PSOL faz primeiro ato oficial de campanha em Porto Alegre
Evento teve a presença de candidatos ao governo do Estado e de mandato coletivo ao Senado.
Na terça-feira (16), o PSOL-RS realizou seu primeiro ato oficial de campanha, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. Centenas de militantes compareceram à atividade, protagonizada pelos candidatos a governador e vice, Edegar Pretto (PT) e Pedro Ruas (PSOL), além da chapa de mandado coletivo ao Senado, formada por Olívio Dutra (PT), Roberto Robaina (PSOL) e Fátima Maria (PT).
No ato, os candidatos destacaram a importância da mobilização de esquerda para derrotar o bolsonarismo no Rio Grande do Sul e no Brasil, com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Essa unidade foi construída para derrotar Bolsonaro. Ela é fundamental e pode, sim, significar uma virada histórica. Isso está posto, e nós temos que lutar para que essa possibilidade se concretize no primeiro turno. Mas se não for no primeiro turno, será no segundo, porque a vitória será nossa, porque o povo brasiliero não pode aceitar mais quatro anos de projeto neofascista”, afirmou Robaina em seu discurso.
Segundo pesquisa do Ipec, divulgada na segunda-feira (15), a chapa Pretto-Ruas está em terceiro lugar nas intenções de voto, com 7%. Está tecnicamente empatado com o bolsonarosta Luiz Carlos Heinze (PP), que tem 6%, e atrás do ex-governador Eduardo Leite (PSDB), que tem 32%, do ex-ministro de Bolsonaro Onyx Lorenzoni (PL), 19%.
Dado esse cenário em que a chapa Pretto-Ruas é a única capaz de interromper um ciclo de governos reacionários de direita no Estado. Robaina acredita que a mobilização pode produzir um momento histórico também no Rio Grande do Sul, ao levá-los para o segundo turno.
“A escolha da chapa do Edegar e do Ruas foi um enorme acerto político. O Ruas, como liderança do meu partido. Histórico líder brizolista que se engajou desde o início da fundação do PSOL. E o Edegar, que representa uma nova geração de militantes do PT, que é expressão da luta dos sem terra, dos pequenos proprietários de terra, do MST e também da luta das cidades. O Edegar Pretto vai, sim, nesses 40 e poucos dias que temos, fazer a diferença. O povo gaúcho precisa conhecer o Edegar e conhecendo o Edegar, não tenho a menor dúvida de que levará a chapa para o segundo turno”, afirmou.
Outro fator que pode significar um momento político histórico, segundo Robaina, é a aprovação, nas urnas, do mandato coletivo ao Senado. Candidato a primeiro suplente na chapa, Robaina valorizou a iniciativa de Olívio Dutra, fundador e principal liderança histórica do PT.
“Ele se dispôs a encabeçar uma chapa ao Senado. Fez mais do que isso: pensou num projeto de inovação, realizando uma ideia de mandato coletivo. Isso não é pouca coisa. Isso significa estar conectado com a necessidade de uma representação política mais autêntica. E eu digo para todos: tenho enorme orgulho de que Olívio Dutra tenha concordado em me ter como suplente. Porque isso é um sinal de que o Olívio tem clareza de que a unidade se constrói na diversidade, de que a unidade se constrói respeitando projetos políticos que afirmam, sim, a independência da classe trabalhadora como princípio, porque foi ela que fez Olívio ser o maior líder da classe trabalhadora gaúcha e, provavelmente, um dos maiores do Brasil. E compor essa chapa com a Fátima, uma mulher negra, de mandato negro, é uma grande satisfação”, elogiou Robaina.
Na avaliação do candidato, com Olívio eleito senador, outros senadores do campo progressista vão ser obrigados a inovar.“
Terão de fazer com que o Senado, que é uma casa elitista, tenha um pouco mais de espaço para ser uma ressonância das lutas e das ideias do povo brasileiro”, projeta.