Nas últimas semanas, o governador reeleito do Paraná apresentou à Assembleia Legislativa um pacotaço de maldades com uma série de propostas privatistas e que retiram direitos do povo paranaense.

Uma das medidas mais graves foi a privatização da COPEL (Companhia Paranaense de Energia), que foi aprovada a toque de caixa na última quinta-feira (24/11). A empresa já tinha capital aberto ao mercado de ações, mas o governo seguia sendo o acionista majoritário. Com a nova lei aprovada, a previsão é de que o estado tenha apenas 15% das ações da empresa, deixando o povo paranaense sem qualquer soberania energética, à mercê dos acionistas.
Além da tragédia da COPEL, estão sendo conduzidas medidas de desmonte da Biblioteca Pública e do Colégio Estadual do Paraná, aumento da alíquota do ICMS, terceirizações no sistema penitenciário e um projeto piloto de privatização de escolas estaduais. Na contramão de tantos cortes, o salário dos secretários de estado aumentou em 25%.

Por trás desse conjunto de medidas está um projeto que enxerga o estado do Paraná como um laboratório de experiências ultra-neoliberais. A lógica implica em vender todos os patrimônios estatais possíveis e entregar os serviços públicos à iniciativa privada. Uma verdadeira catástrofe para o Paraná e um exemplo perigoso para o Brasil.

O PSOL alertou a possibilidade de implementação desse projeto ao longo das eleições estaduais, quando a Professora Angela, nossa candidata a governadora, firmemente combateu Ratinho Jr. nos debates e programas de TV.  Infelizmente, Ratinho foi reeleito em primeiro turno no Paraná com quase 70% dos votos válidos. No entanto, é preciso dizer que o programa que ganhou os paranaenses na propaganda eleitoral está longe desse que tem se concretizado na realidade. O governador reeleito não falou em privatizações e concessões durante o período de campanha. Pelo contrário, chegou até a se comprometer com os trabalhadores da COPEL em manter a empresa 100% pública. Um verdadeiro estelionato eleitoral.

Diante deste cenário, deve ser tarefa do PSOL Paraná no próximo período denunciar os desmandos do governo Ratinho Jr., lutando ao lado dos trabalhadores em defesa dos serviços públicos e fortalecendo nosso partido enquanto alternativa política de esquerda em um estado tão capturado pela direita neoliberal. É por meio da mobilização que a população paranaense deve dar cartão vermelho ao projeto de Ratinho Jr.!