folha de pagamento. A pergunta que fica é: o vale alimentação para todos os servidores não voltou automaticamente por quê? Em vez de restabelecer o vale alimentação a prefeita, em forma de golpe e para pegar a opinião popular, enviou um novo projeto de Lei (PL27) para a câmara que tem a proposta de pagar R$ 200,00 reais de vale alimentação para os servidores que ganham abaixo de R$ 3.000,00 no município. Isso beneficiaria uma parcela mínima que já recebe quase esse valor (funcionários do piso) e os demais servidores ficariam entregues à própria sorte e à inflação galopante.
Para os mais de 100 cargos comissionados com altíssimos salários que a prefeita empregou na cidade para confortar seus acordos políticos, esse vale alimentação não faz falta nenhuma, mas para os servidores que são a caixa motora dessa cidade, faz uma falta enorme. Dinheiro tem, falta vontade política.
Para finalizar, a mobilização do dia de ontem (22/03) feita pelos servidores municipais conseguiu barrar a votação do PL27 na câmara. Agora resta ficarmos atentos(as) e mobilizados(as), pois assim como no ano passado, ela pode a qualquer momento enviar o projeto com uma nova roupagem para atacar os servidores. A pressão em cima dos vereadores do município não pode parar também!
Precisamos seguir em luta, para combater o abandono da cidade e os ataques aos servidores municipais!
Projeto de Lei 27 na íntegra:
Câmara Municipal de Poá – PROJETO DE LEI Nº 27/2022 (siscam.com.br)
Marcio Filho
Presidente do Diretório do PSOL POÁ