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Entre os dias 14 e 16 de fevereiro, na cidade norte-americana de Louisville (Kentucky), uma centena de ativistas marxistas reuniram-se para a Conferência Nacional do Bread & Roses (B&R), grupo fundado em 2019 que integra o Democratic Socialists of America (DSA, principal organização socialista do país). O Movimento Esquerda Socialista (MES/PSOL), que mantém relações com o B&R há anos, esteve presente na condição de observador internacional.

O encontro destinou-se a refletir a respeito da situação dos Estados Unidos e do mundo diante do novo governo Trump e das ameaças por ele representadas. Ao mesmo tempo, debruçou-se sobre as táticas eleitorais, partidárias e sindicais do grupo.

Representando 14 estados do país, estiveram presentes ativistas que participaram de lutas recentes, com destaque para os professores, trabalhadores da indústria automobilística, logística (Amazon) e serviços (Starbucks), além das lutas feministas, LGBTQIA+, do movimento negro e imigrante. Também tiveram destaque os jovens, que recentemente ocuparam universidades em solidariedade à Palestina e, agora, estão empenhados em construir novas organizações estudantis no país.

O B&R, que atualmente conta com cerca de 400 militantes organizados no DSA, reafirmou no encontro seu compromisso com a construção do movimento sindical pela base, a formação de plataformas eleitorais socialistas e independentes em parceria com o DSA, e a estratégia de criar condições para a ruptura com o Partido Democrata. Os parlamentares presentes (os vereadores JP, de Louisville, e Jesse Brown, de Indianápolis) já são hoje porta-vozes dessa política. Iniciativas como a construção da greve geral em 1º de maio de 2028, o estímulo e a unificação de diversas lutas também respondem a essa estratégia.

No domingo (16), o MES/PSOL participou da mesa de debate sobre internacionalismo, ao lado de representação do grupo Democracia Socialista, seção da IV Internacional em Porto Rico. Na oportunidade, juntos, apresentamos a importância da IV Internacional e da construção internacionalista no maior centro do imperialismo mundial . Do ponto de vista brasileiro, expusemos os principais desafios e lutas no país, hierarquizando a unidade no enfrentamento à extrema direita e a necessidade da construção de alternativas à esquerda.

Em um momento difícil da conjuntura, a conferência do B&R demonstrou que existe luta, organização e resisitência no coração do capitalismo. Em conjunto com a entrada em cena do movimento de massas, essa é nossa maior esperança para barrar Trump e sua política desastrosa.

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