PF prende suspeitos de participar de atos de vandalismo em Brasília
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PF prende suspeitos de participar de atos de vandalismo em Brasília

Também foram emitidos mandados de busca e apreensão em sete Estados e no DF

Redação da Revista Movimento 29 dez 2022, 15:26

Mais um episódio da queda de braço entre golpistas e o Supremo Tribunal Federal (STF) se desenrola desde a noite de quarta (28) em Brasília, quando a Polícia Federal (PF) colocou em andamento a Operação Nero. Desde então, quatro pessoas suspeitas de participar da tentativa de invasão à sede da PF e de atos de vandalismo, no último dia 12, foram presas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o saldo da destruição causada são oito veículos (carros e ônibus) incendiados pelo grupo e a depredação de equipamentos públicos e de uma delegacia de polícia.

A PF investigou o caso em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), buscando “individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo”. No total, 40 pessoas foram identificadas. Os inquéritos foram enviados ao STF, que determinou a prisão de 11 delas. A PF cumpre ainda 32 ordens judiciais de busca e apreensão no Distrito Federal, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.

Conforme o delegado da Polícia Federal Cléo Mazotti, quase todos os alvos dos mandados de prisão eram bolsonaristas que frequentavam os atos no Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano (SMU). Sua presença no local no dia 12 pode ser comprovada por fotos e vídeos.

Presa em Brasília, Klio Hirano chegou a postar um vídeo em suas redes sociais durante os atos de vandalismo no DF. Nele, convoca os “defensores da pátria” para ir ao local. 

“É hoje que a gente vai ter a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que a gente está procurando”, diz.

Os suspeitos serão investigados por crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão. Os responsáveis ainda poderão ser punidos com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.

Bolsonaristas se recusam a deixar QG

Ainda que a responsabilização de extremistas esteja finalmente em andamento, a ousadia dos militantes acampados em frente ao quartel-general do Exército em Brasília parece não ter limites, Na manhã desta quinta-feira (29), eles expulsaram agentes do DF Legal, órgão responsável pela prevenção de invasões na Capital, que faria uma operação para desmontar o acampamento.

Os agentes foram cercados e intimidados pelos manifestantes. A Polícia do Exército teve de escoltá-los para que voltassem aos veículos em segurança. Mais uma cena que desmonta o mito de que os atos antidemocráticos movidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) são pacíficas.


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Pedro Micussi