Contra a privatização das esolas no Paraná!
O projeto do governador Ratinhop Jr. é um ataque sem precedentes à educação pública no estado
Foto: Valdir Amaral
Na última terça-feira (04), a Assembleia Legislativa do Paraná aprovou o Programa “Parceiro da Escola” apresentado pelo governador Ratinho Júnior. O projeto é um ataque sem precedentes à educação pública no Paraná: privatiza a gestão das escolas, transformando a rede estadual de ensino em um balcão de negócios dos interesses do empresariado e prevê repasses milionários de recursos públicos para as empresas, ameaçando a carreira de milhares de professores e o próprio futuro das escolas públicas.
Trabalhadores em greve e estudantes deram uma demonstração de forças em um grande ato que reuniu mais de 20 mil pessoas na segunda-feira (03) em Curitiba e que ocupou a ALEP exigindo a retirada do projeto de lei, que seria apreciado à portas fechadas naquele mesmo dia. Em uma manobra antidemocrática, o deputado Ademar Traiano (PSD), presidente da casa, suspendeu a sessão que foi retomada posteriormente de maneira remota, onde a base do governo, sem estar cara a cara com estudantes e professores, aprovou o projeto em primeiro turno.
Desde a deflagração da greve das professoras e professores da rede estadual de ensino, as ameaças das diretorias dos núcleos regionais de educação contra a categoria, o assédio da secretaria de educação contra pais e responsáveis por meio de disparos em massa de fake news, e as tentativas de criminalizar a greve, como os pedidos de prisão contra dirigentes sindicais, tem sido a prática do governo para barrar a luta contra a privatização das escolas e impor de maneira violenta um projeto que ataca os direitos do povo paranaense.
A repressão e a perseguição contra estudantes e trabalhadores são parte fundamental da receita do programa neoliberal. Em um estado que têm servido de laboratório do desmonte da educação pública, a criminalização da luta serve como contenção da reação social aos ataques do governo.
A organização pelas bases e a mobilização são a única resposta capaz de barrar o projeto privatista e o governador Ratinho Junior sabe disso; por isso tenta intimidar aquelas e aqueles que lutam.
Mesmo diante das ameaças e intimidações, não abaixaremos a cabeça! Seguiremos nos organizando no chão da escola para barrar na luta a privatização da educação pública! É fundamental a unidade entre o movimento estudantil, professores e demais trabalhadores das escolas para colocar Ratinho Júnior contra a parede e exigir a revogação do projeto! O Ministério Público do Trabalho (MPT) convocou o governo do Paraná a abrir mesa de negociação com a APP Sindicato. A pressão nas ruas será fundamental para enfrentar os interesses dos empresários sedentos pelo lucro!
Nossa escola não está à venda!