Sâmia será a representante do PSOL na CPI do MST
Comissão é fruto de aliança entre extrema direita e ruralistas para criminalizar movimentos sociais.
Foto: Ascom Sâmia Bomfim
A Câmara deve instalar nas próximas semanas uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito, apelidada de “CPI do MST”. Fruto de uma aliança entre bolsonaristas e ruralistas, os deputados pressionaram Arthur Lira (PP-AL) e agora tentarão fazer desta comissão uma espécie de “contrapeso” à CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro.
A Federação PSOL/Rede decidiu pelo nome de Sâmia Bomfim (PSOL-SP) como representante nessa CPI. A deputada terá um árduo trabalho, já que a composição aponta para grande maioria de parlamentares com discursos contrários à Reforma Agrária no Brasil, alguns deles defendendo abertamente a criminalização dos movimentos sociais, dentre eles, o MST.
A deputada compareceu, no último fim de semana, à IV Feira Nacional da Reforma Agrária, que aconteceu em São Paulo. Sua ida visou dar visibilidade e fortalecer os mais de 1,2 mil trabalhadores rurais assentados que levaram sua produção dos quatro cantos do país para a feira. Produtos livres de agrotóxicos e de superexploração do trabalho.
“Vamos (para a CPI) de peito aberto, pois não há nada a temer. Querem criminalizar o MST para tirar o foco das atrocidades dos bolsonaristas contra o país. Não vão nos intimidar! Denunciarei o trabalho escravo em latifúndios, o uso de agrotóxicos que leva veneno para as famílias, o não cumprimento da função social da propriedade. Lutar é um direito! Reforma agrária para alimentar os milhões que passam fome, gerar renda e justiça social.”, declarou Sâmia.