Um singelo registro dos 25 anos do MES
Nesse final de ano, reorganizando os arquivos da organização e pessoais, não poderia deixar de registrar os 25 anos do MES nessa coluna
Foto: MES/Reprodução
No dia 06 de novembro de 2024, o Movimento Esquerda Socialista, tendência interna do PSOL, completou 25 anos. Não é fácil uma corrente trotskista e da esquerda radical chegar nessa marca no Brasil, mantendo seus princípios fundacionais que é: aposta nas lutas e na mobilização permanente; na independência de classe; na defesa da democracia nas organizações dos trabalhadores; além da defesa da revolução em oposição as teses de reforma do capitalismo, do internacionalismo proletário materializado nas bandeiras da IV Internacional e do governo dos trabalhadores sem patrões.
Conforme relata em detalhes a Revista Movimento dos 20 anos do MES, entre outros pontos, a corrente surgiu negando a colaboração de classes, a burocratização do PT, dos sindicatos e das entidades estudantis. Portanto, a aposta em novos processos e no reagrupamento dos socialistas não foi obra do acaso. Mas, não só. A defesa do marxismo revolucionário conservou o MES do desvio do oportunismo e do esquerdismo.
Todavia, nessa trajetória de 1/4 de século, a corrente não esteve imune aos erros e insuficiências. Porém, como retratam nossos jornais e revistas de modo crítico, o MES acertou mais do que se equivocou, sobretudo, na ruptura com o PT em 2003 e no papel de protagonismo na fundação do PSOL.
No entanto, a luta de classes nos colocou novos desafios, como a necessidade de derrotar a extrema-direita neofascista, tendo a capacidade de construir unidade de ação com amplos setores, sem perder a bússola da construção de uma alternativa independente e anticapitalista.
Para tanto, o papel do PSOL e dos parlamentares do MES não é pequeno. Assim como do Juntos, da TLS sindical, do Juntas, do Emancipa e do MPL no movimento popular. Tudo isso, se soma na luta para consolidar uma vanguarda marxista na disputa do partido e do movimento de massas.
De tal modo, a imprensa socialista, isto é, o jornal e/ou a revista, é estratégica. Esse é o eixo de conexão entre a prática, teoria e a organização . Por isso, com cinco meses de vida, o MES teve sua 1a revista e logo construiu seu jornal, o “Esquerda Socialista”, publicações pretéritas da Revista Movimento.
Portanto, nessas poucas palavras, a menção das publicações históricas do MES se vincula com o desafio de potencializar a organização e a ação militante, valorizando a tradição e a teoria revolucionária. Tendo, no tempo presente, a Revista Movimento como uma ferramenta de orientação e disputa teórico-política na vanguarda psolista e socialista. Portanto, a Revista Movimento, bem trabalhada, pode ser um trunfo nas mãos da militância que está convencida que a ação revolucionário exige teoria revolucionária conectada com a situação concreta e a luta de classes no Brasil e no mundo.
Viva o Movimento Esquerda Socialista!