Após 13 dias, Coreia do Sul derruba segundo presidente
O primeiro-ministro Han Duck Soo ocupava cargo interinamente desde o impeachment de Yoon Suk Yeol, em 14 de dezembro
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O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck Soo, foi destituído do cargo nesta sexta-feira (27), após apenas 13 dias no comando do país, A decisão foi tomada pelo legislativo sul-coreano, formado majoritariamente pelo Partido Democrático, de oposição. Dos 300 parlamentares, 192 votaram a favor do impeachment.
Duck Soo, que também é o primeiro-ministro do país, ascendeu ao cargo após o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, destituído do cargo em 14 de dezembro, por uma tentativa de golpe de Estado dias antes. É a primeira vez na história do país em que um presidente interino é afastado do cargo.
A justificativa para retirar Duck Soo do poder foi sua recusa em nomear três juízes para preencher vagas ociosas no Tribunal Constitucional, cuja formação completa era crucial para o julgamento do impeachment de Yoon Suk Yeol. Han argumentou que essa decisão excederia os limites de sua posição temporária.
Com a saída de Han, o ministro de Finanças, Choi Sang-mok, assumiu interinamente a presidência. Em um contexto de crescente tensão política e incertezas, Sang-mok prometeu buscar estabilidade para o país.
“É importante minimizar a confusão do país, e farei meu melhor para chegar a esse objetivo”, afirmou Sang-mok.
A instabilidade política também repercute na área de segurança. O novo presidente interino ordenou que o Exército se mantenha em alerta máximo, temendo possíveis provocações da Coreia do Norte, vizinho com o qual a Coreia do Sul mantém relações hostis.
O partido governista, por sua vez, anunciou que buscará reverter o impeachment de Han Duck Soo, indicando que a crise política pode estar longe de uma resolução.