Atualização sobre a conjuntura peruana
Protestas_en_Lima_por_golpe_de_estado_parlamentario_4

Atualização sobre a conjuntura peruana

Novas informações e perspectivas sobre a luta social do povo peruano contra a presidente Boluarte e o Congresso.

Súmate Al Nuevo Perú 20 dez 2022, 14:41
  • Há uma profunda mobilização que incluiu uma greve geral na quinta-feira 15/12, como parte de um processo que, se continuar, poderá desmantelar as manobras do novo governo, cumplicidade com os golpistas de extrema direita, e impor, além de antecipar as eleições, a convocação de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, para derrubar a Constituição reacionária de Fujimori de 1993.
  • A principal característica da etapa anterior era a batalha de poderes (Executivo contra Legislativo) sem levar em conta as ruas. No novo momento, a crise se espalhou e os diferentes setores, esmagados pela crise econômica e social, irromperam na crise, marcando a luta mais importante dos últimos 20 anos. Após a greve de 1977 que pôs fim à ditadura de Morales Bermudez, e após a marcha dos Quatro Suyos que puseram fim à ditadura de Alberto Fujimori, estamos assistindo ao terceiro processo mais importante.
  • Este processo é acompanhado por uma forte radicalização com caráter insurrecional na qual se joga tudo pelas suas demandas.
  • As lideranças populares têm sido sobrecarregadas. A ASSEMBLEIA NACIONAL DOS POVOS (ANP) é a que articula como Frente Única vários setores como a CGTP, organizações camponesas, mulheres e jovens, assim como as forças da esquerda (PC, PR, NP, MUP etc.) Este espaço é o que articula e exige ações importantes. E enquanto houver unidade e consenso, temos que estendê-la ao resto das províncias.
  • Apesar do estado de emergência e do toque de recolher em algumas províncias, no dia 15/12 as pessoas ainda saíram para se mobilizar maciçamente.
  • Após 10 dias de protestos desde o início governo de Boluarte, houve 21 mortes, entre elas 2 menores de idade. Não há sequer um grau de autocrítica, ao contrário, Boluarte aparece diante da mídia e atrás de membros das forças da ordem, dizendo que tem o apoio das Forças Armadas e da Policia Nacional (PNP), declarando que não se renunciará e continuará a repressão. Neste contexto, no último fim de semana, a PNP invadiu as instalações de nossa organização Nuevo Perú e da CCP (Central Camponesa Peruana), mostrando que estamos diante de um governo autoritário, assassino e repressivo que usa os métodos da ditadura de Alberto Fujimori e Vladimiro Montesinos.
  • A direita não vai desistir tão facilmente, eles conseguiram destituir Castillo, o que foi uma vitória, e estão usando com muita ousadia Boluarte como o cavalo de Tróia do continuismo, e para fazer dela o alvo de críticas e repúdio. Não será fácil derrotá-la, eles contam com os meios de comunicação difamando e “terruqueando” (acusando os manifestantes de terroristas), além do apoio das Forças Armadas.
  • Sobre as tarefas, consignas e rota de saída:
  1. Primeiro jogarmos para aprofundar a mobilização;
  2. Que a ANP seja a liderança neste processo, multiplicando-a e fortalecendo-a;
  3. Diante dos fatos concretos das mortes, da perseguição às organizações populares e da repressão excessiva. O “Fora Boluarte” é correto, assim como o fechamento do Congresso que certamente bloqueará qualquer iniciativa em favor do movimento popular;
  4. As eleições antecipadas devem ser acompanhadas de reformas eleitorais que garantam a participação das forças que buscam seu registro. Estamos em um momento excepcional e medidas excepcionais são necessárias;
  5. Referendo para uma Assembleia Constituinte como saída democrática para a crise;
  6. Julgamento e punição dos responsáveis materiais e políticos pelas mortes. Juntamente com a liberdade de Castillo para um julgamento e investigação objetivos e transparentes, e se for considerado culpado, que sofra todo o peso da lei.
  • Essas são as tarefas juntamente com a manutenção da mobilização ativa. Mas para canalizar estes slogans é necessário tomar um caminho que passe por:
  1. Exigir a renúncia de Boluarte e da mesa diretiva do Congresso para que o Fujimorismo e o presidente do Congresso William Zapata, um genocida, não assumam o poder;
  2. Com a força da demanda de mobilização do congresso, o apelo para Novas Eleições, reforma eleitoral e Referendo para uma Assembleia Constituinte;
  3. E que o governo seja composto por uma comissão transitória.

TV Movimento

Calor e Petróleo – Debate com Monica Seixas, Luiz Marques + convidadas

Debate sobre a emergência climática com a deputada estadual Monica Seixas ao lado do professor Luiz Marques e convidadas como Sâmia Bonfim, Luana Alves, Vivi Reis, Professor Josemar, Mariana Conti e Camila Valadão

Encruzilhadas da Esquerda: Lançamento da nova Revista Movimento em SP

Ao vivo do lançamento da nova Revista Movimento "Encruzilhadas da Esquerda: desafios e perspectivas" com Douglas Barros, professor e psicanalista, Pedro Serrano, sociólogo e da Executiva Nacional do MES-PSOL, e Camila Souza, socióloga e Editora da Revista Movimento

Balanço e perspectivas da esquerda após as eleições de 2024

A Fundação Lauro Campos e Marielle Franco debate o balanço e as perspectivas da esquerda após as eleições municipais, com a presidente da FLCMF, Luciana Genro, o professor de Filosofia da USP, Vladimir Safatle, e o professor de Relações Internacionais da UFABC, Gilberto Maringoni
Editorial
Israel Dutra | 02 abr 2025

O Breque dos Apps e a contexto político nacional

A mobilização dos entregadores, a luta contra a anistia aos golpistas e outros movimentos marcam o cenário nacional
O Breque dos Apps e a contexto político nacional
Edição Mensal
Capa da última edição da Revista Movimento
Revista Movimento nº 55-57
Nova edição da Revista Movimento debate as "Encruzilhadas da Esquerda: Desafios e Perspectivas"
Ler mais

Podcast Em Movimento

Colunistas

Ver todos

Parlamentares do Movimento Esquerda Socialista (PSOL)

Ver todos

Podcast Em Movimento

Capa da última edição da Revista Movimento
Nova edição da Revista Movimento debate as "Encruzilhadas da Esquerda: Desafios e Perspectivas"