Família de Sâmia pede acesso a inquérito sobre morte de Diego
Médico e outros dois colegas foram executados no Rio de Janeiro, na semana passada
Foto: Sâmia Bomfim/Facebook
A família da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) pediu acesso às informações do inquérito sobre o assassinato de Diego Ralf Bomfim, 35 anos. O médico e outros três colegas foram baleados em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada de 5 de outubro. Apenas uma das vítimas sobreviveu, Daniel Sonnewend Proença, 32. Diego, Marcos de Andrade Corsato, 62, e Perseu Ribeiro Almeida, 33, morreram na hora.
“Nossa família, através de nossos advogados, conforme nos autoriza a legislação brasileira, pediu acesso aos dados do inquérito sobre o assassinato do Diego para que possamos ter conhecimento sobre as linhas de investigação, dados e eventuais provas”, anunciou a deputada nas redes sociais.
Apesar de inicialmente ter sido aventada a hipótese de o crime ter motivação política, hoje a tese mais forte para a execução dos três médicos é a de Perseu Ribeiro Almeida ter sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. Há dois anos, Taillon foi preso acusado de integrar uma organização criminosa que atuava na comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio.
Em setembro deste ano, ele saiu em liberdade condicional e passou na Avenida Lúcio Costa, perto do local do crime. O miliciano ainda costuma frequentar um quiosque próximo e de nome semelhante ao que os médicos foram executados.
As vítimas não moravam no Rio de Janeiro. Eles estavam na cidade para o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, e estavam hospedados no Hotel Windsor, que sedia o evento, em frente ao local onde foram assassinados. Horas após o crime, pelo menos dois suspeitos foram encontrados mortos – possivelmente, após julgamento do tribunal do crime, que os condenou pelo engano.