Ministra descarta reajuste para servidores neste ano
Esther Dweck diz que aumento autorizado em 2023 teve “impacto grande” no orçamento, mas que governo estuda reajuste
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Em entrevista ao programa “Bom dia, ministra”, na EBC, na manhã desta quinta-feira (11), a titular da pasta da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que não há reajuste previsto para servidores públicos em 2024. Isso porque, segundo a ministra, o aumento linear de 9% autorizado em 2023 está tendo um “impacto grande” no orçamento.
Esther acrescentou que o que resta do orçamento deve ser empregado para outras prioridades, como a recomposição de mínimos constitucionais para saúde e educação, além da recuperação dos investimentos e a retomada da política de aumentos reais para o salário mínimo.
Contudo, ante as paralisações na Educação e a possibilidade de uma greve geral, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda oferecer aos servidores um reajuste acima de 19% em quatro anos. A proposta deve ser debatida inicialmente com os servidores das universidade e, mais tarde, com as demais categorias.
“A gente está discutindo internamente no governo um espaço orçamentário não só para a educação, mas para os demais servidores, para que a gente possa ter um valor acima desse”, disse, acrescentando que o arcabouço fiscal, regra para as contas públicas aprovada em 2023, estabelece limite máximo de aumento real de 2,5% a cada ano.
Para 2024, o governo propôs aos servidores públicos federais um reajuste em alguns benefícios a partir de maio. O auxílio-alimentação subiria de R$ 658 para R$ 1 mil, o auxílio-saúde de R$ 144,38 para cerca de R$ 215, e o auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.
Os profissionais das universidades federais em greve já recusaram a oferta. E com cerca de 20 categorias já mobilizadas por reajustes, o governo federal vai ter de tirar proposta melhor da cartola.