A deputada Fernanda Melchionna, do PSOL RS, enviou pedidos de informação sobre as exportações de munições fabricadas no Brasil às forças de segurança peruanas. O país vive uma onda de violência estatal após o golpe parlamentar contra o presidente Pedro Castillo e sua substituição por Dina Boluarte, cujo novo governo tem reprimido violentamente as manifestações democráticas em ataques policiais que já deixaram mais de 50 mortos nas últimas semanas.

Os ministérios brasileiros da Defesa e das Relações Internacionais foram interpelados pela deputada do PSOL também sobre as medidas do novo governo para impedir que armamentos e munições de origem brasileira sejam usados na repressão da ditadura peruana contra seu próprio povo.

No último dia 19/02 o país viveu uma gigantesca manifestação em sua capital, Lima, contra o governo golpista que respondeu com mais violência. Nesse momento, a maior universidade do país (Universidade Maior de São Marcos) está sendo ocupada por tanques de guerra para desalojar os estudantes que lá protestam por democracia.

A escalada de violência só será resolvida com a renúncia do atual governo golpista e a convocação de novas eleições livres. A classe trabalhadora peruana, por meio de suas diversas organizações sociais de trabalhadores, estudantes e movimentos populares, está na linha de frente desta luta contra o autoritarismo estimulado e financiado pela velha direita fujimorista.

A solidariedade internacional e suas ações concretas contra a ditadura de Dina Boluarte, como esta da deputada Fernanda Melchionna, são essenciais para desmoralizar externamente o atual governo peruano e retomar a democracia no país. O Peru precisa de novas eleições livres e do fim da violência policial contra seu próprio povo.

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