Após condenação, campanha de Trump recebe recorde de doações
Segundo a equipe do republicana, nesta sexra foram arrecadados mais de US$ 85 milhões
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A condenação de Donald Trump por falsificação de documentos contábeis no final da campanha de 2016 está longe de significar abalo em sua imagem política. Sua equipe anunciou, nesta sexta-feira (31), que arrecadou US$ 35 milhões (R$ 183,4 milhões) em doações para a corrida presidencial de 2024. Em comunicado, a equipe afirma que o julgamento reacendeu seu apoio “como nunca antes”.
“Poucos minutos após o anúncio do veredicto do julgamento-farsa, nosso sistema digital de arrecadação de fundos ficou sobrecarregado de apoio e, apesar dos atrasos temporários online devido ao tráfego intenso, o presidente Trump arrecadou US$ 34,8 milhões de dólares de pequenos doadores”, afirmaram os colaboradores da campanha Chris LaCivita e Susie Wiles em comunicado. .
O recorde de arrecadação foi quase o dobro do segundo melhor dia de campanha no WinRed, a plataforma oficial de doações do Partido Republicano, conforme informaram assessores. Além disso, 30% do total arrecadado veio de novos doadores na plataforma.
A condenação
Um júri de Nova York declarou na quinta-feira o ex-presidente dos EUA culpado de 34 acusações de falsificação de documentos contábeis para ocultar um pagamento destinado a silenciar uma ex-atriz de filmes adultos, visando evitar um escândalo sexual na reta final de sua campanha de 2016.
O republicano, que foi libertado sem fiança após a audiência, enfrenta a possibilidade de até quatro anos de prisão por cada acusação, embora seja mais provável que receba liberdade condicional.
Mesmo assim, Trump não está impedido de continuar sua campanha para vencer Biden na revanche eleitoral, inclusive no caso improvável de ser preso.
“Foi muito injusto (…) vocês viram o que aconteceu com algumas das testemunhas do nosso lado. Eles literalmente as crucificaram”, disse Trump em um discurso na Trump Tower, em Manhattan.
Trump se tornou o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos condenado por um crime. Ele ainda enfrenta outros três processos criminais com acusações mais graves relacionadas com as suas tentativas de anular os resultados das eleições que perdeu para Biden em 2020 e o tratamento de documentos confidenciais que levou para casa depois de deixar a Casa Branca.