Monica Baltodano lota auditório da Faculdade de Direito da USP
Líder sandinista pediu união da esquerda para denunciar ditador da Nicarágua, Daniel Ortega
Foto: Israel Dutra
Mais de 200 pessoas participaram da palestra da historiadora nicaraguense Monica Baltodano, no início da noite de ontem (10), em São Paulo. O auditório da Faculdade de Direito USP ficou lotado de militantes de esquerda e de diferentes organizações de Direitos Humanos, em evento promovido pelo Conselho Editorial da Revista Movimento – publicação do Movimento Esquerda Socialista (MES), do PSOL – e do Comitê Brasileiro de Solidariedade com o Povo da Nicarágua.
Fizeram parte da mesa, Fabiana Amorim, da União Nacional dos Estudantes (UNE); Carolina Ucha, da Comissão Internacional do MES e da direção PSOL municipal; Vera Lúcia, da direção do PSTU; e Maria Mercedes, do Comitê de Solidariedade a Nicarágua.
“Monica fez uma fala excelente, falando da necessidade da esquerda defender a liberdade e a democracia, que são temas indissociáveis do próprio paradigma da esquerda. Disse também porque é necessário denunciar [o presidente da Nicarágua] Daniel Ortega”, relata o secretário-geral do PSOL, Israel Dutra.
Após a exposição, a palestrante recebeu apoio dos presentes por meio de falas do próprio Israel, da vereadora Luana Alves, do companheiro João, pela Comuna; Caio, pela Esquerda Marxista; Fábio, da Conlutas; Diego, pela CST, e Verônica, pela Liga Internacional Socialista.
Ciclo de palestras
Guerrilheira na Revolução Sandinista de 1979, a historiadora de 70 anos foi importante quadro da política nicaraguense nos últimos 40 anos. Porém, ao se opor ao governo Ortega, iniciado em 2007, passou a ser perseguida. Foi presa em 2019 por exigir a libertação de presos políticos e o fim das violações dos Direitos Humanos no país. Em fevereiro passado, foi expatriada e expulsa do país. Hoje, vive em exílio na Costa Rica, de onde segue se dedicando a denunciar as arbitrariedades da ditadura.
É nessa missão que ela realiza no Brasil. Até o dia 19, ela terá agenda em São Paulo, onde encontrará parlamentares, professores, sindicalistas, militantes de movimentos sociais e fará palestras com o tema central “Nicarágua: da revolução Sandinista ao Rigor Autoritário de Daniel Ortega”. Os eventos são gratuitos e abertos ao público. Confira a agenda:
SÃO PAULO
11 de abril
9h30 – Encontro com Padre Júlio Lancelotti, no Viva Mooca São Miguel Arcanjo (Rua Taquari, 1100)
17h – Diálogo com Frei Betto, no Salão da Igreja dos Frades Dominicanos (Rua Caiubi, 164)
BRASÍLIA
12 de abril
13h – Encontro com o deputado distrital Fábio Felix, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF (CLDF)
16h30min – Encontro com parlamentares, entidades e movimentos (Plenário 12 da Câmara Federal)
PORTO ALEGRE
14 de abril
9h – Encontro com Parlamentares e dirigentes de esquerda
14h – Visita a escola de formação do MST, em Águas Claras, Viamão
18h30min – Agenda Pública – Nicarágua: Da Revolução Sandinista a Escalada Autoritária de Ortega e Murillo (Auditório da Economia da UFRGS)
15 de abril
9h – Encontro com Fòrum Ecumenico Inter-religioso (Paróquia do Redentor, Cidade Baixa)
17h30min – Visita ao Seminário Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (Salão da Comunidade São Roque, Parque Mauá, São Leopoldo)
RIO DE JANEIRO
17 de abril
17h – Reunião com diretoria do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe)
18 de abril
10h – Encontro com a bancada do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
15h – Roda de Conversa com ativistas de Direitos Humanos, intelectuais e Coletivos (Casa da América Latina)
17h – Debate na Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS – Largo São Francisco de Paula, Centro/RJ)
19 de abril
17h – Conferência e debate na Open Society Foundation (Ladeira da Glória, 26, Glória)