Mais de 200 terceirizados do RS estão sem salário desde novembro
Governo do Estado diz ter pago o devido à M Serviços Terceirizados, mas valores não foram repassados aos funcionários, que foram desligados sem receber direitos trabalhistas
Foto: Pedro Ventura/Agência Brasil
Centenas de trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas do Rio Grande do Sul estão desde novembro sem receber seus direitos e sem emprego. Eles eram vinculados à empresa M Serviços Terceirizados, até então contratada pelo governo do Estado para fazer diversas funções ligadas à Secretaria de Educação.
Porém, no fim do ano, foram demitidas e não receberam nenhum dos direitos trabalhistas, como seguro desemprego, FGTS, 13° salário e o valor dos dias trabalhados. Desde então, estão cobrando da empresa e da Secretaria de Educação, que ficam em um jogo de empurra-empurra, um grande desrespeito com as trabalhadoras.
A deputada estadual Luciana Genro, que foi procurada pelos trabalhadores lesados, é autora da chamada Lei Anticalote – que prevê que as empresas contratadas pela administração pública estadual recolham recursos suficientes para garantir o pagamento das suas obrigações com os funcionários em caso de rescisão contratual.
“A Lei Anticalote protege as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados, para que situações como essas não ocorram mais. Porém, o Governo do RS pouco tem feito para cumprir a lei. Arrasta pro lado e leia algumas declarações das trabalhadoras que estão desde novembro reivindicando pelos seus direitos”, denunciou a parlamentar.
O governo Eduardo Leite (PSDB) afirma que já pagou o devido a M Serviços Terceirizados e lavou as mãos em relação à situação dos mais de 200 trabalhadores que estão desde novembro sem renda regular.
“Eduardo Leite, faça cumprir a lei que protege os trabalhadores e as trabalhadoras terceirizadas!”, exige Luciana.