Primeiro Coletivo de Mulheres toma posse na Câmara Municipal de Natal
Coletivo Juntas por Natal, do PSOL RN, assumirá provisoriamente o mandato em substituição ao Professor Robério Paulino
Nesta sexta-feira(01), o Coletivo Juntas por Natal do PSOL(RN), tendo a frente a pedagoga Camila Barbosa dos Santos, assume a cadeira do partido na Câmara Municipal da capital potiguar, por 35 dias, em substituição ao Professor Robério Paulino, que está licenciado.
Na passagem do cargo, o professor Robério reforçou a confiança no coletivo feminino, parabenizando por ser um momento histórico para a luta das mulheres e da representação negra na Câmara Municipal. “Tenho certeza de que o coletivo Juntas me substituirá a altura, fazendo honrar a luta da classe trabalhora, da juventude e da bandeira do Psol. Durante 3 anos estive em atividade intensa, em todas as lutas sociais da cidade. Isso me levou a uma estafa por excesso de atividades, o que fez meu médico solicitar meu afastamento,” esclareceu o professor.
Em 2020, com 1778 votos, a candidatura coletiva alcançou a primeira suplência, tendo a frente a pedagoga Camila Barbosa dos Santos que iniciou sua trajetória no movimento estudantil, tornando-se diretora da União Nacional dos Estudantes. Filiada ao PSOL desde 2015, presidiu o diretório municipal de Natal e, atualmente, ocupa o cargo de Secretaria Geral. “Viemos vestidas hoje, na nossa posse, com uma camiseta em protesto à passagem de ônibus, porque andamos de coletivo público, sentimos fortemente o aumento da passagem e defendemos que a cidade precisa ser do povo. Essa sempre foi nossa linha de trabalho, devolver a cidade aos cidadãos.” Defendeu a vereadora.
O coletivo é composto por Ariane Idalino (estudante de Direito da UERN e militante da Pastoral da Juventude), Cida Dantas (servidora da UFRN e coordenadora geral do SINTEST) e Letícia Corrêa (estudante de Direito da UFRN e ex-coordenadora geral do DCE José Silton Pinheiro). Em suas falas todas chamaram atenção para a necessidade de trabalhar por uma sociedade mais justa igualitária e fraterna. “Nossa coletividade surge diante das dificuldades que enfrentamos no dia a dia. A nossa missão vai para além da Câmara Municipal está em todos os lugares que ocupamos. Somos 4 mulheres adentrando a câmara municipal e apesar de assumirmos em dezembro, todo o trâmite ocorreu no novembro negro, honrando também a nossa negritude,” ressaltou Letícia Corrêa , uma das integrantes do coletivo.