13 de janeiro: Dia de Solidariedade ao Povo Palestino
Comunidade internacional quer pressionar Israel por cessar-fogo imediato e duradouro
Foto: Brage Aronsen
Diante dos ataques de Israel e do aumento da pressão internacional por um cessar-fogo imediato e duradouro na Faixa de Gaza, diversas organizações de todo o mundo se uniram para designar o dia 13 de janeiro como o Dia de Ação Global em Solidariedade ao Povo Palestino.
A Campanha de Solidariedade à Palestina, a Coligação Pare a Guerra e os Amigos de Al Aqsa, organizações sediadas no Reino Unido, anunciaram o dia 13 como um compromisso global para expressar apoio ao povo palestino e denunciar os crimes do Estado judeu.
Em comunicado, a Campanha de Solidariedade à Palestina afirmou que a comunidade internacional não está agindo efetivamente para fazer com que Israel interrompa seus ataques e levante o cerco, possibilitando a entrega urgente de ajuda humanitária à população de Gaza. A entidade destacou a necessidade de aumentar a pressão para “acabar com a ocupação e desmantelar o apartheid”.
Diretor da organização. Ben Jamal explicou em entrevista ao portal Middle East Eye que as manifestações têm uma dimensão histórica e são um veículo importante para alcançar a cessação das hostilidades na Faixa de Gaza.
Chris Nineham, membro fundador da Coligação Pare a Guerra, alertou que, caso um cessar-fogo permanente não seja negociado até 13 de janeiro, será necessário intensificar os protestos e incentivar a sociedade civil a ocupar as ruas.
As organizações responsáveis por liderar os protestos contra a guerra do Iraque em 2003, que ocorreram em mais de 600 cidades, reforçam a importância de fortalecer, aprofundar e ampliar as manifestações em apoio aos palestinos em Gaza. Essas ações têm ocorrido em várias partes do mundo, formando concentrações massivas nas principais ruas de capitais ocidentais como Londres, Paris e Washington.
Apesar das condenações e da repressão em alguns países, as organizações que convocaram a ação global em 13 de janeiro acreditam que as manifestações são essenciais para exercer pressão sobre Israel. A PSC destaca que o movimento de solidariedade mobilizou milhões de pessoas em todo o mundo, exigindo um cessar-fogo permanente, e enfatiza a necessidade de intensificar essa pressão por meio de ações coordenadas globalmente.