Movimentos sociais protestam contra chacina no litoral de SP
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Movimentos sociais protestam contra chacina no litoral de SP

Saldo da Operação Escudo já é de 16 assassinatos. Ação de vingança da PM deve se estender por mais um mês

Redação da Revista Movimento 4 ago 2023, 13:00

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Entidades ligadas ao movimento negro e de direitos humanos realizaram uma manifestação em frente ao prédio da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, no início da noite desta quinta-feira (3). O ato pedia o fim da Operação Escudo, que contabiliza 16 mortes desde a semana passada, no Guarujá, litoral norte do estado. 

Moradores e familiares de vítimas denunciam ameaças, torturas e outras arbitrariedades na ação da Polícia Militar, levada às ruas depois da morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis, 30 anos, no dia 28 de julho. O entendimento da comunidade aterrorizada é de que trata-se de uma operação de vingança. Os manifestantes exibiram cartazes com dizeres como “Não é operação, é chacina”, “Não é guerra às drogas, é guerra aos pobres”, e “Vingança não é justiça”. 

Conforme levantamento do Estadão, a Operação Escudo é a ação policial mais letal do Estado desde a onda de ataques de maio de 2006, e teria dinâmica similar. Nesta semana, a Defensoria Pública do Estado pediu o fim imediato da ação.

“A situação é avassaladora, do nível de tensão e de aterrorizamento que as pessoas estão”, disse o ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Cláudio Silva. Entre os relatos que o órgão tem recebido, está o de uma pessoa que afirma que o marido teve que tirar o filho de oito meses do colo antes de ser morto.

Ainda segundo o levantamento, houve uso de fuzis por policiais em boa parte das ações e o número de disparos também chama a atenção. Em um dos casos, policiais relataram ter desferido nove tiros de pistola em ocorrência envolvendo um só suspeito.

“O que me chama atenção é que, segundo a Secretaria da Segurança Pública, houve 16 ocorrências com policiais sendo atacados e não resta um policial ferido (nesses casos específicos)”, disse o ouvidor ao jornal.

A vereadora Luana Alves (PSOL-SP) também denunciou a presença de policiais militares fortemente armados durante o protesto de ontem:

“A secretária está sitiada. Policiais portando fuzis de alto calibre, e revistas aleatórias. Não aceitamos intimidação! Não vamos deixar de vir às ruas”.

Defensor da violência policial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos  confirmou que a Operação Escudo vai continuar na Baixada Santista por pelo menos 30 dias e prometeu ampliar o efetivo. 

“Nós vamos levar para a Baixada Santista o aumento de efetivo, unidade da Polícia Militar. Nós devemos ter mais uma unidade da Polícia na Baixada para aumentar o efetivo e responder o anseio da Baixada”, disse Tarcísio.


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