Entregadores de aplicativos intensificam greve por melhores condições de trabalho
breque dos apps

Entregadores de aplicativos intensificam greve por melhores condições de trabalho

Categoria denuncia precarização e exige reajuste nas tarifas e fim da sobrecarga de entregas

Tatiana Py Dutra 1 abr 2025, 09:41

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O Breque Nacional dos Apps 2025, iniciado na segunda-feira (31), continua nesta terça-feira (1º), com protestos e mobilizações em diversas cidades do Brasil. Os entregadores de aplicativos reivindicam reajustes na remuneração e melhores condições de trabalho, denunciando o que chamam de “escravidão moderna” no setor.

Em São Paulo, um dos principais focos da mobilização, a segunda-feira foi marcada por uma grande motociata, que partiu das proximidades do estádio do Pacaembu em direção à Avenida Paulista, de onde se dirigiu até Osasco, onde fica a sede do IFood. Centenas de motociclistas tomaram parte das vias, acompanhados por caminhões de som que reforçavam as reivindicações da categoria.

“O sindicato dos motoboys de São Paulo vem a público manifestar total apoio a essa luta dos trabalhadores diante da exploração desenfreada das empresas de aplicativo, que promovem a pior precarização trabalhista da história do motofrete, explorando os entregadores e tornando-os verdadeiros escravos em pleno século 21”, diz o trecho de uma nota do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP).

Entre as principais demandas, os entregadores exigem um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega, acréscimo de R$ 2,50 por quilômetro rodado, limite de três quilômetros para entregas realizadas por bicicleta e o fim do agrupamento de entregas sem a devida compensação financeira. 

“Nós colocamos todo o nosso patrimônio à disposição da empresa (…) e desde o início até hoje, tudo aumentou, mas os valores (de repasse) não aumentaram”, desabafou Edgar, um motofrentista com 24 anos de experiência, em entrevista à CNN..

Os efeitos da paralisação já são sentidos pelos consumidores, que relatam dificuldades para realizar pedidos em plataformas como iFood, 99 e Uber Eats. Atrasos e fechamento temporário de restaurantes foram amplamente comentados nas redes sociais, com relatos de entregas demorando até duas horas para serem concluídas.

Prisões no Rio

No Rio de Janeiro, os protestos levaram à prisão de 12 pessoas, sob acusações de envolvimento em atos violentos e de impedirem outros entregadores de trabalhar. A categoria, no entanto, segue mobilizada e planeja uma nova greve para o dia 2 de maio, apelidada de “feriadão”, com o objetivo de aumentar a pressão sobre as empresas.

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa empresas como iFood, Uber e 99, afirmou respeitar o direito de manifestação e manter canais de diálogo com os trabalhadores. O iFood, por sua vez, declarou que “segue monitorando as manifestações” e garantiu que “atualmente, 60% dos pedidos intermediados pelo app são entregues pelos próprios restaurantes”.


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