Tiranni e generali, marescialli e iperatori: Todos os oprimidos deste mundo. Um dia eles vão dar uma volta. E tambores e trombetas tocarão. Sobre seus túmulos!

Tiranni e generali, marescialli e iperatori: Todos os oprimidos deste mundo. Um dia eles vão dar uma volta. E tambores e trombetas tocarão. Sobre seus túmulos!

É preciso investigar e punir os responsáveis pelas tentativas de golpe e violência política no Brasil.

Em canto Ballata dei dittatori, Fausto Amodei, popularizado com os embalos na série da Netflix “La Casa de Papel” com Bella Ciao, música originalmente cantada nas frentes de resistência e alimentava frentes de batalha até a derrota do Ditador Mussolini, abatido por Audisio, Il comandante “Coronel Valério”, em vilarejo no note da Itália; lembra e populariza que o poder autoritário pode até reprimir, mas o destino dos ditadores é fatal, os oprimidos se levantarão tocarão tambores sobre seus túmulos.

O atentado em Brasília tem digitais de ditadores. Pode ser ainda precipitado afirmar tal tese. Contudo, há certeza, não foram atos de amadores. Se lograssem êxito teríamos o caos em Brasília e as consequência seriam inimagináveis. Com o ocorrido, o golpismo dá um passo avante e parte para o terrorismo. Quem alimenta e gesta essa elevação de grau são os Senhores Generais de Exército, não há outra interpretação que possa dissuadir tal razão lógica.

Instalados em áreas militares em vários endereços do país, o QG central está em Brasília, em área militar do Exército Brasileiro. Pelo número de pessoas e fôlego dos acampamentos se nota uma estrutura de financiamento bem articulada. Dentre elas as já evidenciadas em grupos de empresários que apregoavam derramamento de sangue, há muito denunciadas pela Revista Piauí. Sob este manto verde oliva partiram para atos agressivos, dentre eles a convocação pública do empresário Milton Baldin, preso, para que todos os CAC’s fossem armados para Brasília para impedir Diplomação e Posse do Presidente eleito. Se aninham em frente aos quartéis, convivem com militares e Polícia do Exército no dia a dia. Recebem visitas de Generais e políticos que pregam golpe de Estado abertamente em redes sociais.

Não bastasse tudo isso, partiram para atos de vandalismo e tentativa de invasão da sede da Polícia Federal em Brasília. Se deslocaram e retornaram ao acampamento em frente ao Quartel de Comando do Exército da Capital. Na ida e na volta, apedrejaram, atacaram o patrimônio público, incendiaram ônibus e outras instalações, retornando tranquilamente para a proteção em área Militar. Um acinte às forças de segurança em combinado com Polícia Militar do Distrito Federal, confessado.

Mas, frustrados com tentativas golpistas que criaram o caos em Brasília em 12 de dezembro de 2022, planejaram e praticaram ato de terrorismo, no mesmo QG central. A ação somente não chegou ao fim por conta de um motorista de caminhão que levava o combustível de aviação para o Aeroporto de Brasília. Um tanque com 60 mil litros de inflamável criaria um tsunami incendiário com consequências incalculáveis na noite de Natal última. Esse era o plano macabro que orquestraram.

Não há mais o que deixar sobre os coturnos, há que buscar os responsáveis. Não basta apenas punir um Gerente de Posto de Combustível interiorano. Uma investigação deve ir a fundo, até os responsáveis por essa engendra maligna. Certamente os patronos são as viúvas da ditadura com sede de sangue, com gemas em seus ombros.

“E você se sente poderoso e importante
Só porque é pago pelo rico e pelo comerciante
E pensa em comprar até barato
Liberdade suprimida, honra pisoteada
Sua carniça, com certeza
Eles vão deixá-lo ao ar livre
E seu valor será estimado
Menos que um boi abatido”

A Balada cantada por Fausto Amodei nos recorda, não se faz anistia com tiranos, não se flerta com tirania.


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Pedro Micussi