Luciana Genro cobra aumento na oferta de qualificação da Defesa Civil no RS
Parlamentar questiona reitor do IFRS sobre desistência da implantação de formação essencial diante do agravamento das emergências climáticas no estado
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) está questionando o reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Júlio Xandro Heck, sobre a ausência de oferta do Curso Técnico em Defesa Civil. O documento foi elaborado após profissionais e integrantes da Defesa Civil procurarem a parlamentar relatando que o IFRS teria manifestado interesse pelo curso, mas posteriormente desistido de participar da iniciativa.
“O Rio Grande do Sul vive um cenário de mudanças climáticas intensas, com enchentes, deslizamentos e outros eventos que demandam uma resposta rápida, coordenada e, acima de tudo, especializada. Negar à nossa população a possibilidade de formação técnica nessa área é comprometer a capacidade de salvar vidas e minimizar danos”, defendeu a deputada.
Segundo os relatos recebidos pelo mandato, desde maio de 2023 diversas mobilizações e tentativas para trazer o curso ao estado foram realizadas, inclusive com a expectativa de formalização da implantação da especialização em dezembro de 2024 no Rio Grande do Sul.
Entretanto, o processo foi postergado pela própria Reitoria do IFRS, que inicialmente havia manifestado interesse no preenchimento de 120 vagas, mas que por fim desistiu da sua participação na implementação da especialização. Assim, abdicando das 500 vagas que seriam destinadas ao Rio Grande do Sul e que acabaram sendo remanejadas para o estado do Paraná naquele mesmo ano.
Diante da importância dessa qualificação para o fortalecimento das políticas públicas de proteção e defesa civil no estado, em especial depois do que o estado viveu em 2024, Luciana Genro solicitou, com base na Lei de Acesso à Informação, uma manifestação oficial da Reitoria sobre os motivos da não adesão ao curso. Ainda foi questionado se existem eventuais diálogos entre as coordenações estaduais de Defesa Civil, municípios ou entidades da sociedade civil e há a identificação de impedimentos técnicos, logísticos, de pessoal ou orçamentários que impossibilitem a retomada do processo de adesão e/ou alternativas em estudo ou desenvolvimento para suprir a demanda de formação técnica na área.
Essa é mais uma iniciativa que reflete o compromisso da deputada não só com a qualificação profissional e a melhoria das políticas públicas de defesa civil no Rio Grande do Sul, mas também sua preocupação com a segurança dos gaúchos de todas as partes do estado.
