A diplomação de Lula
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A diplomação de Lula

Um alívio ao trauma de quatro anos com Bolsonaro

Roberto Robaina 12 dez 2022, 11:18

Nesta segunda-feira (12), ocorre a diplomação de Lula. Para um país que experimentou, por quatro anos, a tragédia do governo Bolsonaro, trata-se de uma vitória de caráter histórico. Sair do trauma é um alívio enorme. A possibilidade – muito real – de que Bolsonaro vencesse aquele dramático segundo turno, torna esse alívio maior. Acordamos de um pesadelo, e o país não deu o passo para o abismo.

A diplomação também é importante porque significa que as forças golpistas, impulsionadas pelo bolsonarismo e com base nas Forças Armadas, não tiveram forças para impedir a mudança de governo. Queriam, mas não puderam. Lula montou um governo de unidade com amplos setores burgueses. Setores com muito peso na classe dominante. A escolha de Alckmin como vice já havia sinalizado tal estratégia. A escolha do ministro da Defesa está em linha com tal proposta. A unidade com a burguesia tem sido parte fundamental da força capaz de garantir a diplomação e a posse. Tudo isso está consolidado.

No governo, a burguesia irá, logicamente, garantir seus interesses, manifestados no seu programa. Os editorias dos jornais da burguesia mostram que a pressão sempre exigirá mais. Assim, embora o governo represente um alívio na comparação com a experiência traumática anterior, acredito que não terá como solucionar a crise social no que ela tem de profunda. A burguesia, como classe dominante, realiza governos que não têm condições de superar as crises que o capitalismo produz. E essas crises, como regra, são jogadas nas costas dos trabalhadores e do povo.

Em todo caso, a luta continuará. E hoje é um dia importante. Estamos em melhores condições de levá-la adiante. Sempre alertas contra o golpismo da extrema direita e dos setores burgueses que a sustentam. E com as bandeiras dos movimentos sociais, nos apoiando e incentivando as mobilizações pelas reivindicações mais sentidas de nosso povo.

Será decisivo, no próximo período, um trabalho de base intenso, com um esforço de politização dos setores mais avançados do povo. Um trabalho que afete milhões, de tal forma que se possa alterar a relação de forças entre as classes sociais e avançar na defesa de medidas anticapitalistas.


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