Dentro do território nós somos donos(as) do nosso tempo. Quando roubam nosso tempo, roubam nossa liberdade!
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Dentro do território nós somos donos(as) do nosso tempo. Quando roubam nosso tempo, roubam nossa liberdade!

A exploração da natureza, fator fundamental para as atuais crises climáticas, está necessariamente ligada à exploração da classe trabalhadora

Alexandre Arapiun 15 fev 2025, 13:29

Foto: ANI/Divulgação

  1. A DESCARACTERIZAÇÃO CULTURAL DA NATUREZA

As questões relacionadas à forma como valorizamos o meio ambiente têm se tornado um tema muito importante no nosso dia a dia, desafiando-nos a pensar sobre como devemos agir em relação à natureza. A crise ambiental que estamos enfrentando é o resultado de uma série de problemas que estão interligados, desde os interesses econômicos e produtivos até às pressões do comércio global. Esses problemas refletem diferentes maneiras de entender e lidar com a Natureza. Por trás dessas abordagens e contextos, podemos perceber os valores culturais que influenciam a maneira como tratamos o meio ambiente.

Ailton Krenak nos faz refletir sobre como, na visão moderna, o ser humano se percebe como distinto dos outros seres vivos, atribuindo um sentido à vida com base na utilidade. Mas será que essa busca pela utilidade é realmente o que define nossa existência? Krenak nos convida a questionar essa ideia, sugerindo que, se um dia viermos abandonar tudo que criamos e que para nós, em certo grau, é considerado “útil”, a humanidade ainda segue sua jornada. Não estamos dizendo aqui da inutilidade da ciência, da arte e da cultura – por mais amplo que seja tudo isso -, mas estamos tentando levar ao campo da reflexão a seguinte questão: está a serviço de quem e a o que os traços modernos desses setores? Não seria exagero dizer que muitas vezes criamos problemas — sejam eles econômicos, políticos ou sociais — apenas para depois encontrar soluções, como uma forma de tentar preencher um vazio existencial e de tentar negar a nossa insignificância diante da natureza.

Em grande parte do nosso cotidiano, os valores culturais são construídos a partir da ideia de que o ser humano ocupa o “centro” do mundo, e que tudo ao seu redor existe para ser utilizado. Essa visão coloca o ser humano como o único capaz de atribuir valor ao meio ambiente, fazendo com que ecossistemas inteiros sejam tratados como meros objetos, ou seja, algo destinado a atender às necessidades humanas. Dessa forma, a natureza passa a ser vista como um recurso passível de exploração para fins econômicos. Nessa perspectiva, o ser humano, considerado o único sujeito de valor — e, por consequência, o único detentor de direitos —, tem o poder de redefinir o significado das coisas. O que antes era denominado natureza, agora é reduzido a simples recurso. Quando a natureza é encarada dessa maneira, a ideia de utilidade prevalece, e é nesse contexto que entra o pensamento de Krenak acerca da perigosa ideia do sentido da vida ser baseada na utilidade.

Aqui é importante abrir um parênteses: a forma de organização dos povos da floresta, das águas, da várzea, do campo e das lamas é pautado na proteção e garantia do bem viver (Sumak Kawsay é um conceito originado nas culturas indígenas andinas, especialmente nas comunidades que pertencem aos povos que falam línguas como o quíchua, e é traduzido comumente como “boa vida” ou “vida plena”. Esse termo descreve uma visão de vida que integra valores de harmonia, equilíbrio, respeito à natureza e às relações sociais). É olhar o território como um parente que merece respeito e cuidado, sem a perspectiva de exploração predatória e econômica, mas como uma riqueza ancestral, espiritual, cultural e simbólica. Dentro desses territórios que as mais puras formas de cuidado são expressas, com a plantação do roçado, o Puxirum (prática de fazer trabalhos coletivos, com a participação de toda a comunidade), a Putaua (lê-se Putáua; é a prática de uma pessoa/família doar um pouco de alimento/objeto a outra pessoa/família e esta automaticamente lhe retribuir com outra doação), a pesca, a caça, a coleta de sementes e frutas; é o zelo com o outro, consigo e com toda a coletividade. São nesses espaços também que a formação social primária é criada. É a bênção aos mais velhos, é respeitar a mãe d’água, os protetores das florestas; é o não entrar nos igarapés durante as seis horas da noite, é a restrição às moças em tomar banho nos igarapés quando estão em período menstrual, é não poder entrar no rio depois de ter feito uma refeição. Tudo isso faz parte da criação dos kurumis e kunhatãs (Kurumis [lê-se curumins] significa menino; kunhatãs [lê-se cunhatãs] significa menina. Palavras da língua indígena Nheengatu) desde o nascimento. Ao fim e ao cabo, o que estou querendo me fazer entender é que os povos tradicionais conseguem visualizar que a natureza possui um valor próprio, característico dela, sem precisar necessariamente atribuir ou inventar algo novo para imprimir utilidade para si e, ainda, consegue viver de forma harmônica com esse valor.

Fecha parênteses.

Nessa etapa, quando já houve a descaracterização da natureza com valor próprio, os recursos são divididos em dois tipos: o recurso útil e o recurso não-útil. O recurso não-útil, que pode ser lido como aquilo que não é passível de ser transformado em gerador de renda, perde seu valor próprio e é descartado; e o recurso útil é aquele que, mesmo tendo seus valores próprios, são descaracterizados e transformados em potencializadores de renda.

Essa visão implica que a natureza, sendo considerada um objeto de valor, não tem direitos. Isso cria um raciocínio simples: “Sou um ser humano, logo sou um sujeito de valor;

a natureza é um objeto de valor, logo não tem direitos. Como sujeito de valor, posso me apropriar da natureza e atribuir-lhe o valor que eu desejar.” Ao ser reduzida a recurso, a natureza pode ser explorada e manipulada para atender aos interesses humanos, como na extração de matérias-primas ou na transformação de ecossistemas em commodities (produtos mercantis). Quando a natureza se torna um bem de valor econômico, ela pode ser vendida, entrando assim no mercado. Esse processo de transformar a natureza em mercadoria tem consequências muito graves. Em um sistema econômico que visa sempre o lucro, tudo passa a ser medido pelo seu potencial de gerar riqueza. A natureza, agora vista como mercadoria, é explorada de acordo com as regras desse sistema. E aqui entra uma grande questão: toda mercadoria faz parte de uma indústria, logo, como isso se imprime quando relacionamos a natureza?

  1. A MERCANTILIZAÇÃO DA NATUREZA

Primeiro, caracterizemos o que é uma indústria. A indústria da moda, por exemplo, envolve desde a plantação de obras-primas que se tornarão tecido, o maquinário utilizado no processo, o modo de produção, o modo de comércio, até chegar ao consumo. Sem esquecer, obviamente, dos processos mais artísticos (lê-se, atrativos) dessa dinâmica: o design, a propaganda, os desfiles, as fotografias, os eventos.

Com a indústria da natureza, esse processo não se difere. O agronegócio, por exemplo, um dos muitos traços de mercantilização da natureza, funciona de maneira parecida.

A logística do agronegócio envolve todas as atividades relacionadas ao planejamento, implementação e controle do fluxo de produtos, informações e recursos no processo produtivo e comercial do setor agrícola. Seu objetivo principal é garantir que os produtos do agronegócio, como grãos, carnes, frutas e outros itens, cheguem ao consumidor final de forma eficiente, no tempo certo e nas condições ideais.

A logística começa no campo, com o preparo da terra, o cultivo e a movimentação de insumos, como agrotóxicos e sementes, seguidos da fase da colheita, que deve ocorrer no momento certo e de forma eficiente. Após a colheita, muitos produtos precisam ser armazenados até serem comercializados. A logística envolve a movimentação e o armazenamento adequado desses produtos, tanto em silos para grãos quanto em armazéns refrigerados para itens perecíveis.

O transporte é uma das partes mais complexas da logística do agronegócio, pois envolve diferentes modais, como rodoviário, ferroviário, fluvial e marítimo, para mover os produtos das fazendas até os centros de distribuição ou portos para exportação. Para produtos destinados à exportação, o transporte internacional também faz parte do processo, incluindo despacho aduaneiro e transporte marítimo.

A distribuição e comercialização dos produtos envolve a chegada aos centros de distribuição ou diretamente aos pontos de venda, como supermercados, mercados atacadistas ou indústrias alimentícias.

Um exemplo concreto dessa dinâmica pode ser observado na região Oeste do Pará, onde diversas ações de infraestrutura, como a construção de portos, a abertura de estradas, o descumprimento de convenções e a prática de crimes ambientais, têm impactado a área. Um marco dessa transformação foi a chegada da Cargill ao Tapajós, no Pará, o que representou um avanço significativo para a produção de soja no Brasil, especialmente a partir da década de 1990. A introdução de novas tecnologias consolidou a soja como um dos pilares do agronegócio nacional.

Em Santarém, no Oeste do Pará, o cultivo da soja começou a ser testado em 1997, com o apoio da Embrapa. O sucesso desses primeiros experimentos incentivou técnicos locais a buscar investidores no Mato Grosso, o que abriu caminho para a expansão da produção na região. A instalação da Cargill em Santarém foi um dos marcos iniciais do agronegócio local e desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do Arco Norte, impactando diretamente municípios vizinhos.

A presença da Cargill também acelerou a criação de novos empreendimentos portuários em Itaituba, no Sudoeste do Pará, que reduziram significativamente a distância percorrida pelos caminhões de soja na BR-163. O Corredor Logístico Tapajós-Xingu, que está diretamente associado a grandes empresas e financiadores do agronegócio, faz parte de um projeto maior denominado “Arco Norte”, que engloba corredores de exportação de commodities nas bacias dos rios Madeira e Tocantins. Vale ressaltar que a construção desses corredores logísticos envolve a implementação de projetos de infraestrutura como rodovias, ferrovias, terminais de transbordo de cargas, dragagem de rios e uma cadeia de serviços de transporte, os quais, dependendo do território, podem acarretar sérios riscos sociais e ambientais.

É justamente dentro dessas cadeias que cada componente da “indústria da natureza” se articula: a soja, o principal commodity dessa indústria, que por sua vez demanda o uso de agrotóxicos para seu cultivo; os caminhões responsáveis pelo transporte da soja, que

percorrem as estradas até os pontos de escoamento, onde frequentemente também funcionam como locais de armazenamento, com grandes silos de grãos. A partir daí, a soja é embarcada em navios que a levam para o mercado internacional. Cada etapa dessa cadeia está intrinsecamente conectada, criando um ciclo que envolve tanto os aspectos produtivos quanto logísticos da soja, com impactos significativos em diversas esferas.

Neste exemplo, destacamos a etapa da produção da matéria-prima (os grãos), o maquinário utilizado no processo (como tratores, colheitadeiras e pulverizadores), e o modo de produção mecanizado. Mas, e o comércio, o consumo e os atrativos desse sistema, onde se encaixam?

É importante fazer um destaque aqui: o agronegócio não produz (nem exporta) alimentos diretamente consumidos nas mesas das pessoas no dia a dia. O agronegócio produz commodities, que são transformadas em produtos fora do país. Ou seja, ele produz soja, que será processada em ração; tomate, que será transformado em extrato; e laranja, que se tornará suco de caixinha. Quem realmente produz o alimento que chega à mesa das pessoas é a agricultura familiar.

Este modelo, centrado nas commodities, não visa o consumo imediato, mas sim a produção em larga escala de produtos que serão processados e consumidos globalmente, enquanto a agricultura familiar se dedica à produção de alimentos frescos e diretos para o mercado local.

Desde já, a resposta se torna clara: o comércio do agronegócio visa, em grande parte, alimentar empresas no exterior. O produto é produzido aqui, no Brasil, mas é destinado a mercados internacionais, muitas vezes retornando de forma mais cara ao consumidor brasileiro. O atrativo desse sistema, pasmem, está na política diária do “agro é pop, agro é tudo”. Essa narrativa está profundamente inserida na cultura, incluindo a indústria musical, como evidenciado pelo apoio de cantores sertanejos ao governo Bolsonaro, e nas constantes campanhas de difamação contra movimentos como o MST, entre outras estratégias. Esse cenário reflete a forma como o agronegócio se projeta como uma ideologia e um elemento de poder, muitas vezes mascarando seus reais impactos e interesses.

  1. QUANDO ESSE MERCADO COBRA, A CONTA PESA APENAS DE UM LADO

O problema é que essa lógica de transformar tudo em mercadoria contribui para agravar a crise ambiental, que é alimentada pela busca incessante por lucro, em um ciclo sem fim.

Além disso, é importante lembrar que a natureza não se resume apenas a ecossistemas e animais, mas também envolve as pessoas-culturais. E, assim como a natureza, as pessoas também podem ser tratadas como objetos de valor, sujeitas a exploração, manipulação e descaracterização. Nesse contexto, surge o conceito de racismo ambiental. Muitas vezes, são as populações mais vulneráveis, como aquelas que vivem em áreas periféricas ou pertencem aos Povos e Comunidades Tradicionais (PCT), que mais sofrem com a exploração destrutiva do meio ambiente. Essas comunidades têm seus direitos ignorados e enfrentam os impactos negativos dessa destruição ambiental. A lógica de apropriação, manipulação e exploração não afeta apenas a natureza, mas também as pessoas, principalmente a classe trabalhadora, que, assim como os recursos naturais, é vista como uma base para a produção de lucro.

Novamente, ao analisarmos a logística do agronegócio, uma das principais indústrias da natureza, observamos que, durante o cultivo da soja, o uso intensivo de agrotóxicos prejudica diretamente as comunidades ao redor dessas plantações. Quilombolas, povos indígenas e outras comunidades locais acabam sendo marginalizadas, disputando espaço com o agronegócio e se tornando verdadeiras “ilhas” em meio a imensos campos de cultivo. Nesse contexto, fica evidente que, no processo de produção, as distinções entre o que é considerado “útil” e “não útil” se tornam claras: os quilombolas, indígenas e outros membros das comunidades locais são tratados como descartáveis, vítimas dos venenos espalhados pela indústria. Ao mesmo tempo, suas terras, vistas unicamente pelo seu potencial de gerar lucro, são apropriadas pela indústria, sendo desconsiderados os direitos, as culturas e a existência dessas populações.

Aqui cabe uma ressalva importante: indígenas, quilombolas e comunidades locais podem até ser vistos como “úteis”, mas somente enquanto servirem aos interesses desse grande projeto. Em outras palavras, dentro desse sistema, tanto as pessoas quanto os ecossistemas são transformados em meros instrumentos de ganho econômico, sendo explorados de forma constante.

Esse movimento de transformar povos e comunidades tradicionais em “úteis” é, na verdade, uma disputa constante promovida pelos protagonistas desse modelo de exploração da natureza. Não se trata de um momento em que essas populações decidem, por vontade própria, “agora quero me aliar aos grandes projetos”. Não! Isso seria ignorar anos de resistência e luta. Na realidade, esses processos são resultado de intensas investidas no que

chamo de continuidade da integração e aculturação dos povos, ou seja, uma estratégia sistemática de subordinação e adequação desses grupos aos interesses do agronegócio, muitas vezes por meio de pressões econômicas, políticas e sociais. Vejamos: no Pará, o governador Helder Barbalho, que se apresenta como um aspirante a embaixador do clima, promulgou uma lei que substituía professores por telas de televisão nas comunidades — medida que foi revogada sob pressão dos movimentos de PCTs, especialmente do movimento indígena; a mesa de conciliação do Marco Temporal voltará a se reunir no início de 2025 para decidir se os povos indígenas têm ou não direito sobre seus territórios; o Pará, que será o estado anfitrião da COP-30, é considerado o estado com o maior número de conflitos no campo em 2023 e o mais violento da Amazônia Legal em 2024, com indígenas e Trabalhadores Sem Teto como as principais vítimas; 3.190 trabalhadores em condições análogas a escrevidão foram resgatados em 2023 pelo MTE; morte por intervenção policial triplicam em 10 anos no Brasil. Esses dados e informações são isoladas? não, fazem parte de um mesmo projeto de sociedade.

Se por um lado há uma colonização dos valores ambientais da natureza, por outro lado também há uma colonização do tempo e da vida da classe trabalhadora. Esse ciclo de exploração ininterrupta afeta não só o meio ambiente, mas também as pessoas que dependem dele para sobreviver, tornando a luta pela justiça ambiental e pelos direitos das populações vulneráveis algo essencial para todos. A transformação da natureza e das pessoas em mercadorias é um processo que perpetua a desigualdade e a destruição, e, portanto, devemos questionar e combater essa lógica predatória. O fim do modo de produção atual, que explora e mercantiliza a natureza, esgotando seus recursos e gerando crises inevitáveis, está intimamente ligado ao término da lógica da escala 6×1. Para adiar o “fim do mundo”, como destaca Ailton Krenak, é fundamental criar estratégias e mecanismos que enfrentem essa realidade. Existe, porém, uma ideia perigosa e nada inocente de que seria mais fácil colonizar outros planetas — como evidenciam as ações de bilionários como Elon Musk e sua empresa

— do que abolir o capitalismo. Esse é um engano: o capitalismo não é uma condição imutável, mas um processo histórico. Compreender isso nos motiva a buscar formas de organizar a luta em defesa da classe trabalhadora, dos Povos e Comunidades Tradicionais, da Natureza e das inúmeras construções que delas derivam. Isso inclui a proteção dos Defensores de Direitos Humanos — como os constantes assassinatos e ameaças a lideranças ambientais, bem como as violências policiais nas zonas rurais e periféricas —, o combate às reiteradas ameaças à democracia e a promoção da emancipação e união dos povos em um âmbito internacional. Lutar por justiça ambiental e pela dignidade da classe trabalhadora é, portanto, lutar pela construção de um horizonte que coloque o Bem-Viver no centro do debate.


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