Manifesto de apoio à greve na Universidade de São Paulo
Ato dos estudantes da USP

Manifesto de apoio à greve na Universidade de São Paulo

Exortamos a administração da USP a dialogar com os grevistas, buscando soluções que atendam às demandas legítimas apresentadas por eles

Mandato Movimento Pretas 29 set 2023, 10:06

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Nós, membros da Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Afirmativas nas Universidades Públicas, constituída pelo Mandato Estadual Movimento Pretas, vimos a público manifestar nosso total apoio à greve que atualmente ocorre na Universidade de São Paulo (USP). Reconhecemos que este movimento grevista se desenrola em um momento crítico, em que as políticas afirmativas começam a ser implementadas na docência e, em alguns casos, parecem ter perdido sua eficácia. Diante desse cenário, é crucial que nos solidarizemos com aqueles que lutam pelo direito à educação pública, gratuita e de qualidade.

Acreditamos firmemente que a educação é um pilar fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Seu acesso desempenha um papel crucial na promoção da inclusão social e na redução das desigualdades que afetam diversos grupos sociais historicamente marginalizados. Portanto, é imperativo preservar e fortalecer o sistema de ensino superior público, em particular a Universidade de São Paulo, como um bastião da educação de excelência acessível a todos.

Entendemos que as políticas afirmativas desempenham um papel vital na promoção da diversidade e na correção de desigualdades historicamente arraigadas. Acreditamos que a universidade deve garantir o acesso de grupos sociais socialmente excluídos, como negros e indígenas, através de cotas e outras medidas que buscam corrigir as disparidades de oportunidades educacionais.

Além disso, reconhecemos a necessidade urgente de aumentar não somente o número de professores na universidade, mas, sobretudo, professores negros, indígenas e LGBTQIA+. A diversidade no corpo docente não apenas enriquece o ambiente acadêmico, mas também contribui para uma educação mais abrangente e representativa. Professores de diferentes origens étnicas e culturais podem trazer perspectivas únicas para o ensino e a pesquisa, enriquecendo assim a experiência de aprendizado dos estudantes.

Portanto, exortamos a administração da Universidade de São Paulo a dialogar de maneira construtiva com os grevistas, buscando soluções que atendam às demandas legítimas apresentadas por eles. Requeremos também a comunidade acadêmica e a sociedade em geral a se unirem em apoio a esta causa, pois a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade é uma luta que beneficia a todos e todas nós.

A greve na Universidade de São Paulo não é apenas uma reivindicação dos estudantes e professores, mas uma defesa dos princípios democráticos e igualitários que devem guiar nossa sociedade. Juntos, podemos trabalhar para construir um futuro em que a educação seja verdadeiramente acessível a todos, independentemente de sua origem étnica ou social.


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Autores

Camila Souza