Melchionna avalia 100 dias do governo Lula
Parlamentar do PSOL-RS destacou uma grande vitória, quatro pontos positivos e duas preocupações
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República completa 100 dias nesta segunda-feira (10). Imprensa e boa parte da população oferecem avaliações sobre o desenrolar do governo no período, que exige ações para além da esperança cristalizada na posse, em 1º de janeiro.
A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) usou as redes sociais para fazer considerações sobre os 100 dias do Governo Lula. Ela categorizou a avaliação em: uma grande vitória, quatro pontos positivos e duas preocupações.
“Começo com a vitória que não cansamos de celebrar: A eleição de Lula nos livrou do governo fascista e genocida de Bolsonaro (segue a lista)”, escreveu a parlamentar.
Feranda elogiou ainda a retomada de políticas públicas e ministérios em “áreas fundamentais, entre as quais mulheres, povos indígenas, negras e negros, LGBTQIA+, meio ambiente e mudanças climáticas”.
“A ação de resgate aos Yanomami é um exemplo muito forte dessa mudança”, pontuou Fernanda.
Outro destaque, segundo ela, foi a retirada dos Correios, EBC, Dataprev, Serpro e outras estatais do Programa de Privatização.
“É um gesto positivo no sentido de preservar o patrimônio do povo brasileiro. É preciso avançar, com a retirada da Trensurb e GHC da lista de privatização e reestatizar a Eletrobrás”, lembrou.
A suspensão temporária do Novo Ensino Médio foi considerada pela parlamentar “uma importante sinalização frente ao projeto que ameaça prejudicar sobretudo os estudantes da escola pública, ampliando o abismo entre ricos e pobres na educação”. Porém, destacou a necessidade de uma revogação definitiva da reforma.
O quarto ponto positivo foi a retomada da valorização do salário mínimo acima da inflação.
“Ainda que seja um ganho real tímido (2,8%), a medida aponta no sentido de recompor a renda das trabalhadoras e trabalhadores”, valorizou a deputada .
No campo das preocupações, vem o novo arcabouço fiscal, qualificado por Fernanda como uma “ameaça grave”, que mantém muito do que foi o teto de gastos de Temer e Bolsonaro, engessando o orçamento público para garantir o lucro dos especuladores. Segundo ela, “se implementado, o arcabouço restringirá investimentos na saúde, educação e outras áreas essenciais”.
“Também são sinalizações preocupantes nesses 100 dias o governo manter no cargo ministros que cometeram falhas graves, como José Mucio, que fez vista grossa ao golpismo, e Juscelino Filho, que usou benefícios de seu cargo para fins pessoais”, finalizou a parlamentar.