Após ofensiva a Rafah, mortos em Gaza ultrapassam os 35 mil
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Após ofensiva a Rafah, mortos em Gaza ultrapassam os 35 mil

Israel reforçou operações naquele que considera o ‘último reduto’ do Hamas. Cidade também é refúgio de mais de 300 mil civis palestinos

Tatiana Py Dutra 14 maio 2024, 14:00

Foto: Reprodução

Para os palestinos, porém, Rafah era considerada um último refúgio. Conforme a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), mais de 300 mil civis migraram para o local, fugindo de regiões bombardeadas ou alvos de operações terrestres israelenses. Desde 6 de maio, milhares de sobreviventes tentam fugir do local, no que a ONU qualifica como deslocamento forçado. Tanto as Nações Unidas quanto a comunidade internacional repudiaram a tática de Israel. 

Desde o início da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza, em outubro de 2023, mais de 35 mil palestinos morreram Conforme o Ministério da Saúde, do território, foram 35.091 mortos e 78.827 feridos. A alta dos óbitos foi acelerada por uma série de operações das Forças de Defesa de Israel em Rafah, no Sul de Gaza, desde a semana passada. O governo Netanyahu justifica as investidas letais pelo fato de a região ser o”‘último reduto do Hamas”.

Um relatório do Departamento de Estado dos EUA diz que Israel pode ter violado a lei humanitária internacional em Gaza. Como represália à entrada em Rafah, os EUA interromperam o envio de bombas para Israel na semana passada.

Protestos no ‘Dia da União’

Ontem (13), famílias de 130 reféns capturados pelo Hamas no evento que iniciou a guerra lideraram protestos contra o governo israelense. O premiê Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e demais membros do gabinete foram hostilizados em cerimônias do Memorial Day – data que relembra soldados e civis vítimas de terrorismo .

“O sangue deles está em suas mãos”, dizia um cartaz diante de Gallant, no cemitério militar em Tel Aviv.

“Saia daqui criminoso. Lixo, você não nunca pertenceu ao Exército”, gritaram parentes de mortos em Ashdod para Ben Gvir, ministro da Segurança nacional, durante uma cerimônia militar.

Segundo o jornal “+972”, as famílias e muitos israelenses não aceitam as justificativas do governo para invadir Rafah. Eles exigem cessar-fogo e negociação para a libertação dos reféns. Após quase 220 dias de guerra, o Exército conseguiu libertar apenas três reféns com vida. Dos 240 capturados, 104 foram soltos por meio de um acordo e cinco por iniciativa do Hamas.

Saque na Cisjordânia

Também ontem, em Hebron, na fronteira com a Cisjordânia, israelenses bloquearam um caminhão que levava ajuda humanitária para a população faminta. Eles saquearam o veículo e destruíram a carga de alimentos e materiais de higiene, Segundo eles, os produtos “abasteceriam o Hamas”. Eles afirmam que Israel não pode “oferecer presentes” ao grupo terrorista. Quatro pessoas, entre elas um menor de idade, foram presos no local por policiais israelenses.

Atos similares têm ocorrido no país nas últimas semanas. Na semana passada, quatro  israelenses foram presos no sul do país ao bloquear a passagem de um caminhão que levaria ajuda para Gaza.


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