“Estamos lutando e lutando para vencer”: entrevista com Cyn Huang sobre a Convenção Nacional do DSA
Entrevista com Cyn Huang, membro do DSA, sobre a Convenção Nacional ocorrida em Chicago
Estado Unidos Hoje da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco
A Convenção Nacional do Democratic Socialists of America (DSA) aconteceu em Chicago, Illinois. O evento reuniu mais de 1200 delegados e cerca de 1600 participantes. Tratou-se do encontro socialista mais importante nos Estados Unidos nos últimos anos, ocorrendo em plena administração Trump e diante das ameaças do neofascismo à classe trabalhadora estadunidense e global.
Nossa coluna conversou com Cyn Huang, membro do DSA desde 2019, atualmente ativo na regional de East Bay, na Califórnia. Cyn é membro do Bread & Roses, um caucus marxista dentro do DSA, é militante sindical de base e internacionalista. Ele foi delegado na Convenção e compartilhou conosco sua visão sobre a importância do evento, suas principais resoluções, pontos fortes, fragilidades e desafios.
FLCMF: Cyn, muito obrigado pela entrevista. Você poderia começar falando sobre o contexto da Convenção? Em que momento ela ocorreu, considerando a situação nos Estados Unidos, no mundo e também o desenvolvimento interno do DSA?
CH: Obrigado pelo convite! Eu acompanho bastante a coluna “Estados Unidos Hoje” na Fundação Lauro Campos e Marielle Franco para entender o mundo, então fico feliz em poder retribuir de alguma forma.
Sobre a sua pergunta: a Convenção Nacional do DSA realmente não poderia ter acontecido em um momento mais decisivo. Vivemos um período marcado pelo crescimento da extrema direita e pela falência dos regimes de centro e centro-esquerda, que em grande medida abriram caminho para esse avanço. A isso se somam as diversas crises econômicas, sociais e ecológicas que se tornaram cada vez mais visíveis desde o colapso financeiro de 2008.
Só nas últimas semanas, vimos a extrema direita internacional dar passos extremamente violentos. Em Israel, com o apoio dos Estados Unidos e de grande parte do Ocidente, assistimos à tomada da Cidade de Gaza, que certamente resultará em mortes e destruição incalculáveis. Nos EUA, Trump tem usado o poder do Estado para reforçar a dominação da classe dominante estadunidense sobre o mundo. No plano interno, isso assumiu várias formas: o envio da Guarda Nacional a Washington, D.C., a reformulação do sistema judiciário, nomeação de aliados anticientíficos e acríticos para postos-chave, dispostos a legitimar o pior da agenda de Trump. No plano internacional, a guerra comercial entrou em uma nova fase. Trump obrigou “aliados” a aceitarem acordos desastrosos e lançou ataques diretos contra países do BRICS — o Brasil, como você sabe bem, mas também a Índia, como compradora de petróleo russo.
Por outro lado, mesmo não estando ainda à altura do desafio, o movimento antifascista, amplo e fragmentado, tem dado respostas importantes. A oposição a Trump tem crescido tanto internacionalmente quanto dentro dos EUA, seja através do giro nacional de Bernie Sanders e Alexandra Ocasio-Cortez (AOC), chamado “Enfrentando a Oligarquia”, seja nos protestos em assembleias públicas democratas e republicanas, nas mobilizações de rua em datas simbólicas como “Hands Off” e “No Kings”, em confrontos com o ICE e em várias iniciativas lideradas por sindicatos.
Nesta semana, Zohran, vencedor das primárias do Partido Democrata para prefeito de Nova York, tem percorrido os cinco distritos da cidade para polarizar contra Trump.
No Reino Unido, mais de 700 mil pessoas demonstraram interesse em uma alternativa ao Partido Trabalhista, que, como tantos outros partidos de origem social-democrata na Europa, aplicou a austeridade mais brutal contra a classe trabalhadora britânica e preparou o terreno para o avanço da extrema direita. No Brasil, abriu-se uma nova frente de luta anti-imperialista depois que Trump impôs uma tarifa de 50% como punição pelo julgamento de seu aliado golpista, Jair Bolsonaro. E neste fim de semana, nos Estados Unidos, epicentro do capitalismo global, houve uma poderosa reunião de cerca de 1600 socialistas que reafirmaram seu compromisso de lutar por um mundo melhor.
A Convenção se deu em um momento único do crescimento do DSA. O tema e o título — “O recomeço e o futuro: refletindo sobre uma década de crescimento do DSA e preparando para uma década de construção partidária” — foram bastante apropriados. A esquerda contemporânea nos EUA começou de fato há cerca de dez anos, a partir da eleição de Trump e da campanha presidencial de Bernie. Foi uma década tumultuada, cheia de desafios, mas também de muitas lições e vitórias.
Embora o DSA ainda não seja uma força nacional decisiva, já é um ator relevante em diversos processos importantes, da vitória de Zohran em Nova York às lutas por reformas sindicais, dos acampamentos estudantis pró-Palestina a muitas outras frentes. Em comparação com dez anos atrás, estamos muito mais enraizados e presentes em uma diversidade de lutas, o que traz implicações para o recrutamento, para nossas perspectivas políticas, para a qualidade das lideranças que formamos e para nosso impacto no mundo. Internamente, também avançamos em várias questões, incluindo o controle democrático sobre o quadro de funcionários do DSA, o crescimento dos cáucuses (correntes internas) e o desenvolvimento de uma liderança de perfil político, não apenas organizativo.
Sei que uma década pode não soar como muito para os militantes brasileiros, que herdaram uma tradição radical mais sustentada, mas para nós é algo bastante significativo. A geração de militantes do DSA que começou entre 2016 e 2019 iniciou sua trajetória em um ponto muito alto. Passar daquele momento ao isolamento e à confusão política causados pela pandemia e pelo colapso do ciclo Sanders–Corbyn–Syriza–Podemos foi extremamente difícil. Não era dado que a esquerda sobreviveria e ainda teria vitórias a reivindicar.
O fato de termos hoje uma organização que continua lutando e crescendo, contra todas as adversidades, é algo muito precioso.
FMCMF: Quais foram as principais resoluções aprovadas na Convenção?
CH: A convenção assumiu posições importantes em muitas questões centrais. Vou tentar resumir em quatro grandes temas: Palestina, questões organizativas internas e o horizonte de 2028, que pode ser analisado tanto sob a ênfase eleitoral quanto sob a ênfase sindical.
Comecemos por este último. O ano de 2028 teve grande relevância nesta Convenção. É o ano da próxima eleição presidencial e tornou-se um horizonte no qual muitos setores da esquerda e do movimento sindical estão mirando, especialmente depois de Shawn Fain, presidente da United Auto Workers (UAW), ter convocado ações coordenadas e a unificação do vencimento de contratos no 1º de Maio de 2028.
Os debates sobre o 1º de Maio e as eleições de 2028 ajudaram a esclarecer a visão da organização sobre nossa relação com o Partido Democrata, o papel do DSA como alternativa, as expectativas em relação a parlamentares eleitos e como as disputas eleitorais podem ser usadas para fortalecer nosso trabalho político mais amplo. Há um consenso forte na organização de que construir um partido independente da classe trabalhadora é nossa aspiração, mas existem diferenças sobre como isso acontecerá. Algumas dessas diferenças foram debatidas explicitamente; outras puderam ser inferidas de resoluções que não chegaram ao plenário.
Essas divergências abrangem questões diversas: como cada tendência lê a correlação de forças na sociedade, qual o cronograma esperado para uma ruptura com os Democratas, qual papel o DSA deve desempenhar no surgimento de um novo partido e que tipo de partido seria esse — um partido amplo da classe trabalhadora ou algo explicitamente socialista. Apesar dessas diferenças, há um enorme desejo de desempenhar um papel maior na política nacional e de usar disputas de grande relevância — como a eleição presidencial, as eleições legislativas e a disputa de Zohran para prefeito — para crescer.
Uma das resoluções aprovadas convocou a organização a explorar e se preparar para uma candidatura presidencial de esquerda em 2028. Outra emenda à resolução consensual da Comissão Nacional Eleitoral propôs identificar cinco membros do DSA para concorrer a cadeiras no Congresso em 2028 com uma plataforma clara centrada em cinco eixos: custo de vida, Medicare para todos, fim da corrupção política, redução do militarismo dos EUA, entre outros.
Vale detalhar um pouco essas resoluções de consenso, porque elas são uma forma central de avançar prioridades no DSA. Temos comissões permanentes voltadas a prioridades de longo prazo — a Comissão Nacional Eleitoral, a Comissão Internacional, a Comissão Nacional do Trabalho. Esses organismos, compostos por militantes de várias tendências, carregam o peso organizativo principal por trás das iniciativas nacionais. Normalmente redigem resoluções que se espera terem amplo apoio na convenção.
Por exemplo, a resolução eleitoral enfatizou a importância de campanhas insurgentes, promovendo táticas que fortaleçam o DSA — como ter parlamentares eleitos endossando uns aos outros e usando seus mandatos para apoiar lutas de base. A resolução consensual sobre trabalho também foi abrangente e ambiciosa. Defendia mais ações de solidariedade sindical, presença em piquetes, apoio a militantes que estão se organizando em seus locais de trabalho e o impulso a lutas de reforma sindical em direções mais democráticas, combativas e solidárias. Isso é especialmente relevante porque o movimento de reforma sindical sofreu alguns obstáculos após a greve contra as Três Grandes montadoras na América do Norte. A resolução também deu ênfase à educação dos trabalhadores e ao movimento sindical em torno de fazer de 2028 uma prioridade. No momento, essa convocação vem sobretudo das lideranças sindicais, ainda não de uma ampla campanha de base — por isso a resolução foi um passo importante.
A Palestina foi um tema dominante em toda a convenção. Não apenas nas votações e debates, mas também no discurso de abertura de Rashida Tlaib, nas sessões auto-organizadas, nas experiências dos delegados. Em termos de resoluções aprovadas, muitas se concentraram em disciplina, expectativas para representantes eleitos, linhas vermelhas para expulsões e temas semelhantes. São questões nada secundárias, dado o caráter urgente de deter o genocídio e as ações decepcionantes de figuras como AOC em relação ao financiamento do Domo de Ferro. Mas faltaram, em certa medida, elementos estratégicos mais voltados para fora. Outra resolução discutiu o que significa, em última instância, a autodeterminação palestina. A convenção aprovou uma proposta mais ambígua, que parou antes de defender explicitamente uma solução laica, democrática e de um único Estado. Esse resultado é coerente com debates históricos no DSA: a organização afirma sem dificuldade a primazia da luta contra o imperialismo dos EUA dentro do coração do próprio imperialismo, mas mostra mais hesitação em se engajar criticamente em outros processos internacionais.
Por fim, sobre a organização interna, muitas melhorias em curso foram consolidadas nesta convenção. Os delegados apoiaram esforços para subordinar o quadro de funcionários à vontade da convenção e da militância, e para fornecer ajudas de custo que permitam que dirigentes eleitos se dediquem em tempo integral às prioridades. Rejeitamos uma proposta de transição para o sistema de “um militante, um voto”, que teria despolitizado nossas eleições nacionais. E, de forma importante, aceitamos reformas organizativas propostas pela Comissão de Democracia — um organismo que reúne várias tendências, estuda a democracia interna de partidos, organizações e movimentos sociais ao redor do mundo e extrai lições para aprimorar o DSA. A tendência geral é um desejo por uma cultura política mais democrática e militante.
É claro que aprovar resoluções é apenas o primeiro passo. A priorização e a implementação dependem da nova liderança e da auto-organização da militância. Questões como nossa estratégia geral para enfrentar Trump, nossa orientação em relação à campanha de Zohran em Nova York e a atualização do programa do DSA ainda estão em construção.
FLCMF: Mil e seiscentos participantes, incluindo mil e duzentos delegados, é realmente um número grande. Você poderia nos dizer, em linhas gerais, quem são essas pessoas? Quem são os militantes do DSA — qual é o seu perfil e como se organizam para lutar pelo socialismo?
CH: A convenção foi um grande acontecimento. Tratou-se da maior desde a revitalização do DAS, com cerca de 1600 pessoas presentes. Aproximadamente de 1200 a 1300 delas foram eleitas em suas regionais como delegadas à Convenção Nacional. São essas pessoas que tiveram o poder de deliberar e votar as resoluções em plenário.
Mas também havia um conjunto mais amplo de participantes que contribuíram para a dinâmica do evento: funcionários, voluntários, convidados internacionais, representantes de organizações aliadas e membros do DSA que não eram delegados, mas vieram divulgar projetos, como a Comissão Nacional Eleitoral ou a Comissão de Trabalho. Outros estavam em nome de iniciativas alinhadas com os ideais do DSA, como o Emergency Workplace Organizing Committee, o Rank-and-File Project e vozes importantes da mídia de esquerda, Jacobin, Haymarket Books, entre outros.
O número de delegados que cada regional podia enviar era proporcional ao seu tamanho, por isso houve grande concentração de Nova York, Los Angeles e Chicago, cidade-sede da convenção. Mas também vieram delegados de fora dos grandes centros metropolitanos: conversei, por exemplo, com gente de Memphis, no Tennessee, e de Nebraska.
Os organizadores traziam uma ampla gama de experiências. Alguns atuam no movimento sindical como militantes de base nos locais de trabalho, reformadores sindicais, lideranças em ações de solidariedade. Outros estavam profundamente engajados no movimento pela Palestina, seja nos campi universitários, nos sindicatos, nas ruas ou em câmaras municipais. Havia também uma camada visível de ex-ativistas estudantis, refletida em candidaturas importantes ao National Political Committee (NPC), como as de Alex, Cerena e Eleanor. E um grande número de delegados estava focado principalmente em construir o próprio DSA: liderando regionais, organizando programas de acolhimento a novos membros, promovendo atividades de formação política etc.
Com o distanciamento do tempo, é possível enxergar “gerações” ou camadas distintas dentro da organização. A geração de 2016–2018, composta por pessoas ativas desde a revitalização do DSA, esteve presente. Depois, há uma camada intermediária que entrou por meio das mobilizações do Black Lives Matter, das campanhas de solidariedade às greves da UAW ou da onda de sindicalização em locais como Starbucks e outros setores do varejo. E uma nova onda de crescimento pode ser atribuída à solidariedade com a Palestina e ao entusiasmo em torno da campanha de Zohran Mamdani para prefeito de Nova York — embora as eleições de delegados tenham acontecido antes da vitória dele, de modo que seu impacto pleno no DSA ainda não se refletiu.
Outra tendência importante é a polarização ideológica. Há dez anos, quase era tabu organizar correntes dentro do DSA. Mas esta Convenção contou com o maior número de formações organizadas desde o “renascimento”, com um equilíbrio de forças bastante complexo moldando a nova direção nacional. Muitos observaram que, desta vez, havia mais delegados filiados ou influenciados por um caucus. Isso tornou os desfechos mais previsíveis e reduziu o espaço para convencer delegados indecisos.
Quanto ao equilíbrio entre as tendências, costuma-se falar em três grandes blocos. Há uma corrente mais moderada ou “de direita”, com ênfase eleitoral e posição mais cautelosa em relação a uma ruptura com os Democratas. No outro extremo, uma corrente de extrema esquerda se articulou em torno de questões de disciplina, da Palestina e de uma abordagem campista da política internacional. E, no meio, existe um centro ou centro-esquerda marxista. Mas não é um simples espectro direita–esquerda: cada bloco é capaz de avançar sua própria política e de polarizar a organização de diferentes maneiras.
No momento, não há uma maioria consolidada no NPC [a Executiva Nacional do DSA]. Em cada questão, será necessário construir uma maioria a partir do alinhamento de diferentes tendências. O desenvolvimento de polos políticos distintos é algo muito valioso, mas é igualmente importante preservar o caráter de “guarda-chuva” de organizações do DSA e encontrar oportunidades para iniciativas comuns neste próximo período.
FLCMF: Quais foram as principais conclusões do Bread & Roses sobre a Convenção? Do seu ponto de vista, quais são os principais desafios do DSA agora?
CH: Acho que todos concordam que ter um DSA forte, independente, internacionalista, enraizado nas diversas lutas da classe trabalhadora dos EUA, é mais importante do que nunca. Isso não se deve apenas à crise que estamos vivendo, mas também às oportunidades que ela cria, incluindo a impopularidade histórica do Partido Democrata.
No momento, o principal desafio é construir oposição à administração Trump em todas as frentes: no movimento estudantil, no movimento sindical, na solidariedade com a Palestina, na defesa dos serviços públicos, do funcionalismo federal e dos direitos LGBTQIA+. Nossa tarefa é ampliar essas lutas o máximo possível, enquanto ajudamos a desenvolver o tipo de política independente de ação de massa, espaços democráticos e solidariedade necessários para atingir nossos objetivos.
A solução não é tão simples quanto eleger Democratas nas eleições de meio de mandato em 2026 ou apenas participar de um protesto uma ou duas vezes. Os membros do DSA entendem que, diante da escala dos ataques, serão necessárias mais lutas, mais coordenação e mais imaginação. É por isso que iniciativas como o Intercâmbio Político Intraorganizacional, realizado no sábado da Convenção, foi tão importante. Ele foi uma tentativa inédita de criar vínculos entre o DSA, organizações parceiras e a classe trabalhadora em geral, um grande passo para encontrar iniciativas comuns na luta contra Trump e por um mundo melhor.
Apesar de alguns debates acalorados, a convenção foi uma experiência poderosa e unificadora. E, para mim, a impressão mais marcante é que, contra todas as probabilidades, os socialistas deixaram claro: estamos lutando e lutando para vencer.
FLCMF: Estamos enfrentando, no Brasil, o ressurgimento da luta anti-imperialista, diante das ameaças que Trump tem feito à soberania brasileira. A nova extrema-direita neofascista está se organizando mundialmente. Para finalizar, qual mensagem você gostaria de transmitir aos ativistas brasileiros neste momento?
CH: Nossas lutas estão conectadas. Ao redor do mundo, a classe trabalhadora está lutando pela autodeterminação. Essa luta assume formas diferentes dependendo do lugar, mas todas as nossas lutas estão ligadas por esse fato fundamental.
Do nosso ponto de vista nos EUA, um regime que apoia Israel na orquestração e condução de um genocídio, que mergulha o mundo na miséria econômica por meio de tarifas punitivas, não é um regime que trabalhe em nosso interesse. Se a classe trabalhadora aqui tivesse o poder de governar, usaria esse poder para promover solidariedade e cooperação na economia internacional, fortalecer os serviços públicos e melhorar a vida cotidiana das pessoas.
É por isso que estamos totalmente focados em derrubar Trump, cuja administração representa a maior ameaça à autonomia das pessoas ao redor do mundo. Se conseguirmos frear sua administração “no ventre da besta”, isso dará mais espaço para que os trabalhadores em todo o mundo possam lutar.
Vemos suas lutas no Brasil. Acompanhamos as mobilizações contra as tarifas impostas por Trump e contra os bolsonaristas que cumprem suas ordens sujas aí. Vemos vocês conectando as tarifas à ameaça existencial das mudanças climáticas e aos projetos predatórios de mineração que o governo brasileiro está considerando. Ver vocês se afirmando fortalece nossa luta aqui nos EUA, e estamos nessa luta com vocês até o fim.