Manifestação da extrema direita em SP é menor que o esperado
Bolsonarismo reuniu público bem menor no ato do 7 de setembro em São Paulo
Foto: Poder360/Reprodução
A manifestação convocada pelo bolsonarismo para a Avenida Paulista neste feriado da Independência foi bem menor do que esperado pela extrema direita. Mesmo com grande atenção política devido à disputa eleitoral de São Paulo e caravanas de outras cidades e estados, o ato verde e amarelo contou com menos de 60 mil pessoas, segundo cálculos do Poder360.
A última manifestação, realizada em fevereiro na mesma avenida, reuniram cerca de 350 mil apoiadores segundo a mesma fonte, mais de cinco vezes maior que o ato de ontem.
Repetindo o mesmo roteiro, o principal alvo dos reacionários foi o STF. Os pedidos de impeachment de Alexandre de Moraes e anistia aos presos da intentona do 8 de janeiro se combinaram às críticas ao bloqueio do X e à inelegibilidade de Bolsonaro. Como evidência do atual momento defensivo da extrema direita, o fogo direto contra Lula foi secundário perante as pautas “jurídicas” do bolsonarismo.
No cenário político de São Paulo, o ato marcou a presença do prefeito Ricardo Nunes (MDB) no caminhão de som ao lado da família Bolsonaro, parte de sua busca pelo voto bolsonarista que hoje se divide entre ele e Pablo Marçal. Por receio de vaias, a presença do prefeito não foi anunciada. Já Marçal chegou à Avenida Paulista no final do ato e não subiu no palanque bolsonarista.
As últimas pesquisas eleitorais da capital paulista indicam um empate triplo entre Nunes, Marçal e Guilherme Boulos, o candidato do PSOL que lidera a disputa. As últimas semanas foram marcadas pelas disputas internas no bolsonarismo, com defecções a favor de Marçal, mas a ação no 7 de setembro demonstra que Nunes ainda continua com o apoio prioritário do ex-presidente inegelível.