Todos às ruas: Derrubar Temer e suas reformas!
Contra a corrupção! Eleições Gerais Já!
A revelação ocorrida na noite de ontem (17), dos diálogos entre o presidente da JBS e o presidente Michel Temer, como mais uma etapa da Operação Lava-Jato, nocauteou o governo de forma fulminante. As gravações envolvendo diretamente Temer na compra do silêncio de Eduardo Cunha mudam a situação política, colocam o governo contra as cordas e ferem de morte também Aécio Neves.
O grito “Fora Temer” ecoou nas ruas das principais cidades do país, com direito a panelaços durante a noite, concentrações na Avenida Paulista e em Brasília. Para hoje (18), estão marcados atos em todas as capitais, como expressão do descontentamento contra o governo corrupto de Michel Temer.
É hora de tomar as ruas. No caldo da Greve Geral vitoriosa de 28 de abril e na ante-sala da marcha dos 100 mil, marcada dia 24 de maio em Brasília, precisamos seguir mobilizados para derrubar Temer e lutar por novas eleições gerais. Necessitamos defender continuidade da Lava-Jato para desmontar até o final este sistema político corrupto. Mas a construção do novo não pode vir de nenhuma instituição deste Estado. Somente o povo mobilizado pode dar uma saída positiva para a crise. A mobilização popular e a extensão das investigações são fundamentais para evitar a aprovação no Congresso de medidas reacionárias e antipovo como a Reforma Trabalhista e da Previdência.
A burguesia vai tentar estancar a crise com uma saída antidemocrática, provavelmente com eleições indiretas. Mas o povo não pode aceitar que seu destino seja colocado nas mãos deste Congresso corrupto. Estamos num momento histórico. Sem junho de 2013 não estaríamos nele. Sem a operação Lava Jato também não. Momentos históricos são os que mudam um país. A questão é para onde. Nossa proposta é que seja para empoderar os trabalhadores e o povo.
Defendemos a necessidade de unificar todas as forças políticas e sociais em defesa da convocação imediata de novas eleições diretas para presidente e em todos níveis.
A soberania deve ser do povo. As organizações populares, camponesas, e operárias, as associações de profissionais liberais e as instituições que representam a população trabalhadora de modo geral precisam se fortalecer. É verdade que ainda não tem força nem muito menos unidade ao redor de um projeto para assumir o controle do país. Mas este é nosso objetivo estratégico. A crise não será solucionada sem o empoderamento do povo. Por isso uma política de transição, além de fortalecer a auto-organização e a mobilização democrática, passa também por defender uma Assembleia Popular Constituinte, convocada com regras amplamente democráticas, para liquidar as reformas reacionárias, enterrar este regime político moribundo e reorganizar o país com novas bases.
O PSOL e a esquerda social tem a tarefa histórica de ampliar e fortalecer a luta para defender essas bandeiras. Devemos convocar e participar das manifestações em todo país. Não sairemos das ruas até Temer cair!