A educação pública está sendo destruída pelo governo Tarcísio
O atual governador e seu secretário Feder executam a pior gestão da história da Secretaria da Educação
O ano letivo de 2024 iniciará no próximo dia 15, com centenas de milhares de professores ainda desempregados e milhões de alunos sem professores.
Desde que assumiram o governo e a secretaria, a irresponsabilidade e o descaso com o professorado atingiram níveis incomparáveis. Por um lado, são resoluções, decretos, portarias e comunicados confusos e inconsequentes; por outro, tendo à frente pessoas sem nenhuma identidade com a educação a SEDUC está totalmente desorganizada, um barco à deriva. As consequências dessa bagunça estão por toda parte, no concurso, no dia a dia e agora na atribuição. O cenário é de professores completamente desamparados e sem garantia de trabalho.
O ano de 2023 fechou com o encerramento do contrato de quase 50 mil professores do ano de 2000, com contratos abertos nos anos de 2018, 2019 e 2020 e esses professores estão sem pagamento de salário e de férias.
A SEDUC publicou uma série de resoluções que confundiram a atribuição de aulas, gerando o caos que estamos vivendo nos últimos dias. Para a atribuição, foi utilizada como base a nota da Vunesp, instituição que demorou muito para entregar o resultado dos recursos da videoaula e mesmo depois da última entrega são inúmeros os problemas não resolvidos. A nota foi utilizada da seguinte maneira: 90% nota da prova e 10% tempo de serviço. Já no sistema, o professor teria que se inscrever através do site da SEDUC, Secretaria Escolar Digital (SED), este também extremamente confuso.
Em decorrência de tantos erros, a atribuição está ocorrendo a passos lentos, com muitas denúncias, acumulando uma série de problemas, que vão desde equívocos do concurso público que induziu os professores ao erro em suas inscrições (auto declaratórias), prejudicando até mesmo a indicação da licenciatura das disciplinas de sua formação, desembocando em erros na sede e no processo de manifestação de interesse, passando por não seguirem a classificação, também pela demora das diretorias de ensino (que estão há mais de uma semana atribuindo aulas e não atingiram boa parte dos professores), até erros de classificação.
Esses problemas visíveis acarretaram um brutal atraso, e as Diretorias de Ensino, em pleno século XXI, não conseguiram disponibilizar saldo de aulas para a categoria acompanhar. Fato que deixa os professores ainda mais preocupados, ansiosos e sem saber onde buscar informações corretas. Seguindo a desorganização, cada DE faz atribuição de aulas a seu próprio modo, sem transparência, sem clareza, como se fosse uma forma de penalizar e punir os professores que são categoria O, que já sofrem com o trabalho precário.
Tarcísio e Feder, responsáveis por tantos erros, geraram uma avalanche de problemas. Um exemplo cabal desse desastre é que a DE de Caieiras está fazendo atribuição de aulas de forma híbrida, onde os supervisores fazem ligação telefônica para o professor. No primeiro dia de atribuição foi das 8h às 21h e no segundo dia das 8h às 00 horas. Ora, é vergonhoso, porque além de não garantir a transparência, não se sabe ao certo se a lista segue a sequência de classificação. Essa lógica obriga os professores a ficarem 24 horas com o celular nas mãos à espera de um telefonema da diretoria de ensino.
Um verdadeiro absurdo que deve ser repudiado por todos nós. A TLS defendeu e sempre defenderá uma atribuição justa, transparente e presencial.
Neste sentido, chamamos o conjunto da categoria a somar num grande movimento para exigir da SEDUC o pagamento dos salários de todos os professores, agora em fevereiro, e a garantia de aulas para todos.
Orientamos também que denunciem todas as irregularidades deste processo, procurem o jurídico da sua subsede, falem conosco. Se não houver denúncia, não teremos como cobrar.
Vamos cobrar!
TRABALHADORAS E TRABALHADORES NA LUTA SOCIALISTA – TLS