Israel frustra esperança de trégua antes do Ramadã
Palestinos entram em mês sagrado em meio à ameaças constantes
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Os muçulmanos entraram em seu mês sagrado, o Ramadã, nesta segunda-feira (11). No entanto, na Palestina os momentos de recolhimento, reflexão e confraternização familiar que caracterizam o período estão tão ameaçados quanto as próprias vidas dos cidadãos da Faixa de Gaza.
Egito, Catar e Estados Unidos tentaram mediar um cessar-fogo com Israel até as vésperas do período. Caso houvesse acordo, reféns israelenses seriam libertados em troca de prisioneiros palestinos em posse de Israel. O país, porém, recusou.
No domingo (10), um dos líderes do Hamas fez pronunciamento na TV pedindo um acordo que garantisse a retirada das forças israelenses de Gaza e fornecesse à população local todas as necessidades humanitárias. Em troca, o grupo garantiria a libertação de reféns.
“O inimigo deve compreender que deverá pagar um preço na questão da troca, mas a principal prioridade é proteger o povo, acabar com as agressões e os massacres, devolver as pessoas deslocadas às suas casas e abrir um horizonte político para nossa questão”, afirmou Ismail Haniyeh.
Porém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não vislumbra capacidade militar do oponente antes de qualquer cessar-fogo.
Em Jerusalém
Desde o sábado, milhares de policiais foram deslocados para a cidade velha de Jerusalém, para onde milhares de muçulmanos se deslocam para visitar a mesquita de Al Aqsa, um dos lugares sagrados do islã. Em contraste com os períodos de paz, este ano, a região não foi decorada para a celebração do Ramadã em homenagem às vítimas dos ataques israelenses.