Atos no Brasil e no mundo pedem cessar-fogo na Palestina
Brasília e São Paulo reuniram multidões em protesto a política de morte de Israel
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O último final de semana ficou marcado por atos pró-Palestina em todo o mundo. Na capital inglesa, a manifestação contou com a presença de mais de 300 mil pessoas no sábado (11). Também houve protestos nas capitais de Bélgica, Alemanha, Austrália e Suíça, além de Barcelona, na Espanha.
No Brasil, as maiores manifestações foram em São Paulo e em Brasília, no domingo. A Avenida Paulista foi o palco das atividades organizadas pela Frente em Defesa da Luta do Povo Palestino. Conforme Mohamad El Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino estes eventos são importantes para chamar a atenção da população sobre a crise humanitária provocada pelos ataques de Israel a Palestina e da própria causa de seu povo.
“As mobilizações levam para as pessoas conhecimento sobre a causa palestina. Aqui no Brasil, as pessoas não conhecem bem o motivo da causa palestina. Inclusive, o trabalho da mídia é muito parcial, eles não entrevistam representantes da comunidade palestina e da sociedade árabe. Uma senhora na manifestação falou que nem imaginava que Israel ocupa a Palestina por 75 anos”, disse ele ao Poder 360.
Um momento de emoção durante o protesto foi uma performance de mulheres simulando carregar crianças mortas – denunciando a morte de mais de 4,5 mil crianças desde o início do conflito, em 7 de outubro. Em média, uma criança morre a cada 10 minutos no território palestino.
“Estado de Israel, Estado assassino! Viva a luta do povo palestino!”, gritavam os manifestantes.
Na capital federal, o ato ocorreu no Eixão Norte, no Plano Piloto. O ato foi organizado pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, que reúne partidos políticos e movimentos sociais.
“A causa palestina é de toda a humanidade, é uma causa justa. O povo está sensibilizado contra esses ataques contra as crianças, contra os hospitais”, disse o presidente do Instituto Brasil Palestina, Ahmad Shehada.
A professora Eliene Bento Luiz, de 58 anos, foi ao ato em Brasília por acreditar que é importante mostrar para o governo que a sociedade brasileira está atenta ao que acontece na Faixa de Gaza.
“Isso não quer dizer que somos antissemitas, pois sabemos o quanto o povo judeu sofreu ao longo da história. Queremos, sim, que o povo palestino seja respeitado. Se deve haver punição, que seja ao grupo Hamas, não com morte e sangue de inocentes e crianças”, disse.
*Com informações da Agência Brasil