É hora de afirmar o PSOL!

Partido entra nas eleições como o único com representação parlamentar que mantém a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores.

Bruno Magalhães 13 set 2018, 00:30

As eleições de 2018 acontecem em momento crítico da história brasileira, com a instabilidade econômica e o colapso na organização do regime político aumentando bastante o grau das incertezas. A baixíssima popularidade do governo Temer, a fragmentação das candidaturas presidenciais, o impedimento da participação de Lula na disputa e o recente ataque contra Jair Bolsonaro são elementos importantes que embolam a reta final das eleições. Nesse cenário, o PSOL postula o companheiro Guilherme Boulos à presidência, assumindo a grande responsabilidade de simbolizar o único partido com representação parlamentar que mantém a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores.

A construção dessa chapa se deu de forma diferente dos processos anteriores no PSOL, com a indicação de uma liderança de fora do partido e com a maior parte dos debates de programa construídos através da plataforma Vamos, também por fora do PSOL e agregando inclusive setores do PT. Essa aposta foi feita legitimamente tanto por aqueles que apoiaram a narrativa petista recente quanto por aqueles que apostavam na proximidade com o PT para disputar deslocamentos, mas teve como efeito um movimento de descaracterização de elementos programáticos e simbólicos construídos ao longo da história do PSOL.

A tentativa incerta de ampliação social representada pela plataforma Vamos demonstra suas consequências em uma candidatura espremida pelo voto útil nos partidos da esquerda do regime. A busca pela aproximação do campo político petista apagou ou perverteu os impactos de junho de 2013 sobre muitas narrativas, turvou as posições independentes contra o golpe parlamentar de 2016 e dificulta a afirmação de um polo firme contra os partidos de sustentação do sistema político brasileiro.

Entretanto, o atual cenário eleitoral e o desempenho de nosso partido demonstram a necessidade de uma mudança de rumos que reivindique cada vez mais o perfil histórico do PSOL na disputa política. Nosso patrimônio de independência e combatividade precisar ser afirmado perante a diluição e diferenciado dos velhos gestores do estado que agora cinicamente defendem a renovação do cenário político. Nós do PSOL carregamos os exemplos práticos da nova política em nosso cotidiano de militância e em nossa atuação institucional, e não podemos ceder as diversas pressões para desqualificar ou descaracterizar nosso partido.

É a hora de afirmar o PSOL enquanto alternativa tanto nas ruas como nas urnas, demonstrar que fazemos política por fora dos mecanismos corruptos tradicionais e buscar o diálogo com amplos setores da população. E é preciso coragem para construir essa perspectiva de futuro, fazendo os balanços necessários e ousando defender nossas ideias nessa confusa conjuntura.

Nosso dilema atual

A candidatura à presidência do PSOL apresenta um impasse evidente, fruto de uma construção que priorizou um público parcial e cativo dos partidos de esquerda do regime, ao contrário das outras eleições nas quais o PSOL disputou prioritariamente o enorme sentimento de indignação da população contra o conjunto dos políticos da ordem. Esta posição popular é refletida tanto nos recordes de abstenção quanto no crescimento de propostas falsamente apresentadas como alternativas, e nos mostra o espaço da construção de uma nova política coerente, independente e socialista.

Os eleitores do PSOL são aqueles que aceitam o balanço duro sobre a traição petista. Essa afirmação simples e inevitável coloca em xeque boa parte da estratégia recente do partido, cuja prioridade foi o diálogo com uma parcela restrita que negou anseios dessa maioria dita acima. Essa aproximação foi tão drástica que causou um dos maiores crimes políticos de nossa história, quando alguns agrupamentos internos chegaram a levantar a palavra de ordem “Lula livre, Marielle vive” e em prol da autoconstrução reuniram na mesma bandeira um símbolo do velho regime político e uma companheira cuja imagem hoje representa a nova política pela qual lutamos, diametralmente oposta aos conluios com o MDB de Sérgio Cabral e Eduardo Cunha.

Tendo a defesa de Lula como um eixo prioritário na pré-campanha, a proposta de uma candidatura “mais ampla” do PSOL na verdade pode reduzir o espaço do partido. Enquanto de um lado o PT ignora seu passado e defende integralmente seus governos, de outro Ciro Gomes opta por fazer críticas pesadas e se apresenta habilmente como alternativa de renovação sem confundir o grande eleitorado lulista com a base petista tradicional. Nessa situação, a atual política do PSOL é desidratada pelos dois lados e boa parte do possível eleitorado de Boulos caminha para o voto em Haddad ou Ciro, fazendo o tiro do adesismo infelizmente sair pela culatra. Casos gritantes como o do deputado federal Jean Willys, que hoje já declara apoio à chapa Haddad/Manuela, ou do grupo Mídia Ninja, vanguarda da defesa do PT que foi incorporada à nossa campanha presidencial e atua sistematicamente na despolitização e infantilização da mesma, são exemplos tristes dos resultados dessa política adesista.

O crescimento do Partido Novo de João Amoedo é outro exemplo a ser verificado. Mesmo estando os conservadores e os liberais-conservadores reunidos em torno da candidatura de Bolsonaro, o candidato banqueiro cresce nas pesquisas sem tempo de TV ou participação nos debates, quase exclusivamente através de uma postura demagógica que também procura se postular como alternativa contra a partidocracia. O Novo, que na verdade representa velhas ideias políticas, torna-se um concorrente de peso do PSOL na disputa de consciência, explorando a vantagem de não se associar aos partidos do regime em seu campo ideológico de direita.

É impossível afirmar uma alternativa no Brasil de hoje ignorando os marcos abertos em junho de 2013 ou os escândalos de corrupção que afetaram todos os partidos da ordem. Como diz o professor Vladimir Safatle, setores da esquerda vivem hoje uma patologia de medo da mobilização social, e isso se mostra evidente nas vacilações perante diversos processos de luta importantes realizados por fora do controle da própria esquerda tradicional, seja lá em junho de 2013 ou recentemente na greve de caminhoneiros. O movimento nas estradas foi um exemplo que expôs várias contradições do campo conservador (como o apagamento da pauta do aumento do frete ou a crítica aos métodos de luta dos trabalhadores) e nossa incidência sobre ele foi bem menor do que poderia se fosse promovida por um partido unificado com uma política decidida. Isso não ocorreu porque naquele momento grande parte do PSOL estava amarrada na narrativa petista, dificultando uma ação independente perante qualquer fenômeno novo da realidade.

Jogo da direita?

Uma crítica da posição aqui levantada argumentaria sobre a força de Bolsonaro nas intenções de voto e sobre o crescimento da extrema direita organizada, definindo que os verdadeiros processos de luta social ocorridos recentemente estiveram relacionados ao campo petista, dando exemplos como a greve geral ou até mesmo a mobilização contra a prisão de Lula. Em resposta é preciso dizer em primeiro lugar que a unidade de ação é irrefutável em diversos momentos e principalmente contra expressões protofascistas, devendo ser defendida sempre que necessária, e nesse sentido o exemplo da Conlutas foi importante na construção da greve geral de 2017, mobilizando junto com a CUT, Força Sindical e outros setores do sindicalismo que com os quais discordarmos radicalmente.

Na análise do fenômeno Bolsonaro ressaltam-se dois aspectos nítidos. O primeiro é a figura do militar ocupando o espaço do voto de protesto e o segundo é o reflexo de uma alternativa de extrema direita que ganha espaço no país. Ainda que o primeiro aspecto seja muito majoritário perante o segundo e reflita inclusive as dificuldades de um campo alternativo radical à esquerda, a reorganização de setores conservadores que ganham as ruas e as urnas é um problema que exige a unidade de ação com amplos setores reformistas e inclusive burgueses contra o protofascismo. Nesse sentido, a afirmação de uma ampla unidade contra Bolsonaro é uma exigência da realidade e já se coloca em prática principalmente pelo imenso movimento de mulheres que se enfrentam contra essa figura desprezível. As mulheres contra Bolsonaro deixam ainda mais evidente o argumento de que a derrota dos conservadores se dará levando nosso discurso de independência para amplos setores, e não apostando nas direções burocratizadas que insistem em ludibriar a vanguarda e a população.

O perigo representado por Bolsonaro não é menor e precisa ser tratado com atenção, pois representa uma articulação entre setores da direta tradicional, das forças de segurança e de parte do empresariado em prol de uma saída autoritária que trate a crise através da violência contra os trabalhadores. Sua liderança nas pesquisas e seu fortalecimento principalmente nas regiões sul e sudeste do país dão um sinal vermelho para todos e todas que estão engajados em um projeto de transformação da sociedade e exige uma mudança qualitativa na organização para o enfrentamento das próximas lutas. O ataque ocorrido em Juiz de Fora acirra ainda mais a posição desse campo protofascista e aumenta as probabilidades de violência contra a esquerda, tornando ainda mais necessária uma independência política que construa todas as unidade de ação necessárias e apresente uma proposta radical à população para contrapor o apelo reacionário que cresce entre as massas como um fenômeno mórbido desse momento de crise.

Para responder a essa situação é necessário afirmar nosso programa e seu caráter independente, promovendo alianças táticas com todos aqueles que aceitam a unidade por essa luta democrática contra os elementos de barbárie que estão à espreita. E para sermos consequentes com essa luta precisamos afirmar nosso programa em prol da maioria da população, disputando consciências e denunciando as mentiras e contradições do campo conservador que se solidifica. E para isso é essencial afirmar com tenacidade a campanha de Boulos como uma arma contra as expressões protofascistas que se fortalecem e que só poderão ser derrotadas nas ruas em um amplo movimento democrático.

Na dinâmica da luta de classes é preciso muita flexibilidade, mas assim como uma tática momentânea não pode ocupar o lugar da estratégia política, uma estratégia precisa ser permeável a táticas que a articulem na realidade. Nesse sentido, consideramos totalmente possível construir uma unidade de ação sem diluição política, e nossas críticas aos traidores e burocratas deve ser afirmadas inclusive durante a construção dessas unidades. Na prática, ao contrário, algumas conclusões históricas tiradas sobre o PT são deixadas de lado para permitir melhores relações, chegando-se inclusive à supressão de temas importantes para facilitar certas composições.

No caso da prisão de Lula a questão também é complexa. É evidente que Lula tem o direito de ser candidato, é o primeiro colocado nas pesquisas e sua eleição representaria a vontade popular do ponto de vista institucional. Da mesma forma, é também evidente que a negação de sua candidatura pela justiça se aproveita do fato de Lula não ter foro privilegiado para manobrar a conjuntura e promover uma disputa sem essa liderança. Isso não significa que exista uma unidade da burguesia em torno de um projeto de poder ou que a direita não foi afetada pelas investigações de corrupção (e o fato de Aécio Neves não disputar essas eleições presidenciais torna concreta essa afirmação), mas sim que a fragmentação na disputa intraburguesa é combinada com táticas unitárias dessa mesma burguesia fragmentada quando lhe convém.

Essa situação exige a defesa do direito à candidatura de Lula, mas também gera uma armadilha que arrasta o PSOL para a aderência à narrativa petista na medida que o “Lula livre” torna-se uma das principais pautas do partido. A defesa desse mote como eixo de atuação está alguns degraus acima de uma simples unidade de ação e levou setores importantes do partido à vanguarda da defesa de Lula na esperança de uma demonstração de coerência que dialogasse com setores petistas, mas acabou por reforçar a ideia incorreta de que Lula é inocente e que seu governo apresentou elementos de ruptura contra o capital.

A defesa do direito de Lula ser candidato não significa cerrar fileiras em defesa da herança do PT ou aceitar sua versão dos fatos referentes ao financiamento das empreiteiras. Essa contradição aparente só pode se resolver através da verificação dos vetores políticos em jogo, onde o próprio Lula se mostra completamente incapaz de promover um movimento de massas progressivo em sua defesa, e não na limitação às regras do mundo jurídico burguês, onde a definição formal de culpa e inocência substitui os problemas reais da vida política. Assim como os trabalhadores não foram às ruas em defesa do governo Dilma, também não o fizeram contra a prisão de Lula, e a essência dessa apatia está totalmente relacionada com a desilusão popular com esse projeto, mesmo que se mantenha um grande eleitorado lulista.

O verdadeiro jogo da direita é feito por aqueles que recusam a construção de um polo alternativo. Convencidos pelas bravatas de burocratas ou encantados pelos restritos processos de mobilização do campo petista, setores do PSOL caíram no canto da sereia de uma ampliação popular “fake” e prepararam o caminho que trouxe a essa crítica situação atual, com nosso partido enfraquecido e descaracterizado na disputa nacional.

A tentativa de descaracterização do PSOL

O processo de diluição e descaracterização do PSOL é um grande problema a ser enfrentado pela militância. Sutil e pouco declarado, esse processo afeta de forma gritante nossa intervenção nas eleições atuais e expressa um grande risco a ser combatido. O esvaziamento simbólico se iniciou com a mudança de cores e do próprio símbolo do partido, onde grupos mais próximos da narrativa petista deixam de lado o desenho feito por Ziraldo e trocam propositalmente o amarelo pelo laranja e por outras cores, o que se expressa hoje em uma campanha eleitoral feita praticamente sem os símbolos do PSOL.

Nessa tentativa se apagaram não somente as cores do partido e seus símbolos, mas também se ofuscaram algumas posições políticas estruturantes do PSOL, como a independência perante o regime político corrupto, a crítica dura ao programa econômico vigente há mais de duas décadas, a solidariedade imediata aos processos de luta nacionais e internacionais, entre outros. O impressionismo confortável que levou a caracterizações sobre uma suposta “onda conservadora” ou uma “ofensiva reacionária” previa a aderência ao discurso petista como forma de unir o “campo progressista” contra essa declarada ascensão conservadora. Apesar de impactante e verificável em certas perspectivas, essa explicação analisa apenas uma parte do cenário político enquanto ignora quaisquer outras demonstrações de seu contrário.

Para seus defensores, as ideias de “onda conservadora” ou de “ofensiva reacionária” norteiam a eventual necessidade de aproximação com o campo petista porque um momento exclusivamente defensivo exigiria ampla unidade contra o “neofascismo” e suas expressões. Da mesma forma, esse cenário expressaria grande unidade da burguesia em seu projeto de ataques aos trabalhadores e ao “campo de esquerda”, no qual estariam inclusos setores que governaram o Brasil por anos. A radicalização dessas ideias leva à proposição rasa na qual existe uma burguesia brasileira unificada em uma grande conspiração imperialista contra um governo popular, defendida mesmo perante a total falta de evidências dessa hipótese.

A lógica exclusiva de defesa exige a descaracterização do PSOL porque a identidade de nosso partido está essencialmente relacionada à independência política e a uma posição antiregime. É impossível construir esse sonhado bloco político junto ao petismo sem relativizar as traições e os mecanismos de corrupção operados nas últimas duas décadas pelos partidos da ordem, e para essa operação ideológica é necessário demarcar uma virada na conjuntura representada justamente pela ideia da situação exclusivamente defensiva.

A considerável probabilidade de vitória de Ciro ou Haddad joga por terra as construções sobre a “onda conservadora” ou a “ofensiva reacionária” na análise política. Como esse dito avanço conservador pode ter como resultado a eleição de um presidente crítico ao campo conservador? Houve uma ascensão de lutas que inverteu a dinâmica do processo nos últimos dois meses? A falta de respostas dos adesistas demonstra a fraqueza dessas posições e a irresponsabilidade dessas formulações, construídas a partir das necessidades de autoconstrução de correntes políticas e não da aferição criteriosa da conjuntura.

A força de nosso partido

Esse cenário complicado está longe de significar a derrota do projeto do PSOL. Por todo país crescem candidaturas comprometidas com um projeto de independência e que levam a ideia da nova política adiante. A luta da juventude de 2013, a luta das mulheres da Primavera Feminista, a luta dos trabalhadores da Greve Geral e tantos outros processos dos últimos anos construíram um conjunto de camaradas que hoje representam o projeto do PSOL nos estados em candidaturas majoritárias ou proporcionais. Apesar das tentativas de diluição e descaracterização, o PSOL cresce porque é um partido necessário com grande patrimônio de coerência e simpatia em importantes camadas da sociedade.

O PSOL de hoje é a afirmação de seus acertos históricos, da firme oposição ao projeto petista desde a Reforma da Previdência de Lula, quando fazê-lo era muito mais difícil. É também a afirmação de uma esquerda coerente e ligada à disputa do poder, longe das construções sectárias e esquerdistas seguidas nos últimos anos por tantos companheiros e companheiras que hoje levantam nossa bandeira. O PSOL de hoje é herdeiro de suas firmes lutas e da campanhas eleitorais de Heloísa Helena, Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro, e essa história não pode ser apagada por tentativas que busquem adaptar nosso partido ao regime burguês ou aos cânones da esquerda tradicional.

A campanha do companheiro Boulos deve ser parte da afirmação desse projeto. A combatividade do MTST, seu exemplo sem vacilação nas lutas durante a Copa do Mundo e a radicalidade de seus métodos são parte daquilo que defendemos no PSOL e pode ser o alicerce para uma alteração qualitativa nessa reta final da campanha eleitoral. É essencial disputar até o fim os rumos dessa candidatura e combater os oportunistas que procuram esvaziar a campanha de Boulos, e para isso é necessário afirmar novamente a força militante que já deu exemplo em tantos outros momentos críticos de nossa história. É preciso afirmar o PSOL e propor uma alternativa independente e socialista nessas eleições!


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Pedro Micussi