A regra fiscal que agrada à burguesia
O chamado novo arcabouço fiscal anunciado pelo governo reflete uma política de austeridade em prol do mercado.
Foto: Flickr/Ricardo Stuckert
A regra do ajuste fiscal agradou ao tal mercado porque prevê que o país irá poupar uma parte de eventual aumento da receita para pagar a dívida pública. Ocorre que os maiores credores dessa dívida são justamente os mais ricos e os bancos.
Estes são os donos do tal mercado, e dar a eles segurança foi o principal objetivo da regra, mostrando-lhes que receberão cada centavo. Mas essa dívida deveria ser auditada, e uma parte dela ter seu pagamento suspenso. Esse é um debate complexo e o centro da pressão burguesa é fazer o governo adotar a linha do superávit fiscal.
O termo é técnico mas o objetivo é claro: garantir recursos para pagar a dívida. O ajuste é forte, de 3% do PIB até o final do mandato. É um compromisso de realização de um governo burguês. O que o país necessita são investimentos em educação pública, em saúde e em obras públicas de construção de moradias populares para garantir emprego e moradia. Caso contrário, é a extrema direita que pode se fortalecer no futuro, novamente.