A vitória no primeiro turno é possível
Precisamos derrotar o projeto bolsonarista, de forma imediata, não esperando o segundo turno, para fortalecer a luta nas ruas contra a extrema-direita.
A última pesquisa Datafolha, publicada em 22 de setembro, deixa em aberto a hipótese da eleição ser decidida em primeiro turno. Os números apontam a decisão dentro da margem de erro, com 50% dos votos válidos para Lula. Os próximos dias serão decisivos.
O que se nota nas ruas e panfletagens é que existe uma maioria social para rechaçar Bolsonaro. E uma unidade ampla, de diferentes setores, para barrar qualquer intenção golpista por parte do governo.
Precisamos derrotar o projeto bolsonarista, de forma imediata, não esperando o segundo turno, para fortalecer a luta nas ruas contra a extrema-direita.
O pesadelo tem que acabar
De norte a sul do país, sobretudo, como apontam as pesquisas, entre os mais pobres, as mulheres e a negritude, ecoa um desejo: nos livrar da tragédia chamada governo Bolsonaro.
Recentemente, foram publicados dois dados que envergonham o país e mostram que o governo bolsonarista escalou em muito o processo estrutural de decadência do Brasil. No ranking de IDH (índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, o Brasil caiu três posições, ilustrando a perda da qualidade de vida para milhões de brasileiros. O outro dado alarmante foi o da educação. Segundo o Sistema de Avaliação de Educação Básica (SAEB), o Brasil registrou uma piora no aprendizado de estudantes em todos os níveis. O maior e mais preocupante impacto foi sobre o nível da alfabetização, onde o retrocesso foi ainda maior.
Assim é o atual governo: por qualquer ângulo é um governo desastroso. E a possibilidade para colocar um ponto final se concentra agora, em 2 de outubro, para evitar um segundo turno imprevisível e iniciar a luta para que Bolsonaro tenha de aceitar os resultados legítimos do pleito.
Para tanto, além de seguir a campanha de rua, onde nos destacamos como PSOL e nossas candidaturas em todo país, temos sido parte de atos e comícios da campanha geral. Vale registar o ato que foi feito entre ex-presidenciáveis, com a presença de Luciana Genro, que marcou um importante momento de unidade de ação antifascista
““Estamos aqui para enfrentar o fascismo”, afirmou Luciana, que concorreu à presidência em 2014 pelo PSOL e hoje é candidata à reeleição à Assembleia Legislativa gaúcha. “Nos unimos aqui, em torno de ti, meu prezado Lula, do teu nome, da tua força política, da tua liderança política enquanto uma referência de massas para o povo brasileiro, porque nós temos a convicção de que a tua eleição vai nos possibilitar respirar novamente para poder lutar por uma verdadeira democracia”.
Com esse espírito, preservando as diferenças, mas lutando pela vitória de Lula no primeiro turno, vamos às ruas para virar votos, na semana que falta.
Vira voto
Na reta final, precisamos seguir dialogando com as amplas camadas do povo. Não apenas entregando os papéis, mas abordando e conversando com um número maior de pessoas – sejam familiares, colegas, amigos e conhecidos – sejam pessoas nos pontos de grande concentração de público nas cidades. Cada voto é importante e isso não é apenas um jargão retórico. Estamos diante de uma eleição que pode ser decidida por 1% dos votos, para uma vitória definitiva de Lula no primeiro turno.
Temos que buscar virar o voto de eleitores indecisos, ainda desconfiados ou apáticos; de eleitores com dúvidas em irem votar no dia 2; de eleitores de Ciro Gomes, que está cumprindo um papel regressivo neste pleito; e mesmo de eleitores da esquerda radical, mostrando a diferença entre uma vitória no primeiro turno e um nebuloso cenário de segundo turno.
Todo esse verdadeiro “mutirão” deve ser combinado com o esforço concentrado da militância, em todo país, para eleger parlamentares alinhados com a ala independente e anticapitalista do PSOL. Uma luta que articula as necessidades imediatas com a perspectiva de um outro futuro. Mãos à obra!