Testagem e lockdown

O Brasil e o Rio Grande do Sul precisam aprender com as melhores práticas e experiencias realizadas em outros países.

Etevaldo Souza Teixeira 25 jun 2020, 16:33

O Brasil e o Rio Grande do Sul precisam aprender com as melhores práticas e experiencias realizadas em outros países. A partir daí aplicar as melhores medidas no enfrentamento ao COVID-19.

Infelizmente, só se testa os casos mais graves, aqueles que estão hospitalizados. Os dados disponíveis apontam que os testes RT-PCR, em que o resultado é mais seguro, é realizado 20 vezes menos do que se considera adequado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde -OMS-, quanto mais casos o país registra, mais testes deve fazer. Portanto, os testes deveriam ser de 10 a 30 vezes o número de infectados.

Ainda, o especialista Nadanovsky da FIO CRUZ aconselha que os profissionais da saúde e de serviços essenciais deveriam testar de dois em dois dias.

A importância dos testes

Os testes são importantes para se ter uma avaliação em tempo real dos infectados, assim como da rede de transmissão. Com posse dos resultados permitirá tomar decisões corretas. Para tanto, é preciso identificar quem está doente e isolar o mais rápido possível, tanto o infectado e todos que tiveram contato, todo caso suspeito e assintomáticos. Somente, com o isolamento social dos contaminados é possível frear a transmissão.

Critérios para abertura da economia e afrouxar as medidas de confinamento:

  1. Os governos nas diferentes esferas devem ter controle do surto e da taxa de transmissão, pois não se pode atuar às cegas ou no escuro;
  2. Deve-se acompanhar o número de novas infecções pelo número de casos por 100.000 habitantes;
  3. Enquanto não se inverter a tendência na taxa de novas infeções é impossível ter abertura e o afrouxamento do confinamento;
  4. Deve-se acompanhar diariamente e disponibilizar as informações da quantidade de testes realizados, do rastreamento dos contatos, de contenção, tratamento e relatórios.

O raio de monitoramento deve ser ampliado para além dos trabalhadores de áreas essenciais, idosos em instituições geriátricas, para as demais pessoas assintomáticas.

No Brasil a média de testes é pífia, e até a primeira semana de junho foi de 2,28 pessoas testadas a cada 100 mil habitantes. Os EUA são de 61,59 pessoas; na Itália, 69,24 pessoas, no Chile 35,97 pessoas, respectivamente para cada 100 mil habitantes.

Neste momento, para entender a epidemiologia da doença, os cientistas são obrigados a recorrer ao número de óbitos e de ocupação de leitos e, assim acompanhar a progressão da doença.

Somente, através de dados reais de testagem, leitos disponíveis e letalidade é possível ter uma ideia do momento de retomar os serviços ou decretar lockdown.  O reitor da UFPEL, Pedro Hallal, defende lockdown por 15 dias no país para colocar a curva de contágio na descendente.


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