Rede Emancipa realiza aula inaugural e funda o Cursinho Popular Luiz Merlino em Natal

Rede Emancipa realiza aula inaugural e funda o Cursinho Popular Luiz Merlino em Natal

No último sábado, a Rede Emancipa Potiguar realizou aula inaugural intitulada “Educação e Democracia: nosso futuro não está à venda!” e fundou o Cursinho Popular Luiz Merlino em Natal

Emancipa Potiguar 29 abr 2025, 12:23

No último sábado (26), a Rede Emancipa realizou aula inaugural intitulada “Educação e Democracia: nosso futuro não está à venda!” e fundou o Cursinho Popular Luiz Merlino em Natal. O ato de fundação do cursinho contou com a presença de mais de 80 presentes, entre estudantes, educadores populares e ativistas da educação, realizando-se na Escola Estadual Winston Churchill – na qual o cursinho funcionará aos sábados das 9h às 17h.

A aula inaugural ao redor do tema “educação e democracia”, escolhido em votação pelos mais de 180 estudantes inscritos no cursinho popular, contou com as presenças de Ceiça Fraga e Haroldo Loguercio – ambos professores do Departamento de História da UFRN. A primeira, autora do livro “60 anos do golpe civil-militar no Rio Grande do Norte”, relatou sua experiência nos “anos de chumbo” em solo potiguar, destacando a resistência do movimento estudantil naquele momento. Já Haroldo, por sua vez, dedicou-se a desconstruir os mitos ao redor dos quais a ditadura civil-militar buscou legitimação, utilizando-se de uma sequência didático-pedagógica – “jogo do fake ou fato” – desenvolvida para estudantes do Ensino Médio.

“Educação e Democracia: nosso futuro não está à venda!”, com Ceiça Fraga (UFRN) e Haroldo Loguercio (UFRN)

Na sequência, também como parte da aula inaugural, uma vez também debatido o papel da cultura popular na defesa da democracia e na resistência às ditaduras, contamos com duas apresentações culturais. Marcella Guion, estudante secundarista e militante do Coletivo Juntos, fez uma apresentação de slam explorando temas como racismo e violência policial. Depois tivemos a apresentação de Mateus França, estudante de música da UFRN, que brindou os presentes com o som da rabeca – instrumento de origem árabe popularizado no Brasil nos folguedos populares, como o tradicional boi de reis.

Marcella Guion realizando apresentação de slam
Mateus França realizando apresentação de rabeca

No ato final da aula inaugural, homenageou-se os mortos e desaparecidos do período militar. No Rio Grande do Norte, rendeu-se homanagem aos 12 que figuram nessa lista: Anatália de Souza Melo Alves, Djalma Maranhão, Édson Neves Quaresma, Emmanuel Bezerra dos Santos, Geraldo Magela Fernandes, Glênio Sá, Hiran de Lima Pereira, José Silton Pinheiro, Lígia Maria Salgado Nóbrega, Luiz Ignácio Maranhão Filho, Virgílio Gomes da Silva e Zoé Lucas de Brito.

Varal com a imagem e a biografia dos 12 mortos e desaparecidos durante a ditadura civil-militar no Rio Grande do Norte

O último homenageado deu nome ao cursinho popular: Luiz Merlino. Ligado a IV Internacional e militante do Partido Operário Comunista (POC), Merlino desenvolveu desde muito cedo sua atividade militante como jornalista – cobrindo, por exemplo, o histórico Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna. Merlino simboliza a luta por verdade, memória e justiça em um país sem justiça de transição, no qual os generais e torturadores permanecem impunes até hoje, como demonstrado no filme “Ainda Estou Aqui”. A família de Luiz Merlino luta judicialmente até hoje para que o Coronel Brilhante Ustra seja reconhecido e responsabilizado como um dos resposáveis por sua morte, aquele para quem Bolsonaro dedicou seu voto pela cassação de Dilma em 2016.

O ato de fundação do Cursinho Popular Luiz Merlino, portanto, também indicou o sentido presente das lutas do nosso tempo. Sem anistia e prisão para todos os golpistas do 8 de janeiro trata-se de uma tarefa fundamental, sem a qual não se pode avançar para um país democrático e de direitos. Assim foi fundado o Cursinho Popular Luiz Merlino em Natal.

Educadores populares do Cursinho Luiz Merlino

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