Presidente da Câmara mantém silêncio sobre indiciamento de Bolsonaro 
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Presidente da Câmara mantém silêncio sobre indiciamento de Bolsonaro 

Para Sâmia Bomfim, postura de Arthur Lira diante do resultado do inquérito da PF tentativa de golpe indica cumplicidade

Tatiana Py Dutra 25 nov 2024, 10:47

Foto: Agência Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), permanece em silêncio sobre a conclusão do inquérito da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado. Desde que o caso veio a público na última terça-feira (19), Lira não emitiu qualquer posicionamento oficial ou respondeu a questionamentos da imprensa desde então.

A ausência de manifestação tem gerado críticas. A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) classificou a postura do presidente da Câmara como “cumplicidade”. Em entrevista ao Correio Braziliense, ela afirmou: 

“O fato de Arthur Lira não ter se posicionado até o momento é muito grave. Significa que está compactuando, está sendo cúmplice desse processo de tentativa de golpe. Essas pessoas têm que ser tão cobradas quanto aqueles que estão diretamente envolvidos.”

Enquanto isso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adotou uma postura diferente. Ainda na terça-feira, Pacheco se pronunciou sobre as descobertas da Polícia Federal, classificando-as como “extremamente preocupantes” e destacando que não há espaço no Brasil para “ações que atentam contra o regime democrático”.

A investigação da Polícia Federal revelou um plano de golpe que, segundo os relatórios, envolvia militares e tinha como alvos o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O plano incluía ações para prender ou até assassinar essas lideranças.

Na última quinta-feira (21), a PF concluiu o inquérito, indiciando Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo ex-ministros, ex-assessores e integrantes das Forças Armadas. A ausência de uma declaração de Lira sobre o caso, um dos mais graves da história recente do Brasil, chama atenção, sobretudo pelo impacto político e institucional das investigações.


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