Vermelho de volta às ciclofaixas de São Caetano após ação da vereadora do PSOL
Ciclofaixa

Vermelho de volta às ciclofaixas de São Caetano após ação da vereadora do PSOL

Decisão judicial exige ressinalização em respeito às normas de trânsito; projeto de Bruna Biondi reacende disputa política sobre mobilidade e segurança dos ciclistas

Redação da Revista Movimento 4 nov 2025, 10:13

Foto: Letícia Teixeira/PMSCS

A vereadora Bruna Biondi (PSOL) obteve uma vitória nesta disputa: após a Prefeitura de São Caetano do Sul alterar a pintura das ciclofaixas para o tom azul, a parlamentar levou a questão ao Judiciário – e a sinalização deverá ser restabelecida na cor vermelha. Segundo a vereadora, o retorno ao vermelho é essencial porque “a cor vermelha é a cor nacional e internacional das ciclofaixas”, uma demarcação que, na avaliação dela, garante mais segurança aos ciclistas. 

O que motivou a mudança para azul — e por que gerou polêmica

A Prefeitura justificou intervenções no pavimento e adotou pintura azul em trechos novos ou reformados, uma escolha que viralizou e provocou reação de ciclistas e parte da sociedade civil. Críticos acusaram a gestão de transformar a sinalização em marcação estética e de gestão — uma “impressão de marketing” que confundiria a função técnica da sinalização e reduziria a visibilidade da faixa para motoristas e pedestres. Relatos locais também apontaram reclamações de comerciantes sobre restrições de uso do espaço. 

A iniciativa política para reverter a pintura partiu da bancada do mandato coletivo de Bruna Biondi (PSOL). Além de pedir a ressinalização, a vereadora tem protocolado outras propostas de mobilidade – como indicação para instalação de bicicletário no Terminal São Caetano – e usado a atuação parlamentar e judicial para forçar a adequação das intervenções municipais às normas técnicas. Em paralelo, houve manifestações de entidades, cicloativistas e opositores que pressionaram pelo cumprimento do padrão. 

Por que o vermelho é a cor das ciclofaixas

A preferência pelo vermelho na demarcação de ciclovias e ciclofaixas está respaldada em manuais técnicos brasileiros de sinalização cicloviária: o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume VIII (Sinalização Cicloviária) e documentos técnicos ligados ao Denatran e CONTRAN orientam que a cor vermelha seja utilizada para demarcar e dar contraste às áreas exclusivas para bicicletas, porque o tom aumenta a visibilidade e sinaliza com clareza a exclusividade de uso, reduzindo riscos de confusão com faixas de tráfego, estacionamento ou áreas de embarque. Em casos em que não é possível pintar toda a superfície, o manual recomenda bordas ou linhas contínuas vermelhas de largura mínima determinada. Ou seja: a escolha da tinta não é apenas estética, é uma norma de segurança viária. 

Repercussões políticas e práticas

A decisão de restaurar o vermelho tem impactos imediatos e simbólicos. Na prática, aumenta a padronização e a previsibilidade da infraestrutura cicloviária – objetivo reclamado por ciclistas e especialistas em mobilidade urbana. Politicamente, a disputa expôs divisões locais: a atuação de Bruna Biondi ganhou apoio de movimentos de ciclistas e de setores da sociedade civil, enquanto setores ligados à gestão municipal e comerciantes criticaram a implantação e reclamaram falta de diálogo. Em cidades da região a mesma polêmica já ocorreu anteriormente, com Ministério Público e veículos locais destacando que a mudança de cor contrariava o manual técnico, o que levou a notificações e pedidos de ressinalização. A vitória judicial em São Caetano tende a fortalecer argumentos técnicos e jurídicos para que outras prefeituras respeitem as normas. 


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