Após derrota, Macron dissolve parlamento francês
Emmanuel Macron em maio - Jeso Carneiro / Flickr

Após derrota, Macron dissolve parlamento francês

Se falhar em novas eleições, presidente pode ver expansão fatal da extrema direita

Redação da Revista Movimento 10 jun 2024, 12:09

Foto: Reprodução

Em uma manobra arriscada, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou neste domingo a dissolução do Congresso do país. A decisão ocorreu após a vitória da extrema direita local na votação que escolheu a nova formação do Parlamento Europeu, no domingo (9). 

A medida é temerária até mesmo pelo histórico. Antecessores de Macron como François Mitterrand e Jacques Chirac tentaram o mesmo e viram a oposição (à época desse, de esquerda) ganhar espaço, e até conquistar a maioria. Uma derrota dessas daria espaço para uma extrema direita perigosa e crescente.

Convocando novas eleições legislativas para o fim deste mês, o atual presidente francês pretende reverter o fato de não ter maioria na Casa na Assembleia Nacional. Os parlamentares ficariam nos cargos até 2027. 

Macron se amparou no artigo 12 da Constituição francesa, que permite ao presidente, “após consulta ao primeiro-ministro e aos presidentes das assembleias, pronunciar a dissolução da Assembleia Nacional”. O artigo aponta, ainda, que “as eleições gerais ocorrem no mínimo 20 dias e no máximo 40 dias após a dissolução”, e que “não pode haver o procedimento de uma nova dissolução no ano seguinte a essas eleições”.

“A ascensão dos nacionalistas, dos demagogos, é um perigo para a nossa nação, mas também para a nossa Europa, para o lugar da França na Europa e no mundo”, disse Macron em seu pronunciamento. 

Números

De acordo com projeções das urnas, o Reagrupamento Nacional, partido de extrema direita liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, recebeu 32% dos votos, mais que o dobro dos 15% da chapa de Macron. Os socialistas ficaram a um passo dele, com 14%.

Le Pen comemorou o resultado, que qualificou como “histórico”:

“Estas eleições históricas mostram que, quando o povo vota, o povo ganha”

Na eleição presidencial de 2022, Marine Le Pen obteve 13,2 milhões de votos, ou 41,45% dos votos válidos, na disputa contra Macron. Hoje, ao lado de Bardella, ela trabalha para amenizar a imagem da sigla junto à população, especialmente os mais jovens,


TV Movimento

Emergência Climática e as lições do Rio Grande do Sul

Assista à nova aula do canal "Crítica Marxista", uma iniciativa de formação política da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, do PSOL, em parceria com a Revista Movimento, com Michael Löwy, sociólogo e um dos formuladores do conceito de "ecossocialismo", e Roberto Robaina, vereador de Porto Alegre e fundador do PSOL.

Desenvolvimento Econômico e Preservação Ambiental: uma luta antineoliberal e anticapitalista

Assista à Aula 02 do curso do canal "Crítica Marxista", uma iniciativa de formação política da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, do PSOL, em parceria com a Revista Movimento. Acompanhe nosso site para conferir a programação completa do curso: https://flcmf.org.br.

Neofascismo e Negacionismo Climático: uma luta internacional

Curso de formação política sobre emergência climática e luta ecossocialista! Assista à Aula 01 do novo curso do canal "Crítica Marxista", uma iniciativa de formação política da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, do PSOL, em parceria com a Revista Movimento. Acompanhe o site da PLCMF para conferir a programação completa do curso: https://flcmf.org.br
Editorial
Israel Dutra e Roberto Robaina | 17 jul 2024

Se aproximam as eleições municipais: colocar o programa no centro da atividade política

As próximas eleições municipais brasileiras serão uma etapa importante da luta contra a extrema direita
Se aproximam as eleições municipais: colocar o programa no centro da atividade política
Edição Mensal
Capa da última edição da Revista Movimento
Revista Movimento nº 51
Esta edição da Revista tem como centro temático um “Dossiê: Transviando o marxismo”, por ocasião ao mês do Mês do Orgulho LGBTQIA+. Ela começa com o texto Manifesto Marxista-Pajubá que se propõe a imprimir uma perspectiva marxista à luta de travestis e demais pessoas trans e às formulações respectivas à transgeneridade. Organizado pelo Núcleo Pajubá do MES, este manifesto oferece um espaço de reflexão, resistência e articulação política, onde vozes diversas e potentes se encontram para desafiar o status quo opressor e explorador e construir lutas de emancipação.
Ler mais

Podcast Em Movimento

Colunistas

Ver todos

Parlamentares do Movimento Esquerda Socialista (PSOL)

Ver todos

Podcast Em Movimento

Capa da última edição da Revista Movimento
Esta edição da Revista tem como centro temático um “Dossiê: Transviando o marxismo”, por ocasião ao mês do Mês do Orgulho LGBTQIA+. Ela começa com o texto Manifesto Marxista-Pajubá que se propõe a imprimir uma perspectiva marxista à luta de travestis e demais pessoas trans e às formulações respectivas à transgeneridade. Organizado pelo Núcleo Pajubá do MES, este manifesto oferece um espaço de reflexão, resistência e articulação política, onde vozes diversas e potentes se encontram para desafiar o status quo opressor e explorador e construir lutas de emancipação.